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C# ganha como linguagem do ano no TIOBE

O título poderia ser: "O maior clickbait da história", porque vou falar mais disso do que C#.

Eu resolvi postar antes que outra pessoa poste aqui. Eu não estou comemorando. A maioria das pessoas continuarão perpetuando o mito.

As pessoas que adoram o C# vão comemorar, as pessoas que odeiam o C# a Microsoft, vão ter "argumentos" porque aconteceu isso. Vou dar dois spoilers: eu adoro o C#, e vou argumentar contra essa posição do "índice".

Eu pensei até em nem falar nada para não aumentar a popularidade dele. Mas não adianta, o resto do mundo falará. Eu sei que isto não viralizará, ainda mais fora do Brasil, não ajudará as pessoas fazerem um pouco de reflexão, não só sobre esses "índices", também qualquer coisa que as pessoas consomem para aprender e tomar decisões. Não existe defensor de ciência que não a use como ela é.

Quero deixar claro que apenas estou expondo minha opinião, não estou fazendo um estudo sobre, muito menos apresentando provas do que estou falando, só quero que você coce a cabeça.

O problema do TIOBE

O TIOBE não serve de parâmetro para medir popularidade. Nenhum outro site serve, embora eu acredite, com alguma análise, que outros funcionem melhor, possuem critérios um pouco menos "aleatórios". O TIOBE é popular porque ele é popular. O que acontece com algumas linguagens também.

Eu não vou listar outros melhores porque são falhos também. No máximo, se me pedissem, eu faria minha lista subjetiva.

Você percebe que a popularidade de uma linguagem não pode mudar tanto assim tão rápido sem que tenha algum acontecimento de enormes proporções?

Percebe que algumas coisas já são enormes sinais vermelhos que o rankeamento não faz sentido?

Exemplos

Pelo menos agora Python está em primeiro lugar. Porque entre desenvolvedores e usuários que precisam de algo mais poderoso que um Excel, Python de fato deveria estar em primeiro ou segundo. Mas quase a vida toda do TIOBE, mesmo depois da popularidade ter estourado, ficava bem atrás.

JavaScript que é difícil contestar que seja a linguagem mais usada entre desenvolvedores, e deveria ser pelo menos segundo lugar em uso geral. Ela nunca chegou nem perto dessas posições. Especialmente é ridículo que mês após mês ela não passe C ou C++. Ou estou maluco?

Procure vagas, conteúdo, eventos, ou quaisquer indicadores de popularidade dessas linguagens de nichadas para algo de nível um pouco mais baixo. Até tem bastante, mas não se compara com o resto. E teve época que elas estavam em primeiro no "índice". Elas não eram populares assim nem nos anos 80/90. Elas são ótimas, mas são de nicho pequeno. Por isso Rust nunca será popular também, mesmo que seja muito mais que C e/ou C++. Não faz sentido usar essa página para qualquer coisa que não seja um brincadeira. Se você der 1% de credibilidade nela, você está cometendo um erro.

Eu não vou reclamar de certas linguagens que eu não vejo quase ninguém usando e está entre os 10 ou 20 do ranking, porque pode ter algo que eu não sei, mas me soa estranho. Não vou questionar COBOL (acha que houve aumento significativo de uso e participação?), Fortran ou Delphi, que sei que tem uso maior que muitos acham, mas tem linguagens claramente mais populares. VB tanto assim hoje em dia? Quase tão popular quanto PHP? Assembly, sério?

E Dart ou TypeScript lá embaixo? Não te faz pensar um pouquinho? Há anos as duas estão lá, e se crescer o ano que vem, já que o autor disse que aposta em melhora, vou começar pensar até em manipulação, o que não fiz até agora.

Zig foi uma das linguagens mais faladas do ano passado, e começou ter adoção real. Nem na lista? Boo, uma linguagem abandonada há mais de uma década antes de ter sido completada (uma pena) está lá entre as 100.

Nem vou falar de dialetos xBase que dominaram vários mercados nas décadas de 80 e 90 e ainda sobrevivem tanto ou mais que COBOL, nem na lista estão. E não foi falta de pedido.

Sério que C# tem mais que o dobro da popularidade JS?

Tem linguagens aí que não são de programação e uma linguagem de programação que eu já citei e é das mais usadas, se considerar até quem não usa para desenvolver software, e nem consta da lista, em qualquer posição.

Por isso eu prefiro minha percepção do que todos esses "índices", inclusive porque é a realidade que está mais próxima de mim. Sinceramente, uma lista subjetiva de uma pessoa experiente, bem relacionada, mente aberta e sensata, faz um índice mais confiável que isso. Se for para errar, prefiro que seja meu erro.

Já viu os critérios dele? Já tentou pesquisar o quão falho é? Olha o que ele usa para medir a tal popularidade:

lista de produtos como canecas e camisetas em sites de e-commerce

Obrigado ao usuário kht em sua excelente postagem, veja mais lá.

C# como a linguagem do ano.

Notou que quase todas as linguagens perderam (bastante) terreno ou ficaram quase estacionadas? C# ganhou por default. Quase que por WO. Ela teve uma ligeira melhora. Até outras também cresceram um pouco mais, mas imagina linguagens quase não usadas, que não aconteceu nada demais no período e ganha como a linguagem do ano porque teve um pequena evolução. As outras nçao tinham mais oque fazer.

Uma das coisas mais risíveis da página é dizer que C# está comendo Java. Pode ser verdade, mas precisa mostrar dados, ele fez um conta simples, um subiu, outro desceu, demonstra com o visão é simplória. Eu não vejo assim. Adoraria que fosse verdade, a humanidade ganharia com isso (na minha visão).

O fato das pessoas darem tanto valor e divulgarem isso como se tivesse valor concreto me deixa bem triste, ainda mais quando são profissisonais renomados (o iniciante eu entendo). E me faz questionar que a pessoa tem um pé fora da ciência e engenharia, o que é direito dela, mas diz muito sobre suas intenções ou limitações.

Eu sei que no fim, quase 100% do mercado vai continuar usado-o como algo real, confiável e de mérito. Hoje e próximos dias será o pessoal de C# que vai divulgar muito com orgulho (por isso preferi falar agora, eu acho mais fácil acharem que eu tenho lugar de fala, se fosse sobre outra linguagem diriam que eu estou despeitado).

Esse tipo de pensamento ajuda explicar porque o setor está em frangalhos e tem ao mesmo tempo muita empresa dizendo que não tem gente para contratar e muita gente reclamando que não tem vagas contratando.

Crítica à sociedade da (des)informação

Eu quase nunca vejo as pessoas, até as mais fanfarronas, tirarem sarro da discrepância e incoerência tão grande no "índice". E isso serve de lição para entender como podemos comprar ideias que queremos que seja verdade mais do que observar a realidade. Vemos isso em toda a internet, nos mais variados assuntos. Acontece no mundo todo, mas no Brasil é pior.

Todo mundo concorda que as pessoas tem a percepção da realidade equivocada. Especialmente as mais instruídas acham isso. Sim, sempre os outros tem a percepção equivocada. "Eu e as pessoas da minha bolha que confirmam meu viés temos a percepção certa". A conta não fecha. Me preocupa muito a falta de reflexão, auto-crítica e de questionamento das suas próprias crenças. É mais fácil criticar os outros. Ainda mais se tiver uma bolha apoiando.

Não ajude alimentar a desinformação. Use todas as ferramentas, mas do jeito certo, faça ressalvas pertinentes para direcionar para o caminho certo. Faça memes, mas explique o certo.

Conclusão

Eu acho que os mais experientes, que prezam pela profissão de forma séria, podem usar isso até para fazer marketagem, mas deveriam explicar que é só uma brincadeira, não é ciência, nem por aproximação.

Eu falo muito: se você aprende o erro, tende a treiná-lo e será ele que executará a vida toda, além de brigar por ele, arrumar treta na internet porque alguém ensinou errado.

Meu lado fanfarrão, do fim de semana, que não é engenheiro, adorou o hype. Mas eu prefiro nem falar das vantagens de C# (e das desvantagens também, para ser justo), ficaria longo, só convido a todos darem uma olhada melhor, ela pode ser o oposto do que acha que é ou que ouviu falar.

Convite

Eu sou burro, por favor, me expliquem porque a as pessoas levam isso tão a sério?

Nunca pedi isso, mas seria legal se você puder divulgar por aí para mais pessoas refletirem sobre o assunto.

Faz sentido para você?


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Eu não me interesso por rankings ou hypes. Tanto que estou olhando PicoLisp que quase ninguém ouviu falar ou vai usar. Mas tenho uma queda por linguagens antigas (em uso). Ontem estava assistindo a um vídeo sobre MUMPS (de uma série de 3). Ah, mas é vídeo da década de 50. Não. 16/10/2023.

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Mas gostaria de falar um pouco de COBOL. Houve aumento? Sim. Mas e daí. Existem duas utilizações completamente diferentes. A alta e baixa plataforma. Na baixa com MicroFocus (mudou de nome), GnuCOBOL e outras variantes, pode até ter tido um aumento mas mas na alta plataforma (mainframes) acho que nem antes eles procuravam algo no google ou outro mecanismo de pesquisa. Só se fosse para saber quem era Rie Rasmussen. Provavelmente xBase tem mais aplicativos no desktop que COBOL (saudades do MS-COBOL).
Quanto a linguagem, achava legal até o COBOL-85. Mostrava o fonte para o padeiro e ele dizia 85% o que o código fazia.

Tem um ditado que diz: "Você vai morrer e a fatura do seu caixão será feita por um programa em COBOL".

Alguns podem perguntar: "Mas não é só fazer um transpilador de COBOL para Lua ou ?". Entre outros, o problema do ponto fixo para o ponto flutuante iria gerar uma boa dor de cabeça (bem pior que o Y2K). E COBOL no dekstop/servidor não teria muitas vantagens sobre as outras linguagens (apenas a legibilidade que já seria interessante). Treinar alguém com GnuCOBOL é só a primeira parte. O cara vai procurar emprego para trabalhar com mainframe e se depara com um ambiente totalmente diferente.

Entrevista de emprego no banco X

  • Sei tudo de COBOL.
  • Ok. Esta contratado.
  • Onde está o meu computador?
  • Não vais ver o computador. Está no subsolo 24.
  • Ei, como faço para editar o meu programa?
  • Esqueci. Toma o manual do TSO/ISPF e volta no próximo mês.
    ....
  • Ok. Entrei com o programa. Mas não consigo compilar.
  • Bah. Esqueci. Toma o manual de JCL e volta no ŕoximo mês.
    ....
  • Ok. o compilador rodou. Mas como o caixa vai entrar com o valor?
  • Pô, Esqueci. Toma o manual do CICS e volta no próximo mês.

Se alguém quiser brincar com um mainframe (antigo) no Linux/Windows Zero to mainframe Cobol in 5 minutes - M223.

Ok. Tenho uma queda por COBOL mas achei que a explicação poderia ser relevante. :D

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Eu não tenho que usar essas linguagens.. Talvez apenas ensinar o tico e o teco a se comunicarem de forma diferente. Pensar diferente. Poder resolver os problemas de forma diferente. Talvez seja só diversão.

PicoLisp é um dialeto de Lisp. Tem esse navegador em Lisp para fugir um poco do convencional.

Mas não entendi a parte dos bancos terem máquinas antigas. De qualquer forma, COBOL e MUMPS rodam em máquinas novas. Se o cara tiver antiga e está atendendo às necessidades, nenhum problema. Quem tem que ter sempre máquina nova são as revendas de hardware.

Tem essa empresa que diz:

We're a UK-based software development company. Since 1993, we've been developing tools, interfaces and frameworks for both the front-end and back-end of the Web Technology stack.

We also specialise in software tools, interfaces and frameworks to allow the ultra high-performance Global Storage databases (eg InterSystems IRIS and the Open Source YottaDB database) to operate at the back-end Web Applications.

Uau. front/back-end, ultra high-performance Global Storage databases. Mas o que são IRIS e YottaDB? MUMPS. Tem gente acha que NoSQL(?) é coisa nova. É do tempo em que a minha avó andava de skate. Virtualização? A IBM fazia em 1960.

Eu brinquei aqui de utilizar três linguagens diferente para fazer uma tarefa. Poderia ser feita só com uma qualquer.

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Cara também tenho uma queda por linguagens antigas. Fortran, Cobol e ASM estou sempre escrevendo besteiras kkk sou bom? não mesmo!

Mas se tu pegar os codigos do Fabrice Bellard, tu vai ver uma maestria em C com um monte de variaveis k, j , l que chega a ser humilhante kkkkk sinceramente você repensa se realmente sabe C.

Acho que essa é a maior diferença daquela geração pra nossa geração. Eles pensavam mais do quê codavam, e quando codavam, era pra fazer acontecer, enquanto nos mesmo estamos refem de linguagens X e Y, e pior ainda, codamos para compiladores, para frameworks, o aprendizado é mais dificil porquê você não precisa apenas aprender C#, Java ou Python. Você precisa aprender a agradar um compilador, um interpretador ou a se submeter as exigencias de um outro programa para só depois conseguir rodar um script seu(que a essa altura, já não é seu porque você teve que copiar da internet kkkkk)

Sinceramente eu iria gostar de ter contado profissional com COBOL ou Fortran. Nunca é demais aprender algo novo(mesmo que seja velho kkkk) e comparar linguagens e fazer listinhas de linguagens é coisa de adolescente emocionado. Pronto, falei!

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Cara, não sei se tenho essa opinião em decorrência da bolha que vivo, mas não vejo ninguém nas comunidades que participo e do meu local de trabalho dando valor a essas pesquisas. Quando adotamos novas tecnologias, nem cogitamos a possibilidade de consultá-los. Vamos direto nos repositórios, nas comunidades, explorar as libs mais utilizadas e assim por diante.

Posso estar redondamente enganado, mas tenho a impressão que esses índices apenas parecem ser relevantes, sabe? Creio que de fato existe uma parcela de pessoas que dão valor a isso, mas acho que tá muito longe de representar a maior parte dos devs.

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Pior que é bolha mesmo, antes não fosse. Eu tb participo de uns lugares que ninguém dá bola. Mas na internet em geral você vê muito o pessoal divulgando esse "índice" como verdade absoluta de popularidade de linguagem.

Nenhuma dessas métricas funciona. Todas tem seus viés de alguma forma. Claro que pode dar alguma informação útil se a pessoa souber usar, mas é fácil cair na armadilha de considerar uma quase anedota em dados confiáveis e aplicar método científico em cima disso, não funciona.

Então para muita gente eles são extremamente relevantes, caso contrário não falariam deles, mas a realidade é que são zero relevantes. E vejo muito experientes divulgando isso, principalmente quando dá bom para a linguagem que eles gostam. Eu peqguei quando aconteceu com uma linguagem que uso para falar mal dele, para dizer que isso não quer dizer nada. E em alguns lugares ninguém nem lê e fala que eu estyou só divulgando isso porque ganhou a linguagem que eu queria :D

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Rapaz, se realmente existe "relevância" nesses índices, irei pegar a sua ideia de inverter os comments positivados do Reddit: pegarei as linguagens menos relevantes no índice e investirei nelas (levando em consideração os pontos que citei acima, lógico). Será que dá bom? Vai que surge demanda no futuro e o valor hora fica interessante 😅

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Esses indicadores realmente só servem para desinformação e são todos tendenciosos. Aparentemente so servem para forçar o que você deveria escolher mesno que não seja verdade.

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Esses rankings comparam laranja com banana.

Se o ranking XPTO me disser que Javascript é mais usada que R que é mais usada que COBOL, qual é o insight de valor que a gente tira dessa informação?

Se vc desenvolve frontend, vai continuar usando JS, se vc é analista de dados, vai continuar usando R, se vc precisa manter um mainframe de pé, vai continuar usando COBOL.

Nada muda, entende?

Até mesmo em linguagens que parecem concorrentes, eu duvido que haja algum arquiteto por ai escolhendo linguagem por causa do Indice sei la o quê? Existem particularidades reais (seja tecnologica, seja curva de aprendizado) que fazem com que certas linguagens sejam escolhidas.

Tipo ranking de carro mais vendido, sabe?

Se vc precisa percorrer uma fazenda, o que interessa se o Kwid é o carro mais vendido? Se vc precisa de um carro economico pra fazer seus Uber, de que adianta saber que Ferrari vende mais que Lamborghini?

De fato, no chão da fabrica, isso tanto faz. So resolve a vida de criador de conteudo (e o verbo "criar" nunca teve tanto sentido quanto aqui) e... talvez... as Microsoft da vida né, que precisa bater meta... Nunca se esqueçam da "mao invisivel do mercado" 🤔

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A maioria as aplicações em COBOL não rodam em mainframe, tá? :) Mas entendi.

Os inexperientes olham muito pra isso. E os experientes divulgam eles quando a linguagem que ele ama está bem.

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Hoje em dia eu gosto da linguagem que é mais fácil programar pra mim e eu tenho mais afinidade. Python, .NET e Angular/TypeScript nunca me deixam na mão. Qndo preciso de uns dados com muitos joins e calculos estranhos, uso Python, projetos que precisam de muito CRUD, .NET, e ai o Angular com TypeScriot pra manter a organização.

Não me decepcionam.

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Não vou passar aqui porque não é o foco dessa thread, mas posso fazer em lugar mais apropriado para isso. E quando for fazer poderia postar algo que você pensa, dúvidas específicas, para eu direcionar melhor o que eu respondo, ou se quer alguma comparação mais específicas.

De qualquer forma, lembre-se que tudo que é usado por aí tem vantagens e desvantagens e nada é definitivo, não tem uma tec que vai matar as outras. E alguns até meio ruins ainda podem ser usadas razoavelmente.

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Bom aproveito para dizer que eu tenho uma relação de longa data com C# ( apesar de estar voltando agora a programar somente em 2022 ). Em 2008 quando estava aprendendo programação, passei em curso chamado Student to Bussiness em 2008 dado pela própria Microsoft que ensinava C# diretamente aprendi sobre .NET e ASP .NET. Consegui passar devido a ter aprendido Java e Orientação a Objetos ( Naquela época quase não diferenciava uma linguagem da outra ). Na época aprendi Java, Delphi ( a qual trabalhei profissionalmente ), C, C++, VB e C#. Depois de uma saída traumatica de uma empresa onde programava decidi não ser mais programador por profissional eu fui pro Suporte ( onde estou agora no momento ). Voltei programando em Python e comecei a fazer um sistema em C# para a Secretaria de Educação do Rio. De todas as linguagens a que eu mais gosto até hoje é o Delphi, mas como quero sair do Desktop e ir pro Mobile e Web, escolhi 3 linguagens até o momento: Dart, Python e C# . Uma de uso geral, uma pro mobile e uma para Web e Desktop. Se você me perguntar eu amo alguma dessas linguagens, a resposta é "Não", mas eu vi um futuro incrível em C# nesse momento, muitos acham que é só pra sistema legados, eu diria nem ferrando. A única coisa que eu não gosto no C# é o Windows e o benedito do Windows Forms ( justamente o CRUD que estou fazendo nesse momento ). Quando vi o suporte .Net Core fiquei muito empolgado em simplesmente codar e ver acontecer ( não gosto de IDEs complexas por isso minha opção de escolher o Flutter ao invés do Android Studio, Visual Studio também não gosto mas é culpa minha mesmo ). Enfim CSharp realmente pode ser a linguagem do ano, pelas suas novidades e a Microsoft está investindo pesado ( comprando até mesmo o GitHub para uns que não sabe, e é em Ruby ;) ).

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É a mesma coisa sobre engines/runtimes Javascript. Sou "javascripteiro" e não tenho vergonha de assumir.

bun.sh tá num olofote gigantesco, princípalmente no twitter. Um pouco causado pelo proprío marketing da equipe do bun, no qual Deno não tem muito. Por exemplo, bun lançou o bun shell que é um utilitário built-in que permite executar comandos shell, diretamente do javascript/typescript. Só que isso é algo que Node.js já fazia com o zx da Google, e para o Deno, existe a alternativa Dax, que faz o mesmo.

Ou seja, bun, faz parecer que tudo é uma super novidade, quando na verdade não é... Notem que eles raramente colocam nos seus posts no twitter, algo como "inspired by...".

Jarred Sumner que é um dos cabeças por trás do bun. Só vive postando benchmarks e números surpreendentes na tentantiva de evidenciar o quão bun é mais veloz que outros runtimes e ferramentas.

Eu não acho isso ruim, na verdade e bom que haja uma alternativa de Runtime Javascript que foque no desempenho, já que Javascript por natureza não é tão veloz assim. Só que obviamente, tem uma galera que dá muito valor a isso. Ao tempo de execução de algo, quando na prática, diversos outros fatores vão importar as vezes até mais.

Deno parece evoluir mais devagar? aparentemente sim. Há muitas bibliotecas para Deno que mais parece uma reinvenção da roda, do que qualquer outra coisa. Há muitas bibliotecas que parece que foram criadas porque simplesmente a abordagem inicial do Deno, foi não considerar total compatibilidade com o ecossistema Node.js (coisa que bun, começou considerando). Por uma razão obvia, garantir essa compatibilidade poderia fazer com que o Deno se aproximasse novamente dos problemas que Node tem, e portanto, seria mais outro runtime Node sem sentido.

Node, Bun ou Deno

Node: Na prática vai do que você tá buscando. Node.js um setup inicial gigantesco para um projeto, diversas dependências para fazer algo, node_modules inchada, etc. Porém é o runtime com maior compatibilidade e o mais confiável para empresas que usam Javascript no lado servidor, por ter mais tempo de maturação. pelo menos por enquanto.

Bun, muitas "inovações" que não são tão inovações assim, na verdade, eles fazem parecer que são. Dentre essas opções, bun é o que tem maior marketing, e isso trás resultados, como por exemplo lodash que declara compatibilidade com bun, enquando pra Deno nada por enquanto. Bun também, parece ser um runtime que visa muito desempenho, e tornar Js algo mais sério em termos de perfomance no lado servidor. Porém, não se iludam com isso. Bun tornou o tempo de instalação de bibliotecas mais rápido que os concorrentes, eliminando diversas etapas de verificação e integridade, ou seja, eliminou mais código. Bun se demonstra mais rápido em diversos benchmarks mas isso não é 100% mérito do Bun, exemplo, o web service do bun é integrado pelo uWebScokets.js escrita majoritariamente em C++. Outro fato que dá pra pontuar, é que Bun é algo recente, e por tanto, a quantidade código é menor e relação aos outros runtimes, isso não siginifica que o código não pode aumentar, e esse desempenho que é tão pregado, pode acabar se tornando algo não muito relevante ou até mesmo se equiparar com os outros runtimes.

Deno: Se você quer uma developer experience maneira, e coisas legais para newbies, como um configurador de cron unix integrado, vai de Deno. Deno eu considero ser o meio termo entre Node e Bun. Deno não é tão maduro como NodeJs mais mais maduro que Bun. Ou seja, deno se aproxima mais do Node.js em questão de confiança do que bun. Deno tem um design de bibliotecas padrão, muito satisfátóro e fácil de entender, literalmente qualquer newbe consegue utilizar. Tanto da biblioteca padrão, quando to namespace Deno. Deno é mais rapído que node em certos aspectos mas em outros é pior que node, a citar um exemplo, a transferências de arquivos em rede os famosos Streams, ainda conta com issues abertas no github. Deno tenta abraçar algumas features, e tenta trazer de forma built-in, porém não faz isso de uma maneira tão satisfatória, um exemplo é o formatador de código padrão do Deno, já se mostra muito mais limitado que o novo BiomeJs, o que pra mim, já nem faz sentido utiliza-lo.

Minha recomendação

Qual runtime utilizar, vai depender muito de que entidade você é. Você é uma equipe, uma empresa que precisa desenvolver uma produto rapído e por em produção. Com certeza a melhor opção será o Node. Muito difícilmente você vai arriscar comprometer sua equipe, por conta de uma falha no runtime novo ou por falta de compatibilidade com bibliotecas mainstream. A citar um exemplo, a minha preferência pessoal é o Deno, só de não ver a gigantesca pasta node_modules na minha raiz, já me agrada muito. Porém reportei um problema na biblioteca padrão de testes em que objetos eram dados como não iguais, mesmo quando eram iguais. O problema está corrigido mas ainda sim, a liberação da correção, não é tão rápida. Imagine que sua equipe estivesse dependente de uma biblioteca como essa, com menor maturidade como Jest?

Se você é um desenvolverdor solo, gosta de experimentar mesmo que encontre alguns bugs e obstáculos pelo caminho, aí tanto faz, Bun ou Deno. Deno vem me atendendo e tem recursos buil-in muito interessantes. A minha recomendação, é que você desenvolva uma arquitetura de código que permita trocar fácil entre Node Deno ou Bun a qualquer momento, sem muito custo. Tente isolar as chamadas ao namespace padrão do seu runtime, e tente depender pouco deles.

Isso aqui era pra ser uma resposta, e acabou virando uma publicação rs, xD.

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Comunidades no Reddit e Discord talvez? Pessoalmente gosto muito da comunidade do Balta e da Flutterando. Acho que postando lá pode dar um bom engajamento no post

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No Reddit estou tomando paulada, só pra variar. Eu falo que lá você pega o mais positivado e faz o oposto. Eu recebi negativos por dar a chance de uma pessoa corrigir um erro, eu nem ataquei a postagem.

Eu admito que não sei usar muito bem essas coisas.

Tem indicações de Discord para eu tentar?

Obrigado.

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Putz, povo do Reddit é tenso mesmo. Mas acho que vale a pena continuar tentando, invariávelmente as pessoas certas aparecerem pra participar das discussões.

Em relação aos servidores, acho o pessoal do Balta e da Flutterando bem engajados. Tenta promover as discussões por lá, acredito que você terá êxito :-)

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Invariavelmente eu não digo mas tem umas viradas que me surpreendem.

O Baltieri é quase meu vizinho, vive me dando carona :D

Eu não consigo usar o Discord. Tem uns sites que tem probelma com autenticação.

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O Assembly está nos top 15 e isso não é tão bizarro quanto parece. Ninguém realmente vai fazer um website ou criar um sistema com Assembly, mas no momento esse não é o mundo do Assembly. Atualmente o Assembly é usado muito em microcontroladores (desde arduino, apesar de ter C++ e Rust, até como um PIC ou outros modelos) e isso faz o Assembly (que é um termo bem genérico para várias linguagens de programação, como o Assembly X86 ou o Assembly ARM) tenha uma posição relativamente alta nesse ranking. (Além disso, o Assembly normalmente também é usado em alguns códigos do Kernel, de alguns antivírus e de alguns vírus, mas nesses casos o uso é estritamente de otimização, análise mais baixo nivel e de ofuscar o código, respectivamente. Mas pelo que eu sei são trechos de códigos ou programas muito pequenos, e por isso eu não considero isso como uma das principais funções do Assembly)

Isso faz sentido na minha opinião. Mas causa uma estranheza já que tem dev que pensa que programar só envolve o Back-End e o Front-End, se esquecendo completamente do resto kk.

OBS 1.0: Quando eu falo que faz sentido, não estou falando de que Assembly está como uma das 15 linguagens mais usadas ou populares, longe disso kk... Mas estou dizendo que ela definitivamente é uma linguagem (conjunto de linguagens mais especificamente) que tem o seu papel e os seus usos no mercado e no desenvolvimento, não sendo uma linguagem completamente inútil (tipo, o C substitui o Assembly) e sendo desnecessário (tipo, o código C sempre será melhor que o Assembly) como muitas pessoas pensam.

OBS 2.0: Sobre a sua postagem, eu concordo com você, é muito chato essas "guerras" de linguagens de programação e todo esses ranks sendo usados como provas irrefutáveis nessas guerras...
"A linguagem de programação é só uma ferramenta, não uma religião, time de futebol ou uma religião" => Fabio Akita + Minha Adição