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Faculdade ou Estudo Autodidata.

A escolha entre a faculdade e o estudo autodidata para aprender programação é uma decisão pessoal que depende de vários fatores. Cada abordagem tem suas próprias vantagens e considerações a serem levadas em conta.

Faculdade:

Optar por uma faculdade de Ciência da Computação, Engenharia de Software ou áreas relacionadas pode fornecer uma base sólida e abrangente em programação. Os cursos universitários geralmente cobrem uma variedade de tópicos, desde os fundamentos da programação até disciplinas mais avançadas, como inteligência artificial e desenvolvimento de software. Essa estrutura de aprendizado fornece uma sequência lógica de cursos que segue um plano de estudo estabelecido, permitindo que você aprenda de forma gradual e sistematizada. Além disso, a faculdade oferece oportunidades de interação com professores e colegas, permitindo que você faça networking e participe de projetos em equipe. Essa colaboração pode ajudar no desenvolvimento de habilidades de comunicação e trabalho em equipe, que são valorizadas no ambiente profissional. Além disso, muitas instituições de ensino superior têm programas de estágio e parcerias com empresas, o que pode abrir portas para oportunidades de carreira e facilitar a entrada no mercado de trabalho após a formação.

Estudo Autodidata:

Por outro lado, o estudo autodidata oferece flexibilidade e autonomia para criar seu próprio plano de estudo e ritmo de aprendizado. Você pode adaptar sua jornada de aprendizado às suas preferências e necessidades específicas. Essa abordagem permite que você escolha os tópicos que mais lhe interessam e concentre-se naqueles que são relevantes para seus objetivos de carreira. A internet está repleta de recursos educacionais gratuitos e pagos, como tutoriais em vídeo, cursos online e documentação oficial, que permitem que você aprenda de forma autônoma. Você também pode participar de comunidades online, como fóruns e grupos de discussão, onde pode compartilhar conhecimentos e receber feedback de outros programadores. A aprendizagem autodidata desenvolve habilidades valiosas, como autodisciplina, capacidade de pesquisa e resolução de problemas. Além disso, você pode se concentrar em projetos práticos e criar um portfólio de trabalhos que demonstrem suas habilidades e conhecimentos para futuros empregadores.

Resumo

É importante lembrar que tanto a faculdade quanto o estudo autodidata têm suas limitações e desafios. A faculdade pode ser mais dispendiosa e exigir um compromisso de tempo considerável. Além disso, a estrutura acadêmica nem sempre acompanha as rápidas mudanças e avanços no campo da programação. Por outro lado, o estudo autodidata pode exigir uma motivação interna e autodisciplina para se manter no caminho certo sem a orientação e a estrutura fornecidas pela faculdade.

Muitos profissionais da área de programação encontram um equilíbrio entre essas duas abordagens. Eles podem optar por fazer uma faculdade para obter uma base sólida de conhecimentos e, em seguida, continuar aprendendo de forma autodidata para se manter atualizados com as últimas tendências e tecnologias. O aprendizado na área de programação é contínuo, independentemente da abordagem escolhida. É essencial estar aberto a aprender constantemente, aprimorar suas habilidades e adaptar-se às mudanças do setor.

Em última análise, a melhor escolha entre a faculdade e o estudo autodidata depende de suas preferências, objetivos e recursos disponíveis. Avalie cuidadosamente suas circunstâncias e considere o estilo de aprendizado que mais se adequa a você. Lembre-se de que a dedicação, a prática consistente e o desejo de aprender são fatores-chave para se tornar um programador habilidoso, independentemente da abordagem escolhida.

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Deixa eu compartilhar minha experiência. Eu não tinha faculdade mas sempre programei. Segundo a maior parte das avaliações, me posicionava como Dev pleno e, quando conversava com programadores já empregados, via que tinha muito potencial. Porém, era extremamente dificil conseguir alguma entrevista. A maior parte das vagas requeria como base uma graduação e nem chamavam para uma conversa.
Sei que uma empresa de software não deveria ligar pra isso, mas, a realidade se provava um pouco mais exigente que a teoria.
É importante lembrar que, pra grande parte das empresas, o setor responsável pelos requisitos "além tecnicos" é o RH, o que faz com que sejam normatizados a graduação.
Como você citou no texto, é obvio que a faculdade tem seus méritos, incluindo a expansão da network e a noção de como se portar em ambiente que exige documentos como prova, mas eu citaria o mais importante: o mercado AINDA vê o diploma como validação de conhecimento.
Posso dizer que, depois que eu comecei a faculdade (e avisei todo mundo disso) as entrevistas fluiram com facilidade e em menos de 6 meses eu estava empregado, ganhando um salário razoável.
Não quero, de maneira alguma, me colocar como regra, mas entendo que o mercado ainda não está preparado pra absorver e validar o conhecimento empírico.
Por outro lado, na área de tecnologia, DEVEMOS ser autoditadas! Não é uma opção. Portanto, como sempre, a melhor opção é o "caminho do meio"... seja autodidata sempre, mas faça uma faculdade.

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Vou ser pedante. Eu sei que todo mundo entende errado. Autodidata é aprender por conta própria. Sem nenhuma ajuda. Ser autodidata não é o mesmo que não fazer uma faculdade.

Poucas pessoas conseguem ser autodidatas, e em geral só em coisas simples. Em programação é bem complicado. Em geral quem tenta ser autodidata acaba aprendendo muito errado. Em programação acontece muito. Por sorte a maioria, na verdade, aprende de um jeito mais tradicional, com ou sem faculdade.

Então está dando a opção de aprender em um curso superior ou sem ele.

Na verdade, mesmo fazendo um curso superior, não vai aprender tudo o que precisa e parte será por outros meios. Tem que ser assim, e depois da faculdade passará a vida toda fazendo desta forma.

Um curso superior de boa qualidade, que não seja só um vendedor de diploma, tem mais chances de aprender certo e ter apoio importante e de qualidade, que não terá sem ele. Isso tem valor, mesmo que alguns não vejam.

Mesmo o aprendizado pseudo autodidata não é algo que todo mundo consegue fazer bem, e estraga sua carreira por causa disso. Em geral, as pessoas que mais conseguem abrir mão de um curso superior são as que não abrem, e vice-versa. Sabe o meme que o Bill Gates e o Zuckerberg largaram a faculdade, mas se você largar sua vida será um caos? É isso mesmo.

Eu não sei o que é melhor para cada pessoa, mas sei que uma quantidade brutal de pessoas não está no caminho certo, a gente vê o tempo todo.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Concordo com tudo que foi dito, exceto por esse trecho:

Poucas pessoas conseguem ser autodidatas, e em geral só em coisas simples. Em programação é bem complicado. Em geral quem tenta ser autodidata acaba aprendendo muito errado.

Abordando por partes:

"Poucas pessoas conseguem ser autodidatas [...] Em geral quem tenta ser autodidata acaba aprendendo muito errado."

Não é por falta de capacidade que as pessoas não conseguem, é que a maioria simplesmente estuda errado por causa da maneira como as escolas funcionam no Brasil. Infelizmente a escola no Brasil adestra as pessoas à estudarem de maneira errada. E tentando ou não ser autodidata essa pessoa vai ter seu aprendizado prejudicado. Já vi muito formado em C.C. e/ou com mestrado falando abobrinha sobre computação porque aprendeu errado e tem arrogância demais para admitir o erro e continuar estudando.

Então não tem nada a ver com a pessoa tentar ser autodidata, é simplesmente uma inaptidão para os estudos que vai ser aflorar dentro ou fora da faculdade. Tentando ou não ser autodidata.

"[...]e em geral só em coisas simples. Em programação é bem complicado."

Eu vejo exatamente o contrário: quanto mais complexo o assunto mais necessário é o autodidatismo, e ele é totalmente dispensável para estudar coisas simples. Dá para aprender coisas mais básicas e fundamentais ("simples") com cursos e faculdades, mas assuntos complexos não são nem sequer mencionados. Por exemplo você já viu alguma faculdade falando sobre: desenvolvimento de exploits, exploração de binários, desenvolvimento de kernel etc.???

Obs.: algumas faculdades ainda ensinam algo muito superficial sobre compiladores e sistemas operacionais, mas nada de avançado sobre o assunto.

Isso só citando alguns tópicos de exemplo mas a lista é longa (e todos os mencionados são MUITO mais complicados do que programação 😄). Faculdade/curso não serve para aprender tópicos avançados, estes só podem ser aprendidos por autodidatas.

Por exemplo o Rodrigo Rubira já trabalhou na Intel garantindo a segurança dos processadores. Em qual faculdade ou curso alguém poderia aprender isso? Menciona um curso/faculdade aí que ensine sobre segurança em um hardware complexo como um processador. Pois é, não existe. Porque tópicos complexos podem ser aprendidos com autodidatismo.

Outro exemplo: conheço uma pessoa que trabalha na Blitz e o trabalho dela é fazer engenharia reversa nos jogos, nos softwares de anticheat (que são muito complexos de fazer RE, obviamente) e escrever o código das ferramentas usadas pela empresa. Qual faculdade ou curso ensina isso? Ele aprendeu isso como um autodidata desenvolvendo cheats para jogos.


TL;DR

Não faz sentido nenhum essa visão de que autodidatismo só serve, em geral, para coisas simples. Muito pelo contrário. É quando a coisa é complexa mesmo que ou você é autodidata ou você não aprende. Coisa simples você aprende com cursinho da Udemy.

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Lembra que eu respondi por partes? Onde menciona o exemplo anedótico não é sobre o "poucas pessoas". Sim, são poucas pessoas. Nessa parte eu só discordei do motivo para ser poucas pessoas.

A segunda parte onde menciona o exemplo anedótico é sobre as pessoas geralmente serem autodidatas em "coisas simples". E como eu falei é exatamente o contrário: quanto mais complexo o assunto maior o número de autodidatas que estudam aquilo.

E mencionei exemplos de áreas que tem autodidatas (100%) porque é impossível aprender de outra forma. O que comprova que não é coerente com a realidade a impressão inicial sobre autodidatas estudarem "coisas simples".

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A minha opinião sobre esse assunto é sucinta (nem tanto) e talvez até um pouco polêmica, mas aí vai:

NENHUMA faculdade por si só vai preparar um profissional pronto para o mercado de trabalho, principalmente porque o meio acadêmico nem sempre é tão focado na prática e com casos de uso e ferramentas modernas. Nem mesmo esses cursos tecnólogos mais breves que teoricamente têm uma grade mais flexível. Isso não quer dizer que é inútil, muito pelo contrário, a faculdade ensina muita coisa essencial que os cursinhos "Fullstack em 1 ano" não ensinam. Semáforo, condição de corrida, ponteiro de função... Pode ser inútil agora pra conseguir a primeira vaga, mas se você vai seguir carreira, um dia essas coisas vão te fazer arrancar os cabelos ou te fazer passar vergonha numa entrevista para senioridades maiores. Não só questões técnicas, mas o ambiente universitário no geral gera muito conhecimento em diversos aspectos e te conecta a pessoas de interesse comum. Dá pra ser autodidata sim e ter esse conhecimento mais avançado e teórico, mas não dá pra cobrar um autodidata por não saber que ele tinha que ter estudado certas coisas.

Penso que é possível ser um ótimo profissional sem faculdade e isso a gente tá careca de ver no mercado, mas ter uma graduação na área é um diferencial sim, não só de título mas também de conhecimento com certeza. Estudar por conta, ser um autodidata, é inerente à função. Quem é da função e quer ser competitivo no mercado de trabalho vai ter que estudar pro resto da vida.

Em suma: se quer fazer uma faculdade por achar que vai te colocar no mercado e é só isso pronto e acabou, tenho péssimas notícias. Se quer ser apenas autodidata e não tem saco ou condições de fazer uma faculdade, é possível, mas precisa de muita dedicação e muita disciplina, com certeza um pouco mais em relação a quem tem o hábito de estudar por conta e também faz/fez faculdade na área. Se possível, concilie ambos, faculdade e estudo por fora. Eu acho uma excelente ideia, fiz e não me arrependo.