Executando verificação de segurança...
75

A crise do programador júnior

Plano

Imagine o seguinte cenário: você tem 23 anos, acabou de se formar em Analise e Desenvolvimento de Sistemas e acabou de conseguir um trabalho como desenvolvedor back-end em uma empresa da sua cidade. Você pretende ficar na empresa por pelo menos 2 anos para ganhar experiência e aprender.

Ok, isso parece bem promissor.

Em meus quase 10 anos de experiência passando desde estagiário, dev, tech lead até ter meu próprio negócio eu já vi isso várias e várias vezes. É isso o que muitas pessoas fazem no início de suas carreiras e, como falei, é promissor e tem tudo para dar certo, entretanto...

Nesse plano fantástico tem um problema que atinge a maioria das pessoas, eu chamo de "A crise do júnior."

Júnior

Se você ainda não está familiarizado com a divisão de carreiras por senioridade não se preocupe, não é algo tão essencial e em breve falaremos sobre isso aqui no blog.

Sendo bem objetivo o júnior é o profissional que está buscando entrar no mercado. Ele já tem conhecimentos o suficiente para ingressar em um time, mas não tem experiência e maturidade necessárias para decisões e "tomar atalhos" no dia a dia.

Esse profissional é fundamental em toda empresa que deseja crescer de forma saudável, pois ao mesmo tempo que o júnior serve como suporte para os mais experientes, um dia ele poderá treinar novos juniores a crescer. Isso mantém a engrenagem girando.

Crise

Muitas pessoas querem mostrar o quão úteis e eficientes são e a melhor forma que encontram de fazer isso é se oferecendo para realizar atividades que estão em aberto na empresa, ou então dando sugestões de coisas que podem ser implementadas e que elas podem assumir a responsabilidade.

⚠️ Antes de mais nada isso não é uma coisa ruim! É sempre bom assumir responsabilidades e tomar a frente em situações onde ninguém esperava que você fosse encabeçar, acontece que a crise começa a aparecer após um período de tempo dessa tomada de decisões desenfreada.

Uma parte dessas coisas novas não se concretizam, outras dão certo e outras você não tem tido mais tempo para dar a atenção pois o trabalho do dia a dia está ficando puxado. Nesse momento o acumulo de responsabilidades começa aos poucos a gerar uma cobrança pessoal enorme. Em todos esses anos onde já vi isso acontecendo diversas vezes os sintomas são os mesmos:

  • Grande cobrança pessoal por resultado

  • Uma sensação de incapacidade, você começa a duvidar de si

  • Como você foi muito proativo seus gestores começam a querer te envolver em cada vez mais projetos e entregas, e você não sabe como recusar (afinal você é júnior, não aprendeu ainda sobre essas soft skills)

Devido a quantidade de atividades você fica sempre muito cansado e não tem tempo para estudar, então o tempo passa e você sente que não cresceu na carreira

Em 1 ou 2 anos você já está no ápice da crise, já não aguenta mais e está por isso aqui 🤏 de jogar tudo para o alto e sair correndo pela porta da frente.

Isso é o que eu chamo de "A Crise do Júnior". Muita auto-cobrança, muita necessidade de resultado, pouca experiência e sabedoria para entender seu momento profissional.

Solução

Não sei engane, isso é mais comum do que imagina. É como a crise dos 20 que ninguém acha que vai passar e praticamente todos passam.

Mas assim como toda crise a solução não é complexa, só precisa de tempo e entendimento.

Aprender a dizer não, conhecer seus limites, saber pedir ajuda, aprender a se comunicar de forma mais clara e o mais importante de tudo: pausa.

Uma coisa que aprendi quando eu estudava música é que o silêncio e a pausa são como notas musicais, sem eles não é possível fazer música.

Se você se identificar com essa situação toda que descrevi apenas pause. Tire um tempo para repensar sobre você e sua capacidade. Você com certeza consegue fazer muita coisa, mas não precisa que seja tudo de uma vez. Os resultados vem com o tempo, assim como grandes entregas e projetos de se orgulhar. Colocar uma peça por vez é sempre melhor do que fazer tudo as pressas.

Conclusão

Já convivi com pessoas nessa crise de diversas áreas, não apenas com programação.

Isso não é algo da profissão, é do ser humano. Fique em paz, estude bastante e bastante sucesso.


Esse é um artigo do meu blog:
https://blog.codeskills.com.br/

Carregando publicação patrocinada...
4

ótimo artigo. Passei muito por isso e confesso que em alguns momentos ainda passo. Hoje estou como junior quase virando pleno, o que por um certo tempo me fez questionar ainda mais tudo que comentou antes.
Acho que uma dica para complementar seria se tu está inserido em um contexto de time pedir feedback. Muito da sindrome do impostor é porque nos fazemos uma alto avaliação e crítica, que na verdade nossos colegas ou gerentes não pensam da mesma maneira. Um ponto que está ligado diretamente com feedback é saber quais nossos pontos fortes e fracos, o que podemos aprimorar ou precisamos aprender.
Por último penso que se definirmos onde queremos chegar e que passos queremos/ podemos dar para os nossos objetos, o processo fica mais simples. O velho ditado, "se não sabemos para onde queremos ir, qualquer caminho serve". E muito nessse qualquer caminho serve bem as inseguranças e crises.
E para pessoas que estão sozinhas a minha dica é aparecida foque em um objetivo aprender/nominar uma tecnologia, faça planejamentos e principalmente comemore e valorize cada pequena tarefa que você cumpriu. Quando estamos sozinhos a chance não nos valorizarmos é ainda maior.

3

Cara, pra ser honesto, todos esses tipos de problemas que incluem a parte psicológica e dilemas no nosso profissional, necessita urgentemente de um acompanhamento psicológico. É muito importante sim falarmos sobre esses problemas, mas mais importante ainda é espalhar a ideia do investimento em um profissional da área da psicologia/psicanálise. Se você tem condições, invista nisso. Uma soma de um profissional + discursos de pessoas da área como o seu, ajudam demais, mas não podemos correr só por uma via. Bom artigo!

3

Ótimo artigo, essas crises vem também quando se é pleno e senior.

São doses diferentes do mesmo substrato psicológico.
Podemos falar da sindrome do impostor pleno e do Dunning-Kruger senior.

Mas no final a conclusão é a mesma: calma, respire e estude.

2

Fato! Fui de Jr a TechLead em pouco mais de um ano de empresa. Obviamente que não tinha a experiência que o cargo merecia. Me senti sobrecarregado, apesar de estar dando conta e meus feedbacks serem excelentes. Por sorte percebi que estava pulando etapas e que iria me fazer mal a curto prazo. Certo dia procurei um cargo de Jr que pagasse bem; achei; produto foda; agora tenho tempo pra desenvolver e me desenvolver com qualidade. Resultado: alto estima, qualidade de vida, progressão de carreira, visão de futuro, expectativas, tudo isso foi elevado ao máximo.

2
2

Acredito que esse levante de tomar mais responsabilidades do que deveria, nasce de uma vontade interna de "sair pleno" o mais rápido possível. Não é saudável, e não funciona. A sonhada sênioridade não é somente experiência e bagagem técnica, eu diria que se compreende, percentualmente, entre 60 e 70% de soft skill.

É saber se manter produtivo no longo prazo mais do que ser um super herói ou máquina de datilografia, cuspindo código pra todo lado.

2

Comentário interessante. Não tenho bagagem para discursar de forma aprofundada e detalhada quanto ao sistema de senioridade, no entanto, sim, percebo que há várias visões acerca do que ela é e, boa parte das que eu vi, resumem a senioridade a um título que 'cê precisa conseguir – rapidamente, de preferência – e que depois dele a vida fica mais fácil.

1
2

Estou passando por essa crise agora mesmo. Estou com 22 anos. Fiz uma faculdade diferente, Agrocomputação, mistura muita tecnologia com coisas do agronegócio. Depois, antes mesmo de terminar a facul, consegui um emprego de júnior, porém meu conhecimento estava tão baixo que eu não conseguia produzir ainda, eu nem me considerava junior. Sabia apenas lógica de programação, noções de POO e o que era HTML e CSS. Não sabia nem manipular o DOM.
Fiquei 1 mês fazendo curso de PHP, 8h48 por dia. Mas não tinha tempo pra estudar os proprios conteudos visto por fora, o dia a dia era muito puxado. Perdia mais ou menos 3h por dia pegando onibus.
Antes mesmo de mexer muito com PHP comecei estudar node, estudei um pouco jquery que ainda eram usados em alguns projetos da empresa, com isso comecei a fazer algumas tarefas. Uns 4 ou 5 meses depois de estar na empresa, comecei estudar react pra pegar um projeto sozinho pra fazer. Junto com React, fui estudando html e css por fora. E logo já comecei o projeto, andando da forma que dava, aplicando o que eu ia aprendendo nos cursos e desenvolvendo o projeto. Fiz primeiro o Front end, depois comecei a API e fui adaptando o front pra consumir a API.
Estou nos ultimos passo desse projeto, esta passando por testes com os QA's, porém eu demorei muito tempo em um único projeto. Foram mais ou menos 10 meses desde que comecei a focar totalmente nele. Hoje to com 1 ano e 4 meses de empresa. Com um projeto fullstack praticamente completo. Porém as vezes sinto que não sei o basico, peno com coisas que deveriam ser simples e que eu deveria ter dominado como um júnior. Sinto que estou estagnado.
Quando entrei na empresa, me imaginava sendo pleno em uns 2 anos. Com esse prazo cada vez chegando mais perto, eu paro e vejo que nem domino as tecnologias que uso. A cobrança maior vem de mim mesmo, eu sempre quero fazer mais mas ainda assim não parece ser suficiente e que não estou saindo do lugar.
Apesar de a 1 ano e 4 meses atras eu não saber praticamente nada, ainda sinto que deveria saber mais.

2

Isso me parece bastante com a síndrome do impostor. 'Cê mencionou várias tecnologias e, se bem entendi, conseguiu utilizá-las pra chegar no resultado desejado. Isso já é uma grande coisa.

Quais seriam "as coisas que eu já deveria saber, mas ainda peno"?

1

Sim, no fim consegui chegar ao resultado, mas as vezes algo até simples, como uma logica pra algo, ou um algoritmo pra fazer algo, eu acabo demorando muito, e no final são coisas simples de fazer, faço a maior parte e fica faltando algum detalhe que não consigo ver sabe. E as vezes tbm, dando o exemplo do back end, estou usando NestJS, porém não conseguiria fazer a mesma coisa em NodeJs puro. Creio que necessito dar um passo atras pra formar melhor essa base.

1

Cara recentemente passei por isso tbm, sempre estudei mais o básico, das coisas e decidi pegar um freela pra fazer full-stack com react, e dps do freela consegui meu primeiro emprego com angular que eu não conhecia mt, e tipo eu percebi que eu ainda tinha mt dificuldade em algumas lógicas que eram pra ser simples, se serve de ajuda, pare e veja as coisas que vc já fez para trás, as tarefas que vc já solucionou vc vai ver que sua evolução de quando começou foi grande, e outra sempre quando pego alguma tarefa que eu n sei, não tenho vergonha de abrir o jogo e falar que realmente não sei mas vou estudar sobre e fazer a tarefa, mesmo que me custe algumas horinhas a mais do meu horário de trampo mas é algo que eu sei que vou estar ganhando que é "conhecimento".
Esse video me ajudou muito a melhorar minha forma de aprender: https://www.youtube.com/watch?v=mMMqMk2buzs

2

Eu entendo você. Isso acontece muito sobretudo com pessoas que não são de cursos focados em uma área, e acabam migrando pra ela (eu sou um exemplo, assim como vc).
Essa migração já começa por ser uma decisão muito difícil, pois temos que praticamente abrir mão de tudo que já aprendemos, todos os esforços e lutas aplicados ao curso que não queremos mais seguir.
Mas meu amigo, essa sensação de incapacidade é muito mais coisa da nossa cabeça do que uma realidade. Não precisamos dominar a base perfeitamente para sermos profissionais capacitados. O que é básico para um pode não ser básico para o outro. Tudo isso faz parte do processo, e todo dia estamos aprendendo coisas básicas, medianas e difíceis. A única diferença é que no início aprendemos mais coisas básicas do que medianas e difíceis; depois de um tempo de experiência, aprendemos mais coisas medianas, porém não deixamos de aprender coisas básicas. Quando estivermos muito bem desenvolvidos na área, estaremos aprendendo bem mais coisas difíceis, mas ainda estaremos aprendendo coisas fáceis e medianas. Esse é o processo natural do aprendizado, não é uma incapacidade nossa.
E obrigado por expor seu relato, isso pode fazer a diferença no futuro para você e outras pessoas.

1

isso não só afeta junior mas todos os níveis, trata-se de auto conhecimento como bem explicado no artigo mas que não necessariamente vem com o tempo se não for aprimorado.

1
1
1

Gostei muito do texto, faz 6 meses que me tornei júnior na empresa onde trabalho e além disso ajudo uma ONG da cidade. Desde que comecei na programação eu quero ajudar o máximo que posso, montar sites, fazer inúmeros projetos, ajudar amigos e projetos da cidade, mas gerir tudo isso tem sido um desafio, pois no final você acaba se frustando bastante por não dar conta de tudo.
Esses últimos tempos o que me ajudou muito foi aceitar que infelizmente não consigo dar conta de tudo e saber lidar com isso, porque no final estou fazendo boas entregas no trabalho e na ONG. Mas como eu ficava só comparando a porcentagem de projetos finalizados, eu acabava me frustando mais que tudo e não reparando no impacto que estava gerando.

1
1

Muito interessante, estou cursando Analise e desenvolvimento e estudando React para conseguir tentar um emprego como Junior, vou lembrar desse artigo!

1

Me identifiquei bastante, terminei minha faculdade de ADS ano passado estou com 24 anos, e tenho essa sensção de não estar evoluindo e as coisas que faço nunca estarem bom o bastante, comecei a estudar,cloud, arquitetura... mas estou desanimado as vezes penso se estou trabalhando no que gosto mesmo. Também tenho aquela vontade de parar tudo e me isolar por um tempo, sem internet, preocupão, um lugar calmo.

1

Conteudo muito bom parabéns! Eu estou estudando para virar um dev então é muito bom aprender como agir para amenizar esse tipo de cobrança, pois eu mesmo ja estive nessa situação, então quero me conhecer, aprender a gerenciar o que eu posso fazer para evitar crizes sem acabar destruindo tudo que eu construi emocionalmente até conseguir minha primeira vaga.

1
1

Tenho 24 anos, passei por uma inexperiência parecida, aprendia a dizer não na marra. Hoje estou mais maduro quanto ao que posso aceitar em questão de tarefas e suas dificuladades.

1

Fico bastante agradecido com o post desde já. Ainda não trabalho na área, porém em 2023 vem estágio e, quem sabe, vaga júnior e sempre quis me preparar antes mesmo de começar, e seu post foi de muita ajuda a entender como atuar no mercado funciona.

1
1

parabens pelo post, em certo momento nesse 1 ano de experiencia como programador me vi nessa situação, uma cobrança interna, mas tenham fé, eu tenho 28 anos, ja trabalhei em varias profissões mas a de programador foi a mais gratificante ate hoje, estudem, relaxem e com o tempo tudo se encaixa, tmj pessoal!

1

Muito obrigado pela dica passada...ainda não tive a oportunidade de engressar, mas sempre tive medo de passar por essas crises e agr, com esse material, acredito que estarei quase pronto pra lidar com esse problema. muito obgo. Sucesso! :) <3

1

Obrigado por compartilhar sua experiência, isso ja me deixa em alerta para quando chegar essa fase estando empregado...
mas já me vejo nela de certa forma, trabalho como SDR (prospecção de empresas para fechar negócios) gasto 4 horas do meu dia dentro de onibus tenho esposa gestante e casa para cuidar então fico pegado pra estudar e muita das vezes fico com medo de não conseguir fazer bem meu trabalho quando alcançar minha sonhada vaga de emprego pois sinto que não domino bem o Javascrip, coisas que pessoas dominam em 3 meses de estudo eu fico penando, há vezes que fico das 22h até 00h estudando para tentar nivelas mas sinto que não cheguei lá ainda...
tentando trabalhar essa questão...

1

Muito interessante o conteúdo! Trabalho com telecom e já passei exatamente por essa "crise". O que eu vi como saída foi desacelear e pedir feedback quase semanal para meu gestor.

1
1

O melhor artigo que li aqui no TabNews, parabéns e obrigado.

Estou passando por isso hoje, sou Junior a 7 meses, uma coisa que me ajuda é lembrar que eu tenho que aproveitar a "jornada", e que a "chegada" (virar sênior) é consequência de uma jornada de mt estudo e aprendizado... tudo vira experiência!

1
1
1

Estou quase nesse momento, acabei de finalizar a faculdade de ADS, e me encontro nessa idade citada na publicação, mas ainda não consegui migrar de redes para área de desenvolvimento.

1

Uma reflexão "meio filosófica" sobre dizer "não", que eu ouvi por aí e não me lembro onde: "Conseguimos dizer 'não' quando temos um 'sim' muito grande dentro de nós".
Já tentei diversas opções quando me vi em uma situação de esgotamento, e uma solução bem simples foi: parar, "dar um tempo para a cabeça" fazendo alguma coisa que me desestressasse, e após isso, listar as coisas mais importantes que eu deveria focar naquele momento. Feito isso, tento explicar para mim mesma o porquê eu preciso fazer o que coloquei na lista. Para mim, isso me ajuda a ter clareza sobre o que preciso fazer, e aumenta as chances de recusar outros itens que provavelmente consumiriam o tempo necessário para que eu concluísse o que me propus anteriormente.

1

Eu nem entrei ainda no meio e to em uma crise, to com 28 anos, trabalhando de garçom em media 14 hrs por dia, em fevereiro pretendo mudar para um callcenter que só ltrampa 4 hrs pra me dedicar mais aos estudos, entrei uma facul de ADS, o medo a incerteza é algo que chega paralizar, peguei um curso de python tbm mas eu achei pessima a didática o que me desanima um pouco

1

Cara, quando vejo posts assim, sei que estou no lugar certo, obrigado por compartilhar as experiências, isso ajuda muito quem está iniciando assim como eu, como já deve ter passado por isso, arriscaria fazer um post do que os juniors que ainda não estão inseridos no mercado devem fazer pra conseguir a sua primeira oportunidade? se consegui-se pontuar algumas dicas eu ficaria muito grato em ler sobre o teu ponto de vista, ou o que tu fez na época pra conseguir, ou uma análise do cenário atual ou como alguém que quer iniciar a carreira precisa fazer pra se destacar na multidão?

mais uma vez, obrigado pelo post

1
1
1

Eu estou passando mais ou menos por isso agora. Sempre quis trabalhar como DevOps e consegui um emprego como junior numa empresa e trabalho como analista, e recentemente tive uma call com o meu líder atual e ele me disse que: "Em mais de um ano que você está aqui na empresa, eu não vi evolução técnica nenhuma sua. Você está tendo as mesmas dúvidas de quando você começou aqui em 2021"

Eu já tinha percebido isso, mas depois dessa conversa foi que e ficha caiu de verdade, e não discordei de nada do que ele disse porque na minha cabeça tudo que ele falou fazia sentido e agora eu estou num loop sem saber o que fazer. Porque nesse ano que eu fiquei nessa empresa, fiz várias entrevistas (no mínimo umas 10) de empresas diferentes mas não passei em nenhuma e me inscrevi em várias vagas também e muitas delas tem mais de 20 dias que não recebo resposta, e quando recebo, já é dizendo que não querem nem fazer entrevista comigo dizendo que não vão seguir com a minha candidatura.

Fico sem saber o que fazer. Eu já pensei em mudar de função (estudar para ser programador junior de swift), mas conversando com um amigo que é da área de TI tem mais de 20 anos, e ele me disse que eu não teria como tomar essa decisão de forma acertiva sem ter tido outra experiencia na área em outra empresa, sendo que eu não estou conseguindo emprego em nenhuma outra empresa. Espero conseguir passar por isso e não desejo isso a nenhum colega

1

Que Post incrível, já me senti assim diversas vezes mesmo ainda sendo estudante e realmente é muito importante dar essas pausas, uma coisa que sempre faço pra me organizar é uma lista, listar tudo que tenho q fazer das minhas atribuições, outra lista do que tenho que fazer mas é um extra, e as coisas que eu gostaria de fazer, assim tendo as prioridades do que tenho que realizar, poderia fazer um post dizendo o que um junior precisa ter para entrar na área? eu só consigo pensar em fazer estágios mas não sei em que ponto posso me considerar junior pra ingressar no mercado de trabalho como dev

1

Conteúdo extremamente cirúrgico quando ser trata dessa crise. Posso dizer por mim, que inúmeras vezes, me vi nessa situação, algumas segui o que o artigo fala, outras vezes, fiz o que jamais deveria ter feito, o famoso "matar no peito". Hoje convivo com uma extrema dificuldade de acreditar na minha capacidade, contornando com horas de estudo, imersões, bootcamps e prática para tirar minha mente dessa dificuldade. Espero que os demais, sigam as dicas deixadas acima, pois não vale a pena tentar ser o "Super Herói" da empresa, no final, a conta quem pagará será você.

1
1

Muito obrigadopor compartilhar essa sua experiência, esse conteúdo me ajuda bastante na construção do conhecimento que eu venho tentando tornar sólido, talvez esse seu ponto de vista possa fazer com que eu evite caminhos que me colocariam nessa problemática visto que sou iniciante.

1

Primeiramente, parabéns pelo texto! Ele realmente retrata o que acontece em várias, senão todas, profissões.
Vivi essa crise em outro momento, em outra carreira, e vivi também como dev. Hoje, como gestor, vejo acontecer a repetidas vezes com os colaboradores. Acredito que faz parte dos atributos dos líderes observar o júnior que está passando por essa "crise" e ajudá-lo a gerir da melhor forma esse misto de sentimentos.
Aos Juniores, toda crise gera uma oportunidade! Não desanime e se matenha firme, na impulsão do ataque!

1

Esse comentário! Esse aqui exatamente! Eu estive nessa crise logo que entrei na empresa, ja me cobrava horrores e queria estudar tudo e tempo todo. Foi 1:1, dinâmica de feedback, mentorias, líderes e meu time que me ajudaram e me guiaram. Tive um crescimento excepcional, graças a eles, e aprendi muito sobre foco e onde administrar meu esforço. Júnior é júnior, uma hora eu provavelmente teria aprendido sozinha, mas com eles eu fiz isso rápido e com saúde mental. Por favor líderes, tira um tempo para conversar com junior, ajude eles no plano de carreira, a perceberem suas forças e fraquezas. Isso faz um profissional fixar mais na tua empresa, pq hoje salário eu consigo em qualquer lugar, mas espaço para crescer e me desenvolver, sentindo confiança entre meus colegas, eu nao sei se terei como tenho onde estou.

1

Eu adorei a solução e acrescentando ao artigo, algo que vi no canal do Micael Mota, é que não se deve ter medo de falar com a equipe quando estiver se sobrecaregando e achar que não conseguirá entregar tudo no prazo, saber comunicar a equipe torna o ambiente de trabalho muito melhor.

O artigo em si está ótimo, mas acho que a conclusão poderia ser colocado junto da solução ao invés de deixar separado, na minha opinião ficaria uma formatação muito melhor do texto. Mas essa é só minha opinião, desculpe se soar meio arrogante, nunca foi minha intenção.

1
1

Parabéns pelo texto sensacional e por compartilhar conosco.

Coincidência ou não sou de ADS e sai do Jr ha poucos meses. Sabemos muito bem que ma maioria das vezes é assim mesmo.
A diferença é que passei de Jr a Pleno depois de ter conhecido a crise dos 40. O que maturidade emocional tem seu valor nesse momento.
Afinal fiz minha transição pra tecnologia aos 45. Experiência ajuda um pouco, mas não nos livra de passar por essa crise 😔. Então a gente ja tem uma ideia de como lidar com essas dúvidas e questionamentos.
Quanto aos conhecimentos, são com as trocas que crescemos. É sensacional a sensação de hoje eu aprender muito com profissionais 25 anos mais jovens e experientes. E aí vem a troca de experiência profissional e maturidade emocional.
A resposta é a mesma fazer somente aquilo que a gente dá conta e muita reflexão!!

1

Minha atividade principal está fora da TI mas estou passando por essa crise e é bem como você descreveu. Estou com mais de 2 anos minha área e ainda tem um mestrado para me preocupar e o que estou fazendo agora é o que você falou: uma pausa. Mais do que a velocidade, o que mais importa a direção, e nessa crise vejo que o caminho que estava seguindo já não é o que eu quero. É o que aconselho a quem estiver passando por isso também pois essa pausa dá uma clareza muito grande sobre os próximos passos. Ciclo PDCA: Plan, Do, Check, Act.

1

Um lema que eu tento seguir é de se esforçar sempre ao máximo, sabendo que nunca vai conhecer ou dominar 100% tudo.

Pra todos os outros momentos de stress profundo, levando em conta que existem outras áreas da vida pra se preocupar (familiares, amigos, financeiro, sonhos, etc), deve sempre se lembrar de respirar.

Parar um momento, contemplar o que está a sua volta, caminhar num lugar com natureza ou até dar um 'role' no Death Stranding pra entregar umas encomendas rssss

O importante é respeitar os limites do corpo e da mente, tendo um alívio que realmente te conforta e te diverte.

No fim das contas, temos sempre tanto a aprender e nossa mente não possui capacidades ilimitadas, então dê um descanso a si mesmo.

Uma outra dica que eu sigo bastante é evitar twitter ou redes sociais que só promovem discussões e stress, isso aumentava consideravelmente meu stress e diminuía minha produtividade. Fazer uma dieta de informações foi benéfico, porque cada vez que eu via uma postagem de ódio, ou que me incomodava, eu ficava inclinado a gastar mais da minha mente pra responder.

Quando cuidamos dela, ela literalmente agradece com momentos de lógica criativa bem produtivos.

Errar é humano, estamos todos em processo de aprendizado.

1

dentro de TI (porem não só em TI) algo que com frequência bate a porta que é a "sindrome do impostor", onde a pessoa cria uma tendência a autossabotagem em que você, mesmo sendo plenamente capaz, sente que não vai conseguir executar o que precisa ser feito e as vezes até desconfia que alguma hora alguem vai descobrir sua "farsa" e te "desmascarar".

para este caso, nada melhor do que ter um mentor, se aproximar de algum mais senior do time e que te sirva de exemplo e aprender com essa pessoa. não tenha medo de dizer "eu não sei", e buscar pelo conhecimento.

não se comparar com os outros tambem ajuda um bocado, cada pessoa vem de uma realidade diferente, teve oportunidades (e passou por dificuldades) diferentes ao longo da vida, é difícil nivelar de modo que uma comparação seja sequer possível.

1

O maior risco é essa "pessoa referência", seu mentor, etc. Te decepcionar. Dependendo de como estiver o emocional, isso pode descontruir demais a auto-estima. Meu conselho seria, equilibra a mente antes, depois foca em algo, supere os desafios que surgirem, não desanime, não confie em ninguém, mantenha-se motivado, encontre o que te motiva, coisas assim.

1

Eu estou buscando minha primeira vaga como Junior, venho de uma transição de carreira onde atuava como Professor de Geografia, mas sempre tive uma relação com a área de TI.

Ler relatos como esse me fazem pensar bastante sobre um futuro ambiente de trabalho, percebo cada vez mais como as 'soft skills' são essenciais para o mercado de trabalho. Vou anotar suas observações @brunoleo223.

Obrigado!

2

Sem dúvidas cara. Meu cenário foi bem parecido com o seu. Era advogado, mas já havia atuado como vendedor e corretor de imóveis e hoje sou Dev .NET Pleno, muito graças a essas outras duas experiências que tive.

Com certeza, as soft skills e outras habilidades de comunicação que desenvolvi ao longo da vida, me alavancaram de forma muito mais rápida do que qualquer outro "concorrente" que eu tive para uma vaga para dev! Para vagas de nível Jr, coisas como cultura e habilidades interpessoais contam muito mais que conhecimento técnico.

Treine essas habilidades e use à seu favor o que você ja possui. Sucesso!

1

Eu quase entrei nessa crise. Mas por indignação do que a empresa exigia, eu resolvi parar de fazer hora extra gratuita para atender as demandas ridiculas e comecei a ser o portador das más notícias, na verdade, falando apenas verdades. Fui demitido, mas essa foi a melhor coisa que me aconteceu. Em dois dias entrei numa empresa maravilhosa que me deu muitas oportunidades de estudo e aprendizado. Virei senior, lider técnico e até hoje estou la.

1

Obrigado pelo post, vou começar ADS ano que vem, e esse post já me colocou nos trilhos, 2 anos e 6 meses para aprender a programar e melhorar oque eu já sei pra pegar um estágio, primeira facul então não sei como vai ser, mas eu tô com fé que vai dar certo

1

Eu acho que o plano descrito na postagem é bem promissor, mas fiquei preocupado com a parte que fala sobre a crise do júnior. É normal que as pessoas fiquem preocupadas quando estão enfrentando essa crise, mas acho que é importante lembrar que ela não vai durar para sempre. A solução é aprender a se comunicar de forma mais clara, aprender a dizer não e saber quando pedir ajuda.

1

muito obrigado pelo seu texto aprendi bastante estou nesta crise pelo menos eu acho. eh bem parecido eu estou mas frustrado por ainda não conseguir uma vaga na área, me sinto burro despreparado parece que isso não eh pra mim.

1

Obrigado pelas palavras de força!
Me vi muito no que você escreveu, possuo 22 anos, me formei esse ano em Engenharia da Computação e desde o 3º ano da faculdade comecei a trabalhar na área.
Comecei como trainee em uma consultoria para o setor financeiro, não trabalho mais lá, mas sou grato pois foi lá que comecei a desenvolver com Java e Angular.
Hoje em dia estou já atuando como Pleno, porém me da uma puta crise de impostor, pois todo dia eu trabalho muito para entregar minhas demandas e fico fazendo uma carga horária absurda, acordo as 05h estudo até as 08h, trabalho até as 18h (as vezes mais), volto para o PC as 19h30 e fico até ir dormir estudando.
Ando vendo que estou bem sobrecarregado, pois o mercado, não está mais dando tempo de um estagiário/trainee virar júnior, um júnior virar pleno e por ai vai... Já que vejo vários júnior tendo trabalhos e cobranças como se fossem sêniors.

1

Ainda sou estudande, fiz alguns freelancers mas nunca trabalhei de verdade no mercado. Mas por ver a experiencia de outros devs vejo que no começo tudo é muito maluco. Com o tempo além da experiencia você também ganha mais respeito na área. Não desista do seu trampo irmão, é preciso da tempestade para vir a calmaria.

1

Eu vou terminar meu Técnologo de Analise e Desenvolvimento de Sistemas em 2024, tenho 22 anos até 9 de janeiro, distribui inúmeros curriculos pela plataforma do linkedln, é incrivel a dificuldade de entrar em uma empresa como júnior ou estagiario, eu tenho diversos conhecimentos em programação, só preciso de um ambiente pra me desenvolver. Sempre trabalhei como autonomo ganhando meu dinheirinho, nunca gostei dessa forma de procurar emprego, quase que implorar por uma vaguinha mesmo tendo os requisitos, diante de uma enorme concorrencia de DEZ mil pessoas, para 10 vagas na empresa... complicado.

1

Entendo bem isso, infelizmente o mercado está muito mal acostumado buscando apenas por sêniors e esquecendo que todo sênior precisou começar de algum lugar.

1

O problema é que nós já temos, embutidos em nossa mente, o juiz, o carrasco, o chefe e todo um time de cobradores de desempenho. E não é apenas na área profissional, é no meio familiar (será que estou sendo um bom pai ou mãe, um bom filho ou filha, um bom marido ou esposa?) e também no meio social. A cobrança interna é tão grande que em certos casos chega ao ponto de ser muito maior do que a externa. Então fica a pergunta: Por que nos cobramos tanto? Esse é o exercício que devemos começar a fazer, diariamente, porque a resposta está em um só lugar, dentro de nós mesmos. P.S.: Buscar ajuda profissional, como um psicólogo, ajuda e muito a responder a pergunta.

1

Valeu por compartilhar tua experiência, cara. Eu acredito que estou exatamente nesse momento. Eu sei que tem muita coisa que sei, mas tenho medo de, na prática, eu acabar deixando a desejar e não conseguir entregar as coisas no prazo. Não estou no mercado ainda, mas já estive antes e eu meio que não conseguia fazer as tasks sozinho, sempre pedia ajuda, então, sempre que vinha uma task nova eu não sabia por onde começar e ficava perdido. Tô tentando estudar e pôr mais em prático tudo aquilo que venho estudando desenvolvendo alguns projetos pessoais.

1

Cara, que incrivel esse artigo kkk
Estou entrando na área exatamente agora, buscando vagas de frontend, backend e fullstack como junior, e esse artigo vai ser muito útil para mim.
Parece que você me mostrou uma pedra no caminho antes de eu pisar nela e me machucar
Agradeço de mais seu artigo!

1


    Ótimo post, com certeza o melhor que li nos ultimos dias.
Eu não sou mais junior, estou como front-end pleno, mas na minha vida eu sempre cai pra junior diversas vezes... Fui junior de design grafico, de ilustrador, de web design, achava que era programador quando só customizava wordpress/wix/qualquer-page-builder-por-ai, o mesmo com html/css pra fazer páginas simples e etc.
Acho que o maior problema que temos hoje, é que temos que estudar coisas demais. Focar no que é importante é complicado, eu estava estudando php/laravel e me chamaram de junior pra Reactjs, e ai, claro que eu fui!

    Nenhuma outra profissão que tive na vida, exigiu tanto estudo e atualização, pra efeito de exemplo eu já fui padeiro, se eu voltasse AGORA pra uma padaria, em no máximo 1 semana estaria atualizado, e logo no primeiro dia saberia fazer pão. Mesmo que tenha quase 10 anos que não asse num forno industrial rs.
E sendo bem sincero eu sempre quis mesmo era ser game engineer, e agora to estudando pra no futuro me aplicar a uma vaga de GE jr ^^* (claro que fora do Brasil, já que aqui é uma area inexistente).

1

A crise do júnior é uma realidade na vida de muitos jovens profissionais, principalmente na área de tecnologia. Muitas vezes, os jovens profissionais se sentem sobrecarregados com responsabilidades e cobranças, sem saber como lidar com tudo isso. O artigo é bastante didático e de fácil compreensão, e apresenta soluções possíveis para esse problema.

1
1

Cara acabei de iniciar como programador backend em uma empresa e fiquei muito feliz por ter lido isso, agora vou conseguir avaliar muito melhor as oportunidades.

1

Muito importante essa questão de ter calma e tempo pra si mesmo. Seu conteúdo vai ajudar sobretudo Júnior's que infelizmente não tem ninguém pra conversar sobre isso. Outro ponto que também inclui esse assunto é si comparar com outros. algumas atividades precisam de experiência prévi e si comparar com quem tem muita experiência é complicado.

1
1
1
0