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Futuro, evolução e impacto do no/low code em 2024

Pensando um pouco sobre o futuro desse tema, não tenho dúvidas de que o tema vai evoluir, só não sabemos o quão rápido nem pra onde.

No mundo de produtos muito se fala que:

"Na verdade não queremos um martelo e um prego, queremos o quadro na parede“. (Autor desconhecido)

Refletindo um pouco e trazendo para o mundo digital, penso que:

Na verdade não queremos desenvolver protótipos, criar pixels, desenvolver código ou configurar Cloud. Queremos criar produtos e serviços, sejam eles sites, apps, integrações, jogos, IAs ou qualquer outra coisa que rode em um dispositivo digital.

E por isso, aposto que o no/low code vai continuar evoluindo, e os impactos são incríveis:

  • Pessoas não programadoras que conseguem navegar melhor em ferramentas digitais podem criar algum valor rapidamente;
  • Pessoas que codam podem economizar tempo utilizando essas ferramentas como aliadas para focar os esforços onde realmente vale a pena;
  • Startups vão gastar menos para criar seus MVPs;

Ainda vejo alguns desafios e muito espaço para melhoria, então em 2024 eu espero ver:
  • A evolução da IA nas ferramentas no / low code. Menos cliques e mais instruções;
  • Novas alternativas às ferramentas existentes, quem sabe alguma brasileira;
  • Implementação de governança, controle de código, backup e outras práticas existentes no mundo de desenvolvimento que ainda precisam evoluir nesse mundo;
  • Melhor suporte a escala e volume de acessos / dados, permitindo que uma equipe especializada (devs e cia) entre cada vez mais tarde no projeto;

Não acho que acompanhar esse é opcional, o desenvolvimento como conhecemos hoje já está mudando. Seguimos de olho!

E vcs, o que acham?


Esse texto é parte da edição da newsletter O Digital de amanhã (31/12/23).

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Acho que a principal pergunta é: Quanto vou ficar dependente do teu produto?

De qualquer forma, tecnologias parecidas existem desde 1994 (é, 30 anos já se passaram).

Um exemplo de tecnologia low/no code para fazer um CRUD em 5 minutos.
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Desde os primórdios do desenvolvimento web, temos visto uma tendência constante em direção à simplificação e à democratização do processo de criação de sites e aplicativos. O advento de ferramentas como o Dreamweaver, na década de 1990, já sinalizava essa mudança. O Dreamweaver permitia que web designers criassem sites visualmente, reduzindo a necessidade de codificação manual. Esse foi um dos primeiros passos em direção ao que hoje chamamos de no/low code.

Avançando no tempo, plataformas como o WordPress transformaram ainda mais o cenário. Com sua interface amigável e plugins variados, o WordPress permitiu que indivíduos sem conhecimentos profundos em programação criassem sites complexos e totalmente funcionais. Essa evolução é um reflexo do desejo contínuo de tornar a tecnologia mais acessível e menos intimidadora para os não-programadores.

Após um período em que o desenvolvimento web se inclinou fortemente para uma maior interatividade, alcançada principalmente através de frameworks frontend complexos, estamos agora testemunhando um movimento de retorno. Este retorno é marcado pelo surgimento de uma nova geração de ferramentas no/low code que estão proliferando a um ritmo acelerado. Estão surgindo diversas ferramentas que transformam layouts do Figma diretamente em código utilizável em qualquer framework. Isso é um grande avanço, pois representa uma ponte entre o design e o desenvolvimento.

Durante a "frameworkização", vimos os programadores assumindo tarefas que tradicionalmente pertenciam ao domínio do design. Agora, essa tendência está se invertendo, com as ferramentas de geração de código empoderando os designers para criar interfaces interativas sem a necessidade de codificar. E acho que isso é extremamente positivo! Acredito que a ideia de substituir completamente o 'engenheiro de front-end' por designers usando ferramentas no code é uma visão otimista e progressista para o futuro da web, que remete ao seu passado glorioso!

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Fala @clacerda!

Cara, incrível seu comentário, valeu! Essa história do low code dava um post ein?! FIca a dica! hahaha

Eu cheguei a usar Dreamweaver (+fireworks), acredite! kkk

Por algum motivo, eu acho que depois do Wordpress a coisa meio que estagnou. Me lembro que há uns 10 anos atrás já existiam plugins de page builder.

Nos últimos anos que a ideia foi retomada, e com um diferencial que eu acho incrível: "é só cadastrar no site" e começar a usar.
Querendo ou não, Wordpress vc precisa contratar uma hospedagem, procurar temas em sites tipo themeforest.
Além do que pagar 123123 plugins pode encarecer o valor mensal para pequenas empresas.

Interessante como vc lembrou desse ponto dos designers fazendo front end, parece que o mundo da tecnologia tbm dá voltas, né?!

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Low code é interessante para protótipos, talvez tirar uma ideia do papel, mas nada muito robusto. Já vi alguns casos de clientes que precisavam de soluções robustas e que inicialmente eram feitas por low code. Em curto prazo já tiveram que investir o triplo em um desenvolvimento de verdade.

O que saiu do Low Code ajudou a desenvolver o projeto posteriormente, pois já tiveram alguma noção do que seria a coisa. Isso é bom, pois muitos projetos que partem direto para o desenvolvimento acabam tendo uma curva enorme para tornar o que o cliente quer. O cliente quer o quadro na parede, mas todo dia ele irá perceber que alguma coisa está fora do lugar. Com desenvolvimento real é mais fácil se aproximar ao que ele deseja.

A especificação do cliente é sempre muito simplista e 99% das vezes que ele já sugere uma solução ele está errado. O cliente não sabe a solução que ele quer. Ele sabe o problema, mas identificar a melhor solução é o trabalho do analista, de poupar tempo x orçamento para o cliente. Usar low code para o produto final é quase sempre inviável, porque um bom analista vai saber que o projeto não será o que está na especificação inicial do projeto.

Eu vi isso se repetir em alguns projetos. O projeto seguiu o desenvolvimento em uma determinada especificação, à risca, exatamente o que estava no escopo. Não deu um mês para o cliente vir e falar que tal coisa não funcionava e que precisava mudar. E isso vai mais orçamento, mais alteração, mais desenvolvimento. E vai muito disso até chegar em um produto final, isso quando chega nesse tal do produto final.

Você nunca irá ver um ERP, um software de gestão financeira ou qualquer coisa muito robusta escrita com PHP ou JavaScript. Se ver, pode ter certeza que se arrependeram da decisão. Eu já me arrependi de escrever um sistema financeiro em PHP. Imagina a dor de cabeça que é para Low Code...

A verdade é que ninguém quer pagar um desenvolvedor de verdade. Preferem pagar 5x "juniors" do que 1x "sênior" que resolve o problema dos 5 programadores anteriores e 10 dos "não técnicos de low code". A profissão de programador não é valorizada no Brasil, não vão entender como pagarem 15k/mês com um analista bom que traz uma solução adequada. Vão preferir contratar a "agência de sófitiwerehause que usa ia" que faz por 3k/mês. Isso já ocorreu comigo, em clientes que tinham feito sites artesanais reclamarem porque não conseguiam editar o site no wordpress (sequer era wordpress o site).

A longo prazo o tempo dirá se o investimento foi bem pago ou não. Muitos projetos por aí morreram por falhas no investimento em desenvolvimento. Só que isso é algo mais cultural e menos técnico.

Um bom desenvolvedor, isto é, um analista e programador, consegue entregar em menor prazo um código mil vezes mais sustentável que dez desenvolvedores de TikTok, ou vinte "programadores" de Wix ou Elementor.

Muitos podem não gostar desse post, mas eu lido com esse mercado e converso com pessoas que estão há décadas e compartilham dessa visão. A crítica é sempre construtiva, o conhecimento está aí para qualquer um aprender, sem precisar pagar todo seu salário em cursos de picaretas que só querem te roubar.

Eu mesmo aprendi muito no Stack Overflow em Português, na MDN e na MSDN. Quase todo meu conhecimento vem desses três sites aí. Em pouco tempo dedicado à eles você pode se tornar um desenvolvedor acima da média. Eu não tenho faculdade nem certificação, não acredito que precise.

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Conteúdo rico demais, valeu por comentar!!

No geral concordo bastante com vc!

Especificação e escopo é um problema antigo, que de verdade ninguém nunca resolveu e nem acho que vai resolver 100%, independente do escopo, simplesmente pq envolve a complexidade humana. Essa imagem é 100% verdadeira, kkk!

Quanto a remuneração eu diria que infelizmente é isso mesmo, mas não se limita só pra dev. Pelo menos da minha vivência aqui no Brasil, temos uma cultura de sempre tentar pagar menos, negociar mais.. É só notar a força que a palavra "desconto" tem nas campanhas de mkt por aí.

Quanto ao low code em si, tbm concordo que ele não supre tudo nem chega a suprir demandas robustas. Mas como disse ali no post, acho que isso vai se resolver, só não sei se vai levar 2, 5, 10, 15 anos.

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Rapaz, sendo sincero, nunca botei tanta fé em low code, e ainda não coloco. Já tem tempos que ferramentas low code existem, pessoas ganham dinheiro, mas programar de fato, ainda é mais "prático" de certa forma. Digo, temos que fazer sim diversas configurações, mas isso trás uma flexibilidade pois configuramos como queremos. Inclusive, acho mais seguro eu mesmo configurar algo que deixar para ferramentas terceiras. Se for configurações simples como o ambiente, para fazer a coisa funcionar, tipo, compilar um código, ai é tranquilo ao meu ver. Posso tá sendo cético, mas, infelizmente não consigo ver low code ganhando um espaço maior que configurar tudo do zero. No máximo, low code pode ganhar mais espaço que tem agora, mas não vai ser maior que desenvolver tudo do zero.

Claro que automatizar atividade que fazemos todas as vezes como configurar um typeScript, ou preparar o ambiente para trabalho, sempre é bem vindo.

Claro, tudo isso é minha opinião, e como programador, estou disposto a debater e mudar de opinião. Caso queiram descutir o tópico, comentem :)

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Com todo o respeito, eu discordo completamente do araujo sobre o no/low code. Acho que ele está ignorando os benefícios e as possibilidades que essa abordagem oferece para o desenvolvimento web.

Primeiro, o no/low code permite que pessoas sem conhecimento técnico avançado possam criar sites e aplicativos de forma rápida e fácil, usando ferramentas visuais e intuitivas. Isso democratiza o acesso à tecnologia e estimula a criatividade e a inovação.

Segundo, o no/low code não elimina o papel dos desenvolvedores profissionais, mas sim os libera de tarefas repetitivas e tediosas, como escrever código do zero, testar, depurar e manter. Assim, eles podem se concentrar na lógica de negócios, na experiência do usuário e na integração com outros sistemas.

Terceiro, o no/low code é uma tendência crescente no mercado, que tem demanda por soluções digitais ágeis e de qualidade. Um exemplo disso é o Elementor, uma plataforma de construção de sites no WordPress, que já é usada por mais de 5 milhões de websites em todo o mundo. O Elementor permite que os usuários criem sites profissionais e personalizados, sem precisar de código, usando recursos como templates, widgets, efeitos e animações.

Quarto, o no/low code facilita a implementação de funcionalidades que seriam trabalhosas no código do dia a dia, como carrossel, galeria, formulário, mapa, entre outras. Com o no/low code, basta arrastar e soltar os elementos na página, configurar as opções e pronto. Além disso, o no/low code garante a responsividade e a compatibilidade dos sites em diferentes dispositivos e navegadores.

Portanto, eu acredito que o no/low code é uma revolução na forma de desenvolver sites e aplicativos, que traz vantagens tanto para os usuários finais quanto para os desenvolvedores. Não se trata de uma ameaça, mas sim de uma oportunidade de aprender, evoluir e se adaptar às novas demandas do mundo digital.

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low code permite que pessoas sem conhecimento técnico avançado possam criar sites e aplicativos de forma rápida e fácil

Por isso todo projeto não ficará tão bom quanto um feito à mão. A abordagem sobre "democratizar o acesso à tecnologia" é falho porque qualquer um pode ir e estudar o desenvolvimento web. Não querer estudar e ir procurar uma alternativa "rápida e fácil" é preguiça. Não tem outro motivo para não estudar programação.

Um bom trabalho envolve exatamente o que está crucificando: escrever código do zero, testar, depurar e manter. Isso envolve um trabalho de verdade. Com o tempo os "programadores" irão menos e menos realizar essas tarefas, mas isso não quer dizer que o resultado será bom. O cliente hoje está acostumado com o ruim, problemático e faltoso. Não me surpreenderia se gostassem de um software feito inteiramente pela ChatGPT ou por um website builder.

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Fala pessoal! Ótima discussão aqui, ein!

Como já devem imaginar pelo post, confesso que concordo bastante com o @shadow60s.

@Araujo, sabe, as vezes eu tbm sinto que é mais fácil codar! Mas to tentando me "desprender" dessa visão e abrir horizontes, tentando ter um olhar mais frio e menos de dev.

@cyp, no final das contas, a gente querendo ou não o mundo dos negócios gira em torno de dinheiro. Já existem iniciativas de criar sites com prompt de comando - e todos estão achando incrível.
Eu entendo o que vc diz da qualidade, hoje o no/low code ainda não é igual mesmo.
Mas tento me colocar do outro lado, dando um exemplo fora do assunto: o hambúrguer artesanal é melhor, mais bem feito, e mais saudável. Mas a gente não deixa de ir no McDonalds pra matar a fome, pq é mais fácil, rápido, cômodo, etc. Sabe?!

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Low-code é só um nome bonito para uma coisa muito velha anteriormente chamada de WYSIWYG (meados de 2002). A web na época usava o FrontPage.
WYSIWYG é uma sigla que significa "What You See Is What You Get" (O que você vê é o que você obtém, em português).
Essa expressão é usada principalmente no contexto de software e design gráfico para descrever interfaces de usuário ou editores nos quais o conteúdo exibido durante a edição é muito semelhante ou idêntico ao resultado final que será visto pelo usuário.
Um exemplo comum de aplicação do termo é em editores de texto ou processadores de texto que permitem que os usuários formate o texto de maneira visual, vendo imediatamente como o texto será exibido após a formatação. Em outras palavras, o usuário pode ver diretamente na tela como o documento final aparecerá, incluindo elementos de formatação como fontes, tamanhos, estilos e posicionamento de elementos gráficos.
Os editores WYSIWYG são projetados para serem intuitivos e fáceis de usar, especialmente para aqueles que não têm experiência em programação ou design gráfico. Eles são comumente usados em ambientes como editores de texto, editores de páginas da web e em softwares de design gráfico.

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dando meus dois cents de opinião inutil aqui;

na empresa que trabalho hoje saimos de uma plataforma low code pra uma solucao propria usando python. Motivo: preço + flexibilidade.

Low code / No code pra min só são balelas, bluej ja existe a anos, mas n conheço um dev java profissional que use.

Scratch existe na mesma epoca que flash e vimos mais jogos em flash do que scratch nos sites de joguinhos.

IA pode impulsionar um nincho ou outro mas sempre haverá custos.

Eu vejo mais valor, retorno e sustentabilidade tanto pra clientes quanto empresas em SaaS ou desenvolvimento de DSL especifica pra ninchos.

Um exemplo seria area medica, uma empresa poderia sim usar IA e low/no code e criar uma solucao de analise de imagens, mas pagar a um terceiro ou gastar tempo desenvolvendo low code pra isso, é mais barato e mais eficiente simplesmente fazer um SaaS whitelabel e vender assinaturas e contratos.

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Minha opinião é que o low/no code é só uma ferramenta diferente para construir programas e não isenta o desenvolvedor de programar. Estou trabalhando com uma ferramenta low code e o que percebi que para atender às demandas e anseios do cliente, a parte que realmente agrega valor ao projeto ainda tem de descer para o código. Porém, como disse, para usar essas ferramentas, independente de ter ou não que digitar código, é preciso conhecer muito de tecnologias da informação e saber programar...

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Concordo plenamente e 100% contigo jrdutra !

Muitas pessoas que entram para o Low-code, imaginam que é somente arrastar, soltar e está pronto, ai que se enganam muito.

É extremamente necessário conhecimentos sólidos em lógica de programação, banco de dados, API e etc...

Mas no geral, voltando para o assunto principal desse post, hoje existem centenas de plataformas e ferramentas Low-code, assim é extremamente necessário, caso esteja no objetivo da empresa ou do profissional, escolher bem qual ferramenta atuar.

Hoje, a OutSystems é a plataformas líder no mercado e com grande crescimento no Brasil. Várias empresas grandes utilizam essa plataforma internamente como, Petrobras, Santander, Unimed ... e umas par hehehehehe

Como também o número de vagas aumentaram de 2022 pra ca, devido ao número de projetos que existem utilizando OutSystems.

OutSystems por sua vez é uma plataforma bem flexível, ou seja, o profissional que desenvolve nela, não só usa os seus recursos default para agilizar o processo de desenvolvimento, como também pode utilizar HTML, CSS e JavaScript para personalização no Front-end, no Back-end pode utilizar C#, pode conectar com qualquer Banco de Dados... então, ela te deixa flexível, em desenvolver dependendo da sua demanda ou requisitos.

Porém, como disse ali acima, escolher bem a plataforma/ferramenta Low-Code é primordial. Pois nem todas oferecem felxibilidade.

Espero de alguma forma ter ajudado nesse post.