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Trabalhar com Programação é estressante?

Vejo que é muito comum ver programadores comentando por aí sobre perderem fins de semana, terem cargas horárias muito grandes, etc. É possível trabalhar com programação e ter uma vida equilibrada entre trabalho e o pessoal de modo saudável?

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Costuma ser. Se não for, a pessoa acertou na loteria.

Não é dependendo do ambiente e o que a pessoa faz. O problema é que hoje boa parte dos sistemas não pode parar. E você faz algo que estraga o que estava funcionando. Então é para ser estressante.

Se a pessoa não se estressar em condições assim deve ser por falta de comprometimento. Ela liga o f0d@-se e não se estressa.

Eu vi uma vez uma pesquisa que não consigo achar, e não sei o nível de confiabilidade, mas como toda pesquisa sempre precisamos desconfiar um pouco, mas para dar um parâmetro, colocava a profissão em primeiro lugar, acima de policial, bombeiro, médico, e o segundo lugar, que é professor, que pode surpreender muita gente, mas quem deu aula sabe que faz sentido.

Obviamente que você pode fazer várias coisas para que isso seja o mínimo. Por exemplo, não errar tanto. Se qualificar para pegar vagas melhores onde te valorizam mais e deixam você ter um equilíbrio. O problema é que em alguns casos essas vagas podem ser aquelas que não te ajudam a se qualificar. Então seria melhor optar pelo stress no começo da carreira e evitá-lo mais pro final.

Um problema é a pessoa identificar quando isso está ocorrendo quando ela é inexperiente. E tenho visto cada vez mais as pessoas classificando coisas que não são. Em muitos casos a frustração dela acaba sendo interpretada como stress. E pode até ser, mas aí ela se estressou, não o que ela fez. Da mesma forma que as pessoas chamam de Síndrome do Impostor e inabilidade dela em fazer algo, de tóxico algo que a incomodou, e tantos outros adjetivos que ela nem entende o que é, ela pode classificar como stress só um desconforto que ela sente.

Ficar desconfortável costuma ser bom. A dose exagerada que gera stress. Como sempre, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.

Algumas pessoas só trabalham bem sob pressão e stress. Isso pode ter consequências ruins, mas é o que ele consegue.

Stress não é o mesmo que trabalhar muito. O excesso de trabalho pode causar outras questões, mas ele em si não é estressante. A pessoa pode acabar se estressando pelo forte incômodo. Para algumas pessoas é diversão.

Por que acha que algumas pessoas programam muito fora do horário de trabalho? Elas escolhem se estressar? Não, elas adoram o que fazem. Estão se divertindo, não se estressando. Por isso o meu conselho de sempre é fazer o que gosta.

Muita gente está entrando na área por promessas de vagas fáceis e salários altos. Esse é o caminho errado. Tem que entrar porque ama isso. Aí nada será muito estressante. Eu estou vendo muita gente frustrada porque está fazendo algo mercenariamente, e isso não dá certo. Quando você faz isso está se violentando. Mesmo que divulguem isso, ninguém é obrigado a ser programador.

A pessoa tem que escolher ser feliz. E azar se ela tem diretrizes pessoais divergentes para conseguir isso. Boa sorte se quiser ganhar bem, ser bom no que faz em uma área boa. Porque precisa de sorte para conseguir isso. Quem não tem essa sorte vai ter que abrir de uma das coisas, o que pode impedir outra dependendo do que ela escolher, ou vai sofrer muito.

Cada um tem que ficar atento a tudo o que acontece, questionar sua vida para dar um rumo que lhe favoreça. Só não pode exagerar nisso, porque aí pode gerar stress.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Realmente, muitos atualmente estão migrando pra área de TI com promessas de trabalho e dinheiro fáceis, o que não é bem assim. Aí muitos acabam entrando só pelo dinheiro, e por ser uma área que exige bastante conhecimento dos profissionais, a pessoa se frustra.

Acho que o caminho certo mesmo para alguém trabalhar com programação é realmente a pessoa gostar disso. Como você disse, há pessoas que programam fora do trabalho, por diversão, porque é algo que elas gostam. Se a pessoa faz o que gosta, lógico que tem as questões profissionais, que envolvem prazos e projetos que nem sempre vão ser de seu agrado, mas penso que tende a ser um bom trabalho.

Há muitos trabalhos estressantes. A maioria das pessoas estressadas são as que não estão atuando na área que desejam ou que estão trabalhando simplesmente pelo dinheiro. O trabalho ocupa uma grande parte do tempo, e passar boa parte do tempo em algo que você não gosta não é bom e penso que não faz bem. Talvez algo temporário, mas nada permanente.

O que me preocupa mais é a questão do tempo. Claro que gastar algumas madrugadas e fins de semana pode ser normal, mas ter um trabalho que impeça você de ter um tempo de qualidade com a sua família (esposa e filhos), por exemplo, ao meu ver é um percurso ruim. Porém, se a pessoa se qualificar bem o suficiente, encontrar uma oportunidade boa e conseguir dizer não a trabalhos extras não importantes que implicam na vida pessoal, não só na área de T.I., mas em qualquer outra penso que seria uma ótima profissão.

A área de atuação é outro fator também, não? Pessoas que trabalham com ciência de dados, por exemplo, podem ter bem menos problemas do que alguém que trabalha na manutenção de aplicativos, já que um está sendo utilizado por milhares de pessoas e o sistema não pode cair, enquanto o outro é "apenas" um modelo de Inteligência Artificial sendo treinado (exemplo), que pode ser refeito e corrigido antes do lançamento.

Porém em relação aos salários altos, eles realmente são acima da média, não? O que me faz pensar que estudar e praticar o suficiente para ser um profissional qualificado pode gerar um bom resultado profissional, já que a falta de mão de obra qualificada na área de T.I. é evidente.

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Isso ao meu ver está mais ligado a pessoa do que a profissão.

Cada pessoa tem seu limite, sua velocidade de aprendizado e execução, seus problemas na vida, seu nível de saúde corporal e mental, sua faixa de renda atual e buscada, enfim, N situações.

Tudo isso acarreta em diversas ocorrencias de vida em diversas pessoas.

O que se pode tirar disso, são casos de cada um, onde fica a cada pessoa ouvinte a entender o que se aplica a si.

Exemplo:

Pessoas que se matam de trabalhar, a aceitar tudo que são dadas de horas extras a elas e não sabem dizer um não, por ter medo de demissão. Infelizmente, esse perfil de pessoa, ou vai desistir da área, ou vai ir adoecendo aos poucos, caindo em burnout e perdendo o trabalho, se achando o inútil.

Coloca qualquer profissão neste exemplo, e passará a ver que não é a profissão e sim, como maneja seu lado pessoal.

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Realmente. Cada pessoa tem seus problemas, objetivos, metas, características, e uma única situação pode ser diferente para muitas pessoas.

Manejar bem o lado pessoal então é a chave para equilibrar a vida pessoal e profissional?

Penso tambem que as oportunidades fazem diferença, não? Algumas pessoas muito qualificadas podem ter poucas oportunidades, enquanto outras menos qualificadas podem ter mais.

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Eu também vejo muita gente reclamando do estresse na programação (na verdade, na área de TI em geral). Bem, trabalhei por quase 10 anos em um call center antes de migrar para a TI, e digo sem exagero: trabalhar com código realmente é muito estressante, mas comparado a passar o dia inteiro tendo o ouvido feito de penico, a programação é um passeio no parque.

É claro que essa afirmação faz parte da minha experiência e pode não ser verdadeira para outras pessoas.

Muitas vezes preciso trabalhar além do meu horário, às vezes até nos fins de semana, mas faço isso feliz da vida porque sei o quão cruel a realidade pode ser fora desse privilégio que tenho hoje em dia.

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Realmente, o estresse de uns trabalhos comparados a outros tendem a ser bem mais estressantes.

Ao meu ver, isso é porque os trabalhadores dos call centers são "mão de obra", suprindo a necessidade de haver alguém que esteja ali simolesmente para atender outras pessoas, coisa que qualquer pessoa com habilidades simples de comunicação conseguiria fazer.

Já o trabalhador da área de programação é alguém que precisa saber o que está fazendo, entender códigos de outras pessoas, entender a estrutura do software ou web, para corrigir bugs e adicionar funcionalidades. É alguém que não está ali simplesmente porque qualquer pessoa tem que estar ali, mas sim porque é alguém capaz de realizar aquela função de modo satisfatório.

Ou seja, enquanto um é estressante por ser um trabalho de "aturar" pessoas, o outro pode ser estressante pelo trabalho intelectual exigido. E sobre o código você pode ter controle e se organizar, já com pessoas, não.

Creio ser desse modo, não?

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Perfeito, é exatamente isso. Essa parte "sobre o código você pode ter controle e se organizar, já com pessoas, não", sintetiza tudo o que eu penso.

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Bom, sou estudante de programação ainda (Front-end) mas darei meu pitaco :p
Sei que não será um mar repleto de rosas (os estudos mesmo já não estão sendo) mas, se Deus quiser, quando me empregar na área, tentarei equilibrar o trabalho com os meus hobbies, até porquê não adianta surtar que nem um maluco, e descarregar nos outros, só por causa do estresse gerado pelo trabalho. O hobbie em si que eu falo, é o artesanato (que trabalho como freelancer) e que também pra mim, é a minha prática terapêutica kkkkk

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Com ctz, aprender programação não é um mar de rosas. Mas creio que qualquer trabalho em que a pessoa queira se qualificar não seja fácil. Afinal, se fosse fácil ser qualificado em alguma coisa, não haveria tantos problemas no mercado de trabalho por busca de mão de obra qualificada. A falta de pessoas que façam bem o seu trabalho é um problema não só na área de T.I.

Tenho certeza que dá pra equilibrar o trabalho com os hobbies sim, mas pelos comentários aqui vejo que depende muito do modo de agir da pessoa, e de como ela lida com diferentes situações. Se ela ficar aceitando trabalhos extras e cargas horárias extras por medo de ser demitido, por exemplo, isso seria um problema para a pessoa. Depende muito da área, do lugar e das oportunidades.

Uma certeza que tenho, é que não existe "área fácil". Todas as área são fáceis se a pessoa não se empenhar. Se quiser ser um bom médico, estude muito, se quiser ser um bom advogado, estude muito, se quiser ser um bom engenheiro mecânico, estude muito, pratique muito, etc.

Como falaram aqui, aparentemente trabalhar com sistemas que estão funcionando 24/7 pode ser mais estressante, já que se o sistema cair requer manutenção imediata, não importa a hora. Mas na questão do front-end, pode ser mais simples, já que é a parte visual, e não a parte operacional (backend).

A única coisa ruim, penso eu, que também é recorrente a todo designer, é sempre ter que ajustar tudo de acordo com o que o cliente quer, o que pode ser complicado, já que as pessoas podem mudar muito de opinião, ou ficar querendo adicionar coisas toda hora. Pra evitar isso, já vi alguns canais de devs, inclusive o Lucas Montano, sobre montar o contrato certo, de modo que correção de bugs, adição de funcionalidades, mudanças no design além do projeto original, etc, sejam cobradas à parte.

Desejo que dê tudo certo na sua jornada. Bons estudos.

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Achei interessante citar mar de Rosas, mas produzir com excelencia traz preocupações sim. Trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, cumprir tarefas, gestão das tarefas, gestão de pessoas ... Qual a chance de não ser estressante? Agora note que o citei se aplica a qualquer ramo. Se não tem motivo de estresse pode ser uma rara estrutura bem montada, mas de qualquer forma, se você não está se estressndo, alguém está por você.

Eis um ponto interessante das vagas que devia ser dito -"nós temos um ambiente muito estressante, saiba disso".

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Verdade. Deveria haver um indicativo da carga psicológica na divulgação de uma vaga. Assim, os optantes teriam ideia de com o que teriam de lidar, evitando problemas tanto para o programador (estresse, burnout, etc) quanto para a empresa (falta de produtividade, falta de empenho do time, etc).

As vagas não deveriam mostrar somente os pontos positivos, mas os negativos também. Desse modo, as pessoas teriam uma real impressão de como é a vaga, e as capazes de enfrentar os pontos negativos da vaga se candidatariam. Assim, todo mundo ganha. Quem consegue, aceita. Quem não consegue passar por certas coisas, procura uma vaga. A transparência das empresas com os empregados é um ponto que deveria ser mais valorizado.

E realmente, se alguém não se estressa, outra pessoa está se estressando por ela, em todos os trabalhos. Penso que o ideal seria uma organização de time eficiente da empresa, de modo a igualar a carga de trabalho e a carga psicológica para não pesar para ninguém. Isso exigiria uma gestão de time qualificada e profissional.

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Num mundo ideal existe uma forma boa de comunicar e isso faz toda a diferença. Não é a toa que ser Lider é coisa pra poucos - um bom lider é tão envolvente e compromissados que a maioria compra suas metas. O contrário também acontece, mas esse é o chamado chefe. "Quem mada aqui sou eu!" e essa é verdade infeliz não sobre a autoridade mas na forma de conduzir as coisas, acaba que se torna uma pessoa "tóxica". Não confundir com ter de realizar e a realidade das tarefas precisa ser bem entendida, mas novamente, num mundo ideal, existe formas de comunicar e se organizar pra tudo. Fora que adultos deveriam saber identificar certas atitudes. "Deveriam ..."

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