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crrds
2 min de leitura ·

Home Office como recompensa.

O Contexto

Recentemente, tive uma situação um tanto quanto diferenciada na empresa em que trabalhava. Durante uma negociação, ficou estabelecido que haveria um período de trabalho presencial seguido da adoção de um modelo híbrido, o que, se possível, não vejo como algo totalmente negativo. Após mais de um mês de experiência, em um dia em que me sentia desanimado e cansado, informei inocentemente que trabalharia em home office nesse dia (um assunto que pretendo abordar futuramente, intitulado "O Programador Honesto"). Fui sincero sobre os motivos, o que gerou um descaso por parte da empresa. O que mais me surpreendeu, no entanto, foi o motivo desse descaso.

Ao perceber que minha decisão não foi bem recebida pela equipe, decidi me desculpar com o gestor e questionar o porquê de a situação ter se agravado, mesmo tendo cumprido todas as minhas entregas dentro dos prazos até aquele momento. A resposta que obtive foi: "Existem pessoas na empresa que ainda não conquistaram o direito de trabalhar em home office." Isso levanta uma questão importante: as empresas estão utilizando o home office como uma recompensa, adicionando um degrau ao crescimento profissional dos funcionários?

Em outra empresa em que trabalhei, fui contratado, juntamente com outros dois desenvolvedores, para salvar (literalmente) o maior cliente da empresa. Havia 197 chamados abertos, além de uma média de 5 chamados abertos por dia. Nós entramos, aprendemos e começamos a reduzir o número de chamados em um ritmo muito bom. Com o intuito de melhorar as condições de trabalho, solicitamos a adoção do home office, uma vez que o ambiente da empresa era um completo caos, com teleatendimentos ocorrendo na mesma sala em que trabalhávamos. A resposta que recebemos foi: "Se vocês conseguirem reduzir para 50 chamados até o dia 9 de Maio, eu permitirei o home office." Mais uma vez, o home office foi utilizado como uma recompensa (neste caso, pode ser considerado um motivador).

Questão: O home office deveria ser uma recompensa?

Minha opinião pessoal é que o home office é um modelo de trabalho que prioriza o conforto e a comodidade do funcionário, buscando um melhor desempenho por meio desses aspectos. Utilizar o home office como um degrau ou recompensa é uma prática profissional de má-fé, pois utiliza de forma egoísta algo pelo qual vários colegas estão tentando conquistar.

Qual é a sua opinião sobre o assunto? Você já vivenciou algo semelhante?

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O problema é que tem muita gente que não consegue "performar" em home office, as empresas sempre tem o pé atrás com relação a isso.

Mas o certo é oferecer o Home Office, e definir métricas, para avaliar o funcionário em Home Office.

Lembre meu querido, sempre se coloque no lugar da empresa.

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Por isso ate concordo que se possível um pequeno período presencial pode ser um bom caminho. Mas acho estranho um funcionário que comunica e entrega não poder ir para o modelo hibrido/home office por que tem "pessoas na fila" para conquistar isso ainda.

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Bom dia crrds,

Hoje em dia eu trabalho em Home Office e apoio com todas as forças o Home Office, devido à grande qualidade de vida que me trouxe.

Somente como um exemplo, já trabalhei em uma empresa que eu levava 2 horas para ir e 2 horas pra voltar, todos os dias.

Eu não considero que o Home Office seja uma recompensa, mas entendo o que gestor tenha falado.

O Home Office é como um cartão de crédito, se você sabe usar, te leva a muitos lugares que você não conseguiria só com o "dinheiro do banco", porém também é uma faca de dois gumes.

Pessoas com pouca maturidade podem simplesmente se enrolar a ponto de se enforcar.

Então esse assunto deveria ser trabalhado com transparência indicando o que o funcionário deveria fazer caso esse seja o modelo de trabalho que ele gostaria de trilhar, mas ser uma "recompensa", nunca.

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Bom dia GTEX, concordo que existem "n" fatores que devem ser considerados, tive duas experiencias recentes de gestor usando o home office como recompensa, queria entender se esta virando uma tendência ou foi azar meu mesmo.

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Olá, meu caro. Tudo certo?

O colega RodrigoMedeiros disse algo que acredito ser a essência dos líderes que ficam receosos em adotar práticas híbridas ou de homeoffice integral nas empresas:

O problema é que tem muita gente que não consegue "performar" em home office, as empresas sempre tem o pé atrás com relação a isso.

Não consegui encontrar/recordar de onde vem a frase para informar a fonte, mas isso me remete a uma icônica citação que ouvi há muito tempo que explica o trecho acima:

As restrições são criadas para punir os "bons" pelas falhas dos irresponsáveis.

Em empresas tradicionais ou com lideranças que remontam a administração "tradicional" de pessoas é comum ter esse bloqueio em relação ao homeoffice e outras abordagens mais "tecnológicas".

Imagine você como um viajante do tempo conversando com uma pessoa que viveu há 3 séculos, como você explicaria para esta pessoa que com o avanço da tecnologia hoje é possível se comunicar com indivíduos do outro lado do globo de forma online através de um aparelho que cabe na palma da mão? A analogia pode parecer exagerada, mas é o mesmo que acontece em relação a novas tecnologias/abordagens para pessoas que não estão inseridas no contexto de conhecimento da tecnologia. É quase uma bruxaria rsrs.

Dentro do contexto que citou, acredito que o "ideal" seria conversar antecipadamente e se possível em particular com seu superior para entender melhor as práticas da empresa. Presumir que situações serão abordadas da mesma forma que em outras empresas que já trabalhou não faz sentido.

Concordo com a sua opinião pessoal, mas também vejo que homeoffice não é para todo mundo. Pessoas em casa podem trabalhar como loucas até terminar uma atividade dentro do deadline ou jogar LOL durante todo o dia. Se a empresa não possui métricas bem definidas, como saber se você será alguém que não performará como o desejado?

Se fizer sentido para você, tome a responsabilidade do tema e vá até a gerência com boas práticas e métodos de integração de equipe que funcionavam nas empresas que trabalhou e proponha isso de forma estruturada e bem documentada. Encontrar uma solução para este problema pode lhe render pontos com os colegas e a direção (apenas tome cuidado em como fazer isso).

Forte abraço e espero ter ajudado. :)

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Bom dia joaozinho, estava com esse planejamento em levar os bons pontos e os motivos pelo qual permitir eu trabalhar em um sistema hibrido seria vantajoso para a equipe. Foi o acordo feito com o Gestor/Diretor, mas mesmo fez o desligamento na primeira hora antes de qualquer coisa. Outros funcionários já estavam praticando o sistema hibrido talvez a experiência com eles não tenha sido boa.

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Tem gestor que se sente no controle fazendo aquele microgerenciamento e o home office tira justamente esse poder. É o chefe que:

  • Dá aquela olhadinha na sua tela para ver o que você está fazendo
  • Fica olhando se você está sentado na sua cadeira, olhando para uma tela
  • Quer saber cada passo que você fez ou vai fazer
  • Não delega responsabilidades, tudo tem que passar por ele

E ainda, se a empresa não tem métricas concretas para dizer se um funcionário está produzindo ou não, fica impossível mesmo fazer home office, pois não dá para fizer se o funcionário está trabalhando ou jogando videogame.

Permitir home office é um bom indicativo da organização da empresa. Se todos têm métricas bem definidas, se não há a prática do microgerenciamento, se todos são considerados capazes de fazer o trabalho, não tem por que ficar indo pessoalmente a um lugar físico para provar que está trabalhando.

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Bom dia EduardoMats, realmente um dos problemas era a falta de delegação de responsabilidades. Existia um objetivo, mas eu tinha que criar minhas propiás tasks..