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O problema são as leis

Adivinha só, as leis foram feitas para evitar que trabalhadores tivessem (ainda) mais precarizações em seu trabalho.

Se elas não existissem, com toda certeza as pessoas estariam trabalhando 12 horas ou mais todos os dias e ganhando uns 200 a 300 reais por mês.

Na verdade, tem gente que trabalha isso daí e nem ganha dinheiro:

E como podemos ver por várias pesquisas, no geral as empresas falem por falta de estratégia:

E claro, isso das que chegam a ser criadas, existem diversas empresas que nem chegam a ser criadas ou mantidas por conta do Racismo e da Misoginia no Brasil:

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Vou mandar essa como sendo minha última resposta. Não por falta de interesse no assunto ou por tê-lo esgotado, mas acho que passamos do ponto que condiz com o TabNews. Também por isso, vou descrever da melhor forma que meus conhecimentos me permitem.

Leis trabalhistas

As leis trabalhistas brasileiras, vulgo CLT, são, em larga medidas, as mesmas desde a publicação por Getúlio Vargas em 1943, ou seja, mantém a inspiração fascista da Carta Del Lavoro, de Mussolini.

A CLT sofre, portanto, de anacronismo, dado que pouco mudou ao longo dos seus 80 anos desde a publicação.

Custos da CLT

Vamos fazer algumas simulações simplistas, eu concordo, mas que servem para ilustrar meu ponto.

Custos pagos pelo empregador

Abaixo temos os custos ordinários de um trabalhador cuja remuneração nominal é de 1 salário mínimo (à data de publicação desse post, 1320BRL)

  • Estou considerando os custos aproximados de transporte de São Paulo
  • Estou considerando vale refeição de 15BRL/dia, portanto, ~300BRL/mês

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Logo de cara, considerando o salário bruto, o empregado gera, com seu trabalho, 2477BRL de valor. Isso corresponde a 53% do valor gerado de fato indo até suas mãos a título de salário bruto.

Custos pagos pelo empregado

A seguir temos uma simulação dos custos pagos na folha de pagamento do empregado.

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Nessa simulação falta acrescentar valores parciais de 13º e 1/3 de férias que constam nos custos, portanto, o valor líquido aproximado é de 1141+110+36.67=1287BRL

Assim, chegamos à conclusão de que, do valor gerado pelo seu trabalho, o funcionário recebe ~52% para gastar com o que desejar.

Quais são os "benefícios" trabalhistas

Chamo de "benefícios" por que são bem questionáveis enquanto obrigações que fazem bem.

  • FGTS: o funcionário paga 8% do salário bruto (106BRL) a título de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
    • O FGTS notoriamente rende menos do que a poupança e muito menos do que a inflação;
    • O FGTS tem carater compulsório, ou seja, o funcionário não escolhe quanto paga nem tem a opção de não investir ou de colocar seu dinheiro em outro investimento que lhe seja mais rentável ou de sua preferência por qualquer motivo;
    • O FGTS tem baixíssima liquidez, sendo impossível resgatá-lo conforme a vontade do empregador e havendo 3 ou 4 formas diferentes de solicitar o saque.
  • INSS: O funcionário paga 14,65% de seus ganhos a título de previdência e seguridade (99BRL pagos em folha + 264 pagos pelo empregador; (99+264)/2477 = ~14,65%))
    • O pagamento do INSS é compulsório, ou seja, o funcionário não escolhe quanto investe nem pode escolher outro investimento previdenciário que melhor lhe convenha;
    • O funcionário não tem condições de sacar o valor investido em momento algum, portanto, ele pagou mas o dinheiro não é dele;
    • Caso o funcionário faleça e seus herdeiros não tenham direito a pensão, seus herdeiros não recebem nada, afinal, como vimos no tópico anterior, o dinheiro não pertencia ao trabalhador;
    • O sistema previdenciário brasileiro muda a cada 5-6 anos, tornando impossível ter o mínimo de previsibilidade do que vai acontecer e quais serão as condições de aposentadoria, seja referente a valor ou à idade de aposentadoria, especialmente para aqueles que ainda tem 20-30 anos de contribuição pela frente.
    • O INSS tem um burocracia infinita para quem solicita benefício por motivo de saúde, quer seja por invalidez parcial ou total;
  • 13º salário: o funcionário tem direito a 1 salario a mais por ano:
    • atualmente o empregador tem a opção de parcelar esse pagamento tantas vezes quantas queira;
    • o salário anualizado do empregador mantem-se inalterado, portanto, esse benefício implica na redução do salário mensal em 1/12;
    • por ser normalmente pago ao fim do ano pela maior parte das empresas, ocorre uma inflação por causa da quantidade a mais de dinheiro no mercado, afetando principalmente os mais pobres;
  • 1/3 de férias: o funcionário tem direito a um adicional de 1/3 do salário por ano a título de férias;
    • a consequência desse benefício é semelhante à do 13º: o valor anualizado de custos do trabalhador é um só, então esse adicional significa que o empregado recebe menos ao longo do ano para receber a mais quando tira férias.
  • Seguro desemprego: esse talvez seja o benefício mais interessante, apesar de não ser gratuito, ou seja, o funcionário está pagando por ele de alguma maneira, direta ou indiretamente. Mesmo assim, dá alívio para as famílias por algum tempo enquanto o custo é coletivizado, levando a discussão para o ramo tributário.

Conclusão

Eu não confio no governo para absolutamente nada, sobretudo para lidar com meu dinheiro.

Portanto, na medida do possível, faço o que posso sem depender dele. Isso inclui previdência, seguro de vida e saúde além de trabalhar como PJ e, portanto, eu e minha família não temos os direitos listados acima, e tb não temos seus custos. Meus custos com impostos hoje são de 2% a 6%, a depender se presto serviços para empresa brasileira ou estrangeira.

Eu escolho como guardo meu dinheiro, escolho o valor, e no final, se quiser, tenho o dinheiro na mão para fazer o que quiser ou deixo para minha família caso eu não esteja aqui amanhã.


O que realmente importa para o empregador é quanto custa manter um empregado e quanto o empregado entrega de valor.

Ao chamar de benefícios o que a CLT lista como direitos, não percebemos que, na verdade, quem paga por tudo aquilo é o próprio trabalhador com o valor do seu esforço e é por isso que são freios para o progresso do país:

  • O empregador paga caro;
    • O produto ou serviço também fica mais caro e perde competitividade;
  • O trabalhador recebe pouco;
    • O trabalhador continua pobre;

O cidadão é tratado como incapaz de decidir o que é melhor para a própria vida. Um burocrata de gravata que nunca pisou perto de onde moram seus eleitores se acha no direito de decidir como o dinheiro do bolso do trabalhador deve ser gasto. Não me refiro a impostos, mas ao dinheiro que de fato deveria ser deixado na mão de cada um.

Os trabalhadores guardariam dinheiro se lhes fosse dada a opção?

Essa é uma pergunta de ouro e olhando para a o brasileiro médio de hoje em dia, eu diria que não. Mas isso não significa que o cidadão tenham apenas que aceitar a única opção ora existente.

Ainda assim, acredito que o cidadão deve ter a liberdade de escolher e de conviver com as consequências das próprias escolhas, sejam elas positivas ou não.

Alternativas que poderiam ser dadas ao trabalhador:

  • Onde e como investir o FGTS;
    • Que tipo de investimento poderia fazer: imobiliário, agrário, industrial, serviços;
    • Considerando a tolerância e o apetite a risco de cada um;
  • Em qual fundo previdenciário investir, permitindo capitalização e substituíndo o INSS;
  • Escolher receber 1/12 a mais por mês ou receber as 12 parcelas de uma vez;
    • O mesmo se aplica ao terço de férias;

Notas

  • Misoginia e racismo existem, mas são muito menos frequentes e intensos do que se faz crer e tem muito menor impacto do que todo o resto que eu citei;
  • Daria para fazer um apanhado idêntico abordando os problemas da sobretaxação tributária e seus impactos nos negócios.
  • As simulações foram feitas nos sites abaixo:
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Misoginia e racismo existem, mas são muito menos frequentes e intensos do que se faz crer e tem muito menor impacto do que todo o resto que eu citei;

Me apresenta aí os seus estudos que dizem isso. Porque eu apresentei conteúdos que mostram como isso é intenso e muito frequente.

Assim, chegamos à conclusão de que, do valor gerado pelo seu trabalho, o funcionário recebe ~52% para gastar com o que desejar.

Desculpa mas isso está BEM errado. O valor gerado pelo trabalhador não é referente ao valor que a empresa gasta para manter ele.

A Mais-Valia explica mais sobre o que de fato o trabalhador gera como riqueza.

A mais-valia é a diferença entre o valor que o trabalhador produz e o valor que ele recebe como salário. É quando alguém trabalha e produz algo que vale mais do que o pagamento que recebe por isso.

Vamos supor que você trabalhe em uma fábrica que produz camisetas. Você usa seu tempo e habilidades para fazer as camisetas, mas a empresa vende cada uma delas por um preço maior do que o seu salário.

Essa diferença entre o valor das camisetas e o seu salário é a mais-valia.

Digamos que o preço de venda de uma camiseta seja de 50,00 reais. Você trabalha 8 horas por dia e consegue produzir 10 camisetas nesse período.

Em um dia de trabalho, você produz camisetas no valor total de 500,00 reais (10 camisetas x 50,00 reais cada). No entanto, você recebe um salário de 1.287,00 reais por mês, o que equivale a aproximadamente a 53,63 reais por dia de trabalho (considerando 24 dias uteis).

Valor total produzido em um dia: R$: 500,00

Seu salário diário: R$: 53, 63

Diferença (mais-valia): R$: 446, 37


O dono da fábrica fica com o lucro extra gerado pelo seu trabalho. Ele paga a você um valor menor do que o valor total das camisetas que você produz. Assim, ele ganha mais dinheiro às suas custas.

E quanto menor os direitos trabalhistas, menos ele vai gastar contigo, o que gera um aumento ainda maior na diferença da mais-valia.

E o trabalhador vai receber menos, o patrão mais e os clientes a mesma coisa.

Obs: Isso é um exemplo de explicação da mais valia. Se for calcular casos reais, a diferença é BEM maior

O cidadão é tratado como incapaz de decidir o que é melhor para a própria vida.

Não, não. Os direitos trabalhistas servem para que os empregadores não decidam o que quiserem da vida dos trabalhadores, como dizer que devem trabalhar 12 a 14 horas, se não são demitidos.

Já que como expliquei no exemplo, e nos dados apresentados antes e com os que vou enviar a seguir, o patrão sempre vai preferir precarizar o trabalho e ganhar mais as custas do trabalhador:

A diminuição/flexibilização de direitos trabalhistas diminuiu salários e precarizou ainda mais as condições de trabalho.

Alternativas que poderiam ser dadas ao trabalhador:

Cara, você realmente acredita que sobre algo do salário do trabalhador? Eu já mandei informações, mas vou enviar De novo:

E caso tenha esquecido, vou enviar de novos os inumeros casos de trabalho análogo a escravidão no Brasil. O sonho de muita empresas que defendem tirar leis trabalhistas no Brasil:

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Sobre a Mais Valia, faltou incluir o detalhe importante: O risco do empresário é grande parte da necessidade do lucro que se necessita gerar.

Isto pois, o trabalhador gera X valor e recebe parte de X, mas não divide dos mesmos riscos que o empregador possui, como a exemplo, de não conseguir pagar os empregados caso não tenha renda o suficiente.

É valido, em minha visão, vermos por um fator "injusto", quando de fato há um lucro exacerbado, com salários infimos, demonstrando ali uma relação de quase exploração da situação de desespero do trabalhador.

Todavia, volto a ressaltar, o lucro é parte da necessidade de toda empresa. Pois este, que é o pagamento pelo risco do empresário em empreender.
Situação o qual, é da maior parte dos empresários do país, visto que corresponde a MEIs e MEs. Empregadores que vão receber o mesmo, as vezes até menos, ou poucas vezes mais que os próprios trabalhadores de seu negócio.

Fonte: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/brasil-tem-quase-15-milhoes-de-microempreendedores-individuais,e538151eea156810VgnVCM1000001b00320aRCRD

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Não, não faltou incluir.

Porque o empreendedor não é uma classe social a parte, o próprio empreendedor É e faz parte dos trabalhadores.

A mais-valia também se faz presente quando uma pessoa que é MEI ganha um valor ridículo de pequeno por um serviço desvalorizado.

E não, não é apenas o empreendedor que se arrisca. As pessoas tem uma versão romantizada disso.

É só ver os Layoffs que tem por aí, pessoas que saíram da empresa, não deu 1 mês, tavam sendo demitidos da outra empresa.

E no "Empreendedorismo" quem realmente ta se "arriscando", são os trabalhadores informais. Que eu até citei na minha resposta, nos links que falam sobre como a Reforma Trabalhistas jogou diversos trabalhadores para a informalidade.

Para você ter uma ideia, para contratar uma pessoa, a sua empresa deve já estar faturando pelo menos uns R$: 4.000,00.

Porque deve contar com pró-labore de pelo menos um salário mínimo. E para contratar, o custo de um trabalhador é duas vezes o salário dele, pegando um salário mínimo, daria mais ou menos R$: 2.300,00.

E como também já foi citado, o maior problema dos pequenos negócios é a falta de estratégia.

Ou seja, se a empresa ganha apenas R$: 4.000,00 e decide contratar alguém, isso é provavelmente uma decisão ruim.

E se a empresa não tem nem um Pró-Labore, nem foi atrás de uma boa contabilidade e nem tem uma estratégia de negócios para o mercado, um financeiro organizado. Acredite, o cara não ta se arriscando, ele ta suicidando o negócio dele mesmo.

Parem de Achar que o Empresário é um coitado!

O cara que realmente é empresário, e fatura aí o suficiente para contratar alguém, não ta ganhando pouco.

Quando se inicia os negócios (sem ser por necessidade), geralmente se tem uma reserva de dinheiro. E você tem que todo mês armazenar valores para gastos, fazer um financeiro, pensar em guardar dinheiro para Marketing.

Quem realmente sofre são trabalhadores que "pejotizam" seus serviços, trabalhando na informalidade. Porque elas são obrigadas a serem PJ, o que é chamado de "Empreendedorismo por Necessidade".

O foda é que tem muita gente que nunca criou empresa, nem participa de comunidades de empreendedores, fica se informando apenas pela Primo Rico e outros Coachs (que ganham dinheiro te iludindo) e trazem essas ideias distorcidas da realidade.

E como pode ver pelas informações que já coloquei nos meus comentários, o que estou dizendo é baseado em Dados e Fatos, não só opinião.

Todavia, volto a ressaltar, o lucro é parte da necessidade de toda empresa. Pois este, que é o pagamento pelo risco do empresário em empreender.

Isso é uma visão muito limitada de Empreendedorismo.

As pessoas apenas vem a ideia de criar um negócio como uma forma de ficar rico, ou ter muito dinheiro, no final das contas muito poucos conseguem de fato passar do primeiro ano ou dos três primeiros anos de vida dos seus negócios.

É igual querer trabalhar como programador só pra ganhar dinheiro, uma hora não vai dar certo, isso se já não der errado logo de início.

Se você até ver os debates sobre Empreendedorismo, quem realmente tem um negócio, não faz isso só por conta do dinheiro, existem Diversos outros motivos que levam a pessoa a empreender.

E sinceramente, sendo Dev, muitas vezes você pode acabar ganhando mais dinheiro simplesmente na CLT mesmo.