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Por que ninguém liga para histórias de linguagens?

Vamos ser diretos

Cada linguagem tem sua história, o que nos leva a entender o motivo de sua criação.

Ok, mas será que entender o motivo de sua criação realmente acrescenta algo? Até certo tempo, eu mesmo diria que não faz diferença alguma ter essa base ou não.

Porém, tudo isso mudou quando resolvi aprender uma linguagem do zero, entendendo toda sua base antes de começar a codar de fato. Isso transformou completamente minha visão sobre ela, principalmente na hora de escolher quais ferramentas usar e quando usá-las. E o melhor: melhorou muito minha forma de pensar ao resolver problemas com essa linguagem.

Por que evitamos esse aprofundamento?

Descobrir o motivo da criação de uma tecnologia não é uma tarefa tão fácil quando se tem pouco tempo para pesquisar e centralizar todas as informações necessárias. Tudo piora quando você encontra um conteúdo que até centraliza as informações, mas a abordagem é sempre a mesma: muito maçante e até chata de assistir ou ler (principalmente se você tiver TDAH).

Por conta disso, estou tentando criar uma espécie de diário público. Quero testar algumas abordagens diferentes e entender como facilitar o aprendizado de temas mais densos ou resumir assuntos muito longos.

Esse é o meu primeiro teste : Era uma Vez C, um conto sobre a história da linguagem C com uma abordagem mais simples.

Por fim, como você gosta de aprender novos temas? E quais são suas principais dificuldades?

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Para complementar, e também para servir de fonte de pesquisa para seu diário, sugiro os vídeos do Akita da série "Sua linguagem NÃO é especial", em duas partes:

Ele basicamente faz um resumo da história e genealogia das linguagens de programação. Mais que uma mera curiosidade, são vídeos para abrir a cabeça e ver que - como ele mesmo diz - o mundo sempre é muito maior do que a gente imagina. Ou, em outras palavras, nossa área vai muito além da sua linguagem favorita.

É muito interessante notar que, em termos de paradigmas de programação e recursos existentes nas linguagens, nada de realmente novo foi inventado nas últimas décadas. É tudo variação de algo que já existia muito antes (às vezes com nomes novos e "moderninhos", pra parecer que é uma grande inovação e gerar hype).

Eu acho esse tipo de conhecimento importante, pois aumenta seu leque de opções (vc vê que existem formas diferentes de resolver os problemas), te faz perceber que não existe linguagem perfeita e evita que vc fale besteira - ou pelo menos diminui muito as chances - quando for debater as vantagens e desvantagens de cada uma :-)

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Show demais, por incrível que pareça esses videos foram um ponta pé inicial que me ajudou mesmo a observar as coisas por um angulo diferente. Concordo totalmente, valeu pela contribuição!!

Outra playlist que também vale a pena, é a de Introdução a Computação

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Sempre gostei de aprender a origem de algo que estou estudando, tanto por pura curiosidade, quanto para ver quais foram as motivações, filosofias e problemas que os criadores estavam tentando originalmente resolver com tal conceito/tecnologia.

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Na época em que estudos por livros era o padrão, era bem comum no primeiro capítulo ter uma seção (mesmo que breve) com um pouco da história por trás da linguagem ou framework. Aos poucos essas seções começaram a ser substituídas pelos "setup" do SDKs e IDEs, acredito que isso começou a acontecer porque os leitores já estavam sem paciência de saber as origens daquele conhecimento.

Hoje em dia, em que quase todo mundo prefere iniciar os estudos por vídeo de YT, e nessa rede o que importa é engajamento, então produtores não dão a devida atenção nesses temas, pois certamente não vai gerar engajamento em um curso que promete ensinar a programar.

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Com o passar do tempo, o modelo de consumo de conteúdo, principalmente no aprendizado, se atualizou bastante. Devido às redes sociais (entre outros fatores), o imediatismo tomou conta, o que resultou em uma falta de paciência para conteúdos mais densos ou que simplesmente trazem resultados a longo prazo.

A questão é: devemos atualizar a abordagem, mudando o formato ao introduzir esses temas, tornando-os menos "chatos"? Ou é necessário criar uma espécie de "HYPE" em torno desses conteúdos para incentivar o estudo e mostrar sua importância?

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Pensando sobre isso, acho que uma forma de introduzir esses assuntos será diluir ao longo do conteúdo, mas com aspecto de curiosidade. Por exemplo, em um conteúdo de linguagem C, após apresentar os conceitos iniciais, depois do estudante criar o primeiro Hello World, explicar a origem do nome da linguagem C introduzindo um pouco de história.

Da mesma forma, após apresentar o que são incremento (++) e decremento (--), explicar por que a linguagem C++ e C# tem esses nomes, aproveitando mais uma vez para introduzir um pouco de história.