Desde os primórdios do desenvolvimento web, temos visto uma tendência constante em direção à simplificação e à democratização do processo de criação de sites e aplicativos. O advento de ferramentas como o Dreamweaver, na década de 1990, já sinalizava essa mudança. O Dreamweaver permitia que web designers criassem sites visualmente, reduzindo a necessidade de codificação manual. Esse foi um dos primeiros passos em direção ao que hoje chamamos de no/low code.
Avançando no tempo, plataformas como o WordPress transformaram ainda mais o cenário. Com sua interface amigável e plugins variados, o WordPress permitiu que indivíduos sem conhecimentos profundos em programação criassem sites complexos e totalmente funcionais. Essa evolução é um reflexo do desejo contínuo de tornar a tecnologia mais acessível e menos intimidadora para os não-programadores.
Após um período em que o desenvolvimento web se inclinou fortemente para uma maior interatividade, alcançada principalmente através de frameworks frontend complexos, estamos agora testemunhando um movimento de retorno. Este retorno é marcado pelo surgimento de uma nova geração de ferramentas no/low code que estão proliferando a um ritmo acelerado. Estão surgindo diversas ferramentas que transformam layouts do Figma diretamente em código utilizável em qualquer framework. Isso é um grande avanço, pois representa uma ponte entre o design e o desenvolvimento.
Durante a "frameworkização", vimos os programadores assumindo tarefas que tradicionalmente pertenciam ao domínio do design. Agora, essa tendência está se invertendo, com as ferramentas de geração de código empoderando os designers para criar interfaces interativas sem a necessidade de codificar. E acho que isso é extremamente positivo! Acredito que a ideia de substituir completamente o 'engenheiro de front-end' por designers usando ferramentas no code é uma visão otimista e progressista para o futuro da web, que remete ao seu passado glorioso!