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ScamBaiter23 não dá pra ganhar todas, mas perder aparentemente dá sim. Brincadeiras à parte, a programação foi dissecada e setorizada fazendo com que o programador, ao longo do tempo, perdesse atribuições e responsabilidades. Eu também sinto que a coisa deixou de ser tão divertida quanto era afinal participávamos mais ativamente do processo de elaboração do projeto, tínhamos mais oportunidade de opinar e agregar com nossa experiência um produto ainda em fase embrionária. Hoje somos mais executadores do que mentes pensantes e isso com certeza é triste para quem passa pela transformação.

No entanto, mesmo que eu desejasse manter um ambiente mais divertido para nós, eu também penso que esse processo seria inevitável com o passar do tempo. A área precisava se profissionalizar para ter condições de escalar a produção (tornar o processo cada vez menos artesanal) além de garantir o foco do programador na tarefa que ele estiver atuando. Eu mesmo, odeio ter que parar de codar no meio do ápice do meu raciocínio por conta de uma reunião. Hoje, o lider técnico absorve isso para mim e eu posso focar em continuar minha task e o negócio não para.

Então, compartilho da sua tristeza e saudades dos bons tempos, mas eu também penso que é um mal necessário...

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Concordo muito com você, a setorização tirou bastante da diversão, porém faz parte da profissionalização do setor e a vida profissional não é brincadeira.

Entretanto, em minhas experiências, a setorização, em vez de aumentar a qualidade dos produtos e do processo de desenvolvimento, acabou piorando-os. Por exemplo, eu já fui um alienígena tentando adotar testes (unitários e storybooks para os componentes) em um projeto de front-end, os arquitetos e o gerente não estavam nem aí. O problema é que muitas empresas têm dificuldade em adotar os processos e fazer Ctrl-C e Ctrl-V deles; muda-se o time e tudo pode mudar, inclusive práticas que a engenharia de software já consolidou. Aí entra o papel de uma pessoa líder técnica competente, como você mencionou. Mas se a empresa for ruim e sempre impuser conflitos para a liderança técnica, isso erode a carreira da pessoa, fazendo com que sua experiência se concentre mais no trabalho de gerência do que em se manter atualizada tecnicamente.