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Será mesmo uma boa ideia eu abandonar o remota e buscar algo híbrido/presencial? (Começou somente como uma dúvida, terminou como um desabafo)

TL;DR
Tenho muito problema com procrastinação no trabalho, sempre trabalhei de forma remota, será que conseguir um emprego presencial ou híbrido pode me ajudar com isso?

Indo direto ao ponto: tenho 22 anos, trabalho com desenvolvimento web desde meados de 2021, período em que larguei minha faculdade de Engenharia da Computação por alguns motivos, sendo um deles eu ter conseguido uma vaga para trabalhar como desenvolvedor web de forma remota.

Não era uma vaga muito interessante, o salário era baixo, cerca de um salário mínimo e ainda era PJ, mas como eu só queria conseguir dinheiro de alguma forma e sabendo que essa seria minha primeira experiência real de trabalho, aceitei.

No começo foi tudo ótimo, eu estava bem ansioso pra entender como é a dinâmica de desenvolvimento em uma empresa, descobrir se eu realmente sabia programar, se daria conta das demandas... e aparentemente eu dava, pois ja no primeiro mês recebi um aumento de salário (o que não quer dizer muita coisa, já que meu salário não era lá essas coisas) e os feedbacks que eu recebia eram bem positivos.

Eu sempre fui um procrastinador nato, tanto na escola quanto em outros projetos que participei, mas pelo visto ter a responsabilidade de um emprego era o que eu precisava para parar de procrastinar, ou pelo menos era o que me parecia no começo. Conforme o tempo foi passando eu comecei a me sentir cada vez mais ineficiente, não parecia que eu estava entregando o que sou capaz, fazia sempre o mínimo, pondo o mínimo de esforço possível e procrastinando a maioria do tempo.

E não é como se eu gostasse de procrastinar, aquilo me corroía, saber que eu precisaria entregar a feature que me foi solicitada e não conseguir fazer nada sobre isso, e quando o deadline chegasse eu teria que fazer em uma madrugada e que me foi solicitado para uma semana.

Falando assim, parece até que era algo tranquilo, já que eu passava a semana fazendo o que quisesse e só durante uma madrugada eu trabalhava, mas a ansiedade de dar follow-ups falsos sobre o meu progresso, de saber que eu estava só acumulando uma bola de neve que uma hora ia descer ladeira a baixo e me sentir um verdadeiro impostor quando eu via que aquilo que enrolei uma semana inteira pra fazer era tão simples que pude fazer uma madrugada, isso me causava uma dor física.

Mas ainda assim trabalhei nessa empresa por um pouco mais de um ano, sou Jr em desenvolvimento, mas aparentemente um Sr na mentira, já que ao final desse ano meu salário já era quase o triplo do inicial e eu continuava sendo elogiado pelas minhas entregas, apesar de vez ou outra receber alguns feedbacks negativos relacionados a uma certa ausência minha.

Quando fui demitido dessa empresa, me disseram que foi por motivos financeiros, foi bem quando tava rolando aquelas demissões em massa em empresas grandes. Eu havia me mudado recentemente para começar a morar com minha namorada, então a demissão foi um grande susto, já que não sabia como ficaria a questão financeira. Felizmente ao me demitir eles me indicaram para a empresa em que trabalhavam antes e eu consegui a vaga depois e algum tempo, novamente remota.

E dessa vez eu estava obstinado a dar o máximo de mim, não queria deixar isso acontecer comigo de novo, eu iria realmente dar meu sangue pela empresa (apesar de achar isso ridículo) pra não ser demitido pela minha performance novamente. Só que mais rápido que na empresa anterior, começou tudo de novo, e dessa vez um pouco pior, desculpas e mais desculpas pra não entregar as demandas em dia, acordava tarde e perdia as sprint planings e a cada dia ia ficando cada vez mais relaxado.

Nessa nova empresa os feedbacks eram bem mais duros, eles falavam que eu não estava entregando o suficiente, que eu estava "com o freio de mão puxado", mas mesmo assim eu não consegui mudar. Eu tentava, sempre durante algum fim de semana eu me decidia que ia reverter isso, não iria mais atrasar para as reuniões, me focaria em sentar a bunda na cadeira e programar até concluir algo, mas eu sempre voltava a procrastinar.

Até que em um desses finais de semana eu me decidi novamente, segunda eu acordei bem antes do horário da planing, passei aquela uma hora inútil morrendo de sono, e quando acabou resolvi tirar um cochilo rápido, acordei com uma ligação do meu chefe falando que tava na hora de uma reunião que estava marcada, levantei e lavei meu rosto bem rápido pra entrar na reunião logo. Era a reunião pra falar da minha demissão.

Dessa vez foi bem mais demorado conseguir um novo trabalho, felizmente essa ultima contratação foi no formato CLT, então tinha um pé de chinelo pra aguentar por algum tempo. Mas a grana começou a acabar e eu fui ficando desesperado, e aí começou novamente o mesmo ciclo: "E dessa vez eu estava obstinado a dar o máximo de mim, não queria deixar isso acontecer comigo de novo, eu iria realmente dar meu sangue pela empresa…"

E agora estou novamente na mesma situação, cada dia entregando menos, faltando cada vez mais as reuniões, a cada noite não dormida (como a de hoje) a beira de um bornout (um bem irônico, que acontece por não trabalhar haha) e já não tenho mais certeza do que fazer.

Já tentei resolver por conta própria, já tentei ajuda profissional, mas não consigo sair desse ciclo. Minha última ideia, que eu já tinha tido antes, é tentar mudar o modo de trabalho, eu nunca tive um trabalho presencial, talvez seja isso que está me faltando. Quando é relacionado a estudos, me sinto bem mais produtivo presencialmente do que no EAD, então talvez seja uma boa opção.

Qual a opinião de vocês? Será que isso é uma má ideia? Será que a pressão do presencial não foi apenas piorar minha situação? Tem alguma dica que possa ajudar?

Muito obrigado por ler meu post, como ele ficou gigantesco e somente o último parágrafo toca diretamente no ponto central do post, provavelmente ninguém vai ler todo, mas foi um bom desabafo.

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Como outros já comentaram, talvez o ponto seja o acompnhamento de um psicologo ou psiquiatra. Eu sempre sofri muito com procrastinação e as coisas só passarama a melhorar depois que fui diagnosticado com defcit de atenção e comecei a fazer o tratamento com uma psiquiatra. As vezes parece meio forte e talvez até desconfortável falar em psiquiatras e etc. Mas não é nada demais, é assim como qualquer outro médico e pode te ajudar muito.

Teu relato é muito parecido com a minha historia com TDAH, então acredito que vale uma visita ao psiquiatra e passar esse teu relato aí pra ele. Ele vai ter as ferramentas certas para te passar o dignóstico correto e tu ajudar nessas questões de burnout/princípio de depressão.

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Primeiramente obrigado por dividir seu relato pessoal, tá sendo ótimo pra mim ver que (apesar de isso ser meio obvio) outras pessoas têm o mesmo problema, tira um pouco o peso da síndrome de impostor de cima de mim e ainda me incentiva a voltar a procurar por ajuda psicológica.

Quanto a possibilidade de diagnóstico de TDAH, nunca parei para pensar que poderia ser meu caso, sempre me identifiquei com sintomas de TOC, já fui até atrás de um psiquiatra para falar sobre isso - não vejo isso com o mesmo peso que outras pessoas vêm - e ele me disse que tinha sim uma grande possibilidade, mas que teria que investigar melhor, mas como foi pelo sistema público e eu morava em uma cidade pequena houve algumas barreiras que me impediram de continuar.

Mas já me decidi e vou, sim, voltar a procurar ajuda de um profissional, obrigado novamente.

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Procure ajuda médica.

Sempre cansado

Eu estava assim também, as 16:00 hs da tarde, já estava insuportável trabalhar, quando dava 18:00 hs eu largava tudo para ir descansar, mas com uma sensação horrível, enquanto meus colegas de trabalho rendiam muito, trabalhavam com afinco, 18:00 hs ainda estavam alertas, continuavam o trabalho até tarde da noite.

Malditos workholics

Eu achava que todos eram malucos e doentes, pessoas do tipo workholics.
Andava ansioso, com medo de ser demitido a qualquer momento, quando me chamavam, meu coração disparava, muitas dúvidas na minha cabeça, "é agora?", "vão reclamar?", "vão me demitir?"...

Solução - cursos?

Eu me cobrava constantemente, ficava fazendo um curso para me equiparar, nem era presencial, era online, fazia a qualquer momento, todo dia era 1 ou 2 aulas, quando perdia uma aula, me sentia culpado, mais ansioso, no dia seguinte tinha que fazer o dobro de aulas porque perdi aulas ontem. No meio do curso já não lembrava o que aprendi no início do curso...
Mais perguntas na minha cabeça, "e se me perguntarem algo?", "preciso estudar", "preciso saber tudo"

Solução - ajuda médica

Eles são realmentes workholics, ou há um problema comigo?
Como pago uma grana preta em convênio médico, foi então que resolvi passar na psiquiatria.
Agora tomo sertralina e ritalina.
Minha vida mudou, sem ansiedade, sem dúvidas na minha cabeça, trabalho até as 18:00 hs de boa, se precisar ficar até tarde sem problemas.

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Como falei em outras respostas, obrigado pelo relato, ajuda a tirar um pouco da culpa de cima de mim e me incentiva a fazer algo a respeito.

Me identifiquei muito com o medo que batia quando alguém chamava para alguma reunião inesperada, já achando que enfim seria o momento da demissão, me acontece muito ainda.

As respostas nesse post me ajudaram a tomar a decisão de voltar a procurar ajuda profissional, como não tenho uma grana preta pra pagar um convênio vou tentar ver com a minha empresa se eles não podem me ajudar nesse aspecto, como a esposa do CEO é psicóloga, creio que ele vá entender a importância disso.

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Uma vez que sua situação é recorrente, eu recomendaria você procurar ajuda médica e psicológica. Isso precisaria ser melhor investigado sob esses pontos de vista. Algumas pessoas lidam melhor com remoto, outras com presencial, mas isso não deveria ser um fator determinante para o seu rendimento.

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Todos esses relatos de pessoas com problemas parecidos, resolvidos com ajuda profissional e as indicações para procurar ajuda psicológica estão me incentivando a voltar a procurar ajuda.

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Um trabalho presencial pode sim te ajudar, devido ao senso de responsabilidade que vem "mais forte" com ele, mas o teu real problema não é o local de trabalho.

Eu acho que o que você realmente precisa é de um acompanhamento psicológico, talvez até psiquiatrico, pois esse teu relato de se sentir a beira de um bornout, de não acordar a tempo de uma reunião, e mesmo depois da reunião, simplesmente voltar a dormir, a procrastinação, indicam sintomas muito parecidos com depressão, e não é tão fácil sair dessa sozinho, eu já passei por isso.

Álias, com relação à psicólogo(a), existem vários tipos de abordagem que eles utilizam, e nem todas funcionam para todo mundo, então é normal você não gostar de um profissional. Se isso acontecer, procure outro, mas não desista.

Por fim, procure fazer exercicios físicos também, por incrível que pareça, isso realmente ajuda na nossa disposição. E quanto à procrastinação, uma forma consideravelmente eficiente de resolver é fazer uma agenda, anotando absulutamente tudo que você deverá fazer no dia, desde o horário que você acorda até o horário que irá dormir, e quando me refiro a tudo, é anotar na agenda até os horários que você irá escovar os dentes, e a última coisa do dia deve ser verificar essa agenda para programar o dia seguinte. Na medida que você for fazendo as coisas da tua agenda, você vai marcando que aquilo foi concluido. Isso vai gerar um pouquinho de "prazer" e "satisfação" para cada coisa que você concluir, por mais simples que seja, e vai fazer você perceber que você não fica parado o dia todo e que consegue sim fazer o que deve ser feito. Inclusive, se quiseres, podes se auto presentear com algo que goste após cumprir vários compromissos (por exemplo, com chocolate, caso goste), pois isso vai aumentar ainda mais os sentimentos de recompensa e merecimento e te ajudar a sair do ciclo vicioso da procrastinação.

Espero que melhores, e lembre-se, você não precisa enfrentar tudo sozinho, mesmo no trabalho, quanto tiveres dificuldade com algo, sempre haverá alguém que poderá te ajudar...

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Meu problema na última vez que fiz acompanhamento psicológico foi justamente me sentir desconfortável com a psicóloga, e sentir que aquilo "não estava me levando a nada" (eu sei que é um processo, e que vai demorar pra ver os resultados, mas era difícil me manter motivo com o tratamento), mas eu não sei dizer se eu só não me identifiquei com o profissional ou se terapia é assim mesmo, já que só fiz com um profissional até agora.

Recentemente eu montei um cronograma com horários exatos para cada coisa que eu preciso fazer no meu dia, mas eu tenho muita dificuldade de seguir ele, mesmo colocando nesse cronograma horários para descanso. Talvez a ideia de um checklist seja realmente melhor.

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Eu já me senti dessa forma. Me identifiquei com a parte do "burnout" sem necessariamente estar se matando de trabalhar haha.

E é bem possível que esteja chegando na resposta sozinho. A resposta para mim foi justamente essa: mudar meu ambiente.

Não necessariamente precisa ser um trabalho presencial, indo até a empresa e tudo mais. Um co-work pode muito bem resolver. Já que, ao menos para mim, o problema era eu trabalhar no mesmo ambiente que dormia, jogava, passava meu tempo ócio etc.

É outra "energia" quando vc se cerca de mais pessoas que estejam num flow de trabalho.

Mas acho completamente válido buscar alguma ajuda profissional, mais pelo relato de que.. mesmo percebendo que estivesse numa situação de demissão ainda não achou forças para mudar sua situação. E isso é meio preocupante.

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Nunca tinha parado pra pensar na possibilidade de um Co-work, ótimo ideia! Até porque eu moro muito perto de um. Eu até tentei fazer meu escritório aqui em casa, justamente para separar meu ambiente de lazer e trabalho, mas aparentemente não foi o suficiente.

Eu já estou a um tempo com essa ideia de procurar uma vaga presencial/híbrida, mas tenho aquele receio de tá deixando de lado uma empresa daora, e na futura empresa nem ter chance de cuidar da minha saúde mental, mas com essa ideia do Co-work vou conseguir testar bem próximo se essa mudança de ambiente vai ajudar, só vai ficar faltando a pressão de der um chefe lá pra me cobrar hahaha.

O único problema é que não tenho um laptop, mas vou tentar dar um jeito.

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Primeiro passo é o reconhecimento, parabens pela atitude!

Segundo passo é traças planos (vc já fez isso, mas eu sei que é complicado colocar em prática).

Terceiro passo é mudar as coisas, e nesse ponto, o trabalho presencial realmente pode ajudar.

Eu trabalho em TI há 17 anos e comecei numa época onde não existia home-office (to com 35 anos, nem tô tão velho assim, dei sorte de começar cedo kkkk). Mas, um pouco antes da pandemia, coisa de uns 7 anos atrás, eu já defendia o trabalho remoto.

Quando mudei da capital de SP para o interior, tive minha chance de aplicar e comprovar as maravilhas de trabalhar em casa. Porém, eu sempre defendi que temos que ter um ambiente para isso. Além disso, eu sempre tentei controlar meus horários, como se tivesse no escritório. Ainda assim, é normal procrastinar vez ou outra... O problema é quando isso fica acima do normal, como aconteceu contigo (e já aconteceu comigo algumas vezes tambem).

Então, voltando ao presencial (ou mesmo híbrido), acredito que vai te ajudar sim! Ter contato com outras pessoas e "sentir" o projeto que você esta atuando, pode ajudar muito! E digo isso porque no meu caso ajuda muito!

Quando eu preciso ir pro escritório, é necessário viajar pra capital. A viagem é cansativa e o dia, como um todo, se torna cansativo. Mas o contato com as pessoas faz eu voltar a me dedicar mais ao projeto que faço parte.

No mais, é claro, ajuda profissional é o caminho certo. Mas a mudança que você esta pensando, tambem pode ajudar!

Sucesso! As coisas vão melhorar, basta focar nisso!

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Muito obrigado!

Eu já tinha meio que me decidido a procurar uma vaga presencial/híbrida, porque como você falou, também acho muito importante ter um local certo para trabalhar, até tentei montar meu escritório na minha casa, mas não foi o suficiente. Entretanto, tenho aquele receio de tá jogando fora uma empresa daora, que não me cobra demais, e talvez na nova eu não tenha nem oportunidade direito de cuidar da minha saúde mental. E como algumas pessoas disseram que como isso provavelmente não seja a causa do meu problema, mudar pro presencial não vá resolver nada, mas ainda assim, acho que seja uma experiência que me falta.

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Sem querer chover no molhado pois todo mundo ai já deu uma contribuição. Mas eu já passei por isso que vc está passando, e só foi piorando com o passar dos anos. Até que decidi procurar ajuda profissional. Aí descobri que sou autista com TAG, TOC, TOD e TDAH. Devido ao diagnostico tardio que deveria ter sido feito ainda na infancia para eu fazer os tratamentos e acompanhamentos corretos, hoje tenho "cicatrizes" mentais, mas tenho conseguido superar isso.

Não creio que o problema seja a profissão, já que eu adoro programar, faço projetos pessoais como entretenimento, me divirto como se estivesse jogando um jogo, mas basta isso se tornar obrigatório que meu corpo pesa e eu não consigo fazer mais nada.

Também sou assim, algo que ajudou muito foi mudar de trabalho, trabalhava em projeto com a stack bem antiga, não podia atualizar ou trocar, tudo era lento, mais difícil e demorado e me sentia que o trabalho que fazia ali não servia pra nada. Hoje trabalho até além do expediente porque eu quero, porque estou trabalhando com algo novo, atual, é desafio.

Também tenho problema pra trabalhar de dia, sou muito mais produtivo a noite, então na prática durante o dia que é o horário de expediente eu estou "disponível" e participo de reuniões, mas trabalhar de fato é a noite.

Mas essas ideias vieram com ajuda profissional de psicologo e psiquiatra. Tentei por um tempo usar venvanse e sertralina, me ajudou por um lado, mas piorou as coisas por outro. Agora tem um novo aí no mercado que atua de forma diferente e vou solicitar do psiquiatra para testar, se chama atentah. Não se automedique, faça com acompanhamento profissional.

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acredito que não irá mudar nada no presencial, pode ser que no começo pareça diferente mas com o tempo tu deve fazer a mesma coisa. Já trabalhei com algumas pessoas que ficavam mais tempo conversando e fazendo outras coisas do que trabalhar (mesmo no presencial.)
quem "enrola", vai fazer isso independente do ambiente.

Talvez o problema esteja na profissão que não te motiva a trabalhar, talvez trocar de área te ajude.

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Não creio que o problema seja a profissão, já que eu adoro programar, faço projetos pessoais como entretenimento, me divirto como se estivesse jogando um jogo, mas basta isso se tornar obrigatório que meu corpo pesa e eu não consigo fazer mais nada.

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Não estou querendo julgar mas fazer tu olhar para ti mesmo e tentar identificar a causa.

Qual a complexidade dos projetos pessoais (são mais complexos e difíceis do que o do trabalho?)

Se for mais complexo pode ser que o problema é lidar com a dificuldade e complexidade das coisas, se for menos complexo talvez o trabalho esteja faltando te desafiar.

Se não for nenhum dos dois casos eu ainda acredito que o presencial não fará nenhuma diferença. No inicio talvez você sinta que fará diferença pois ainda não saberá como procrastinar com pessoas ao redor, mas conforme o tempo passar tu aprenderá e não tenho duvidas que fará a mesma coisa no presencial.

A única forma de você deixar de procrastinar é gostando do que faz e se interessando em agregar valor (e não apenas resolver bugs e implementar coisas). Quando digo agregar valor é discutir com a equipe de negócio quando pedirem algo que tu enxergar que não faz sentido, colocar o ponto de vista o porque não faz sentido e sugerir algo melhor. Quando tu começar ver que suas atitudes causam mudança no ambiente de trabalho pode te dar um animo maior.

Agora faz um teste para ver se o problema da procrastinação está no TRABALHO ou na PROFISSÃO.

Se puder teste minha hipótese.

Organize suas ideias e pense em um projeto novo (pessoal) de média a longo prazo (que tenha uma duração mínima de uns 3 meses) e defina uma meta justa de quando será finalizado.

Crie uma rotina de todos os dias atuar 2 horas fixas (por exemplo das 21h as 23h) nesse projeto (exceto fim de semana e feriados).

Se você concluir esse projeto sem nenhuma procrastinação e no prazo estimado, o problema está no trabalho mesmo e não faço ideia como te ajudar.

Agora se você procrastinar no projeto pessoal que tu diz ser um entretenimento, significa que seu problema pode ser uma das duas coisas:

  1. Ter uma meta na qual tenha que concluir algo.
  2. Ter uma rotina semanal em que trabalha todos os dias o mesmo horário.

Faça esse exercício, talvez te ajuda encontrar o problema.