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Marley
1 min de leitura ·

Como vocês revisam e estudam?

Pessoal, estou conduzindo uma pesquisa pessoal e gostaria de ouvir sobre como vocês estudam/revisam um novo conteúdo.

Vocês anotam à mão ou digital, confiam apenas na memória, revisam todo o conteúdo mais de uma vez, fazem anotações durante o aprendizado, veem o conteúdo completo e depois elaboram um resumo, preferem escutar do que ler, preferem algo mais visual invez de escrito(como figuras ou uma mapa mental por exemplo)?

deixe aqui seu relato.

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Não tem muito como ser diferente de ler, reler, e consumir outras formas, e escrever algumas partes para fixar. Algumas pessoas dizem que dá mais resultado escrever no papel que digital. Eu acho que varia de pessoa para pessoa, por isso cada um tem que achar seu jeito. E é claro que o estudo sempre envolve a prática. Algumas pessoas acham que precisam falar na prática porque acham que estudo é só consumir, não acho que isso faça sentido. Leitura é diferente de estudo.

O que eu acho que falta muito nos estudos é a reflexão. É o questionamento, é pensar sobre o'que acabou de aprender, é ver se faz sentido mesmo, procurar outras fontes, é buscar as implicações daquilo, as exceções, os contextos, o que pode dar errado, é antecipar a visão usando isso de forma real e no que pode beneficiar onde já usa, ver a aplicação, entender bem as motivações e justificativas. Sem isso não é aprendizado, é adestramento.

Também ajuda muito debater com outras pessoas. Especialmente se essas outras pessoas são boas naquilo. Cuidado com os charlatões.

Isto é um bobagem:

Pirâmide de Glasser

Não tem nada que comprove isso, pelo contrário. E só uma pessoa ingênua acredita que é assim. Justamente por isso que se divulga muito isso na internet. Essas porcentagens são completamente chutadas (acha que as coisas são tão lineares assim?) a ordem não tem nada que corrobora, até mesmo que seja uma pirâmide (de William Glasser). Então serve para gerar engajamento, mas não para mostrar para alguém como aprender, até porque cada pessoa é diferente e precisaria de uma pirâmide para cada um. Mas serve para dar uma base interessante. Não está errado que múltiplas atividades são úteis para fixar melhor.

É claro que precisa fazer certo. Por exemplo, algumas pessoas falam para ter um blog, ensinar os outros. Já discutimos aqui e já tivemos ótimas respostas, principalmente, que eu me lembro, do kht, que mostra que isso é uma falácia, afinal, ensinar errado aos outros é ruim para você e para os outros. Não quer dizer que não deva fazer isso, mas sempre pedindo para criticarem o que você faz, a não ser que já domine muito aquilo, e nunca acredite que está certo. Mas tem que fazer isso de verdade. Se você ensinar errado, treinará errado, e dará o início errado para outro treinar esse erro.

Nunca treine o erro

Não tenha compromisso com ele.

Então tem que entender  como funciona. Ótimo querer ensinar os outros, mas isso é o gatilho para você aprender melhor. Não é ensinar qualquer coisa. É mentira que todo mundo tem alguma coisa para ensinar alguém. Até tem, mas errado ou obviedade não tem valor.

Tem que ir procurando por detalhes que vão te ajudando e o que é perda de tempo. Em alguns (ou muitos) casos precisa de ajuda profissional nisso.

Pessoas com pouca disciplina não conseguirão fazer igual aos disciplinados. Pessoas com ansiedade terão que criar uma técnica que funcione para ela, além de talvez fazer tratamento. Se for TDAH então... Só estou citando alguns dos muitos exemplos de como dicas genéricas não funcionam. Não estou nem pegando as pessoas que têm atraso intelectual.

Algumas técnicas são placebos. Por isso se te serve, ótimo. Algumas pessoas são mais suscetíveis do que outras.

Voltando ao início, existem cada vez mais estudos mostrando que as tecnologias estão emburrecendo as pessoas, e a IA fará o estrago definitivo. Não é minha opinião. Sim, estudos nem sempre provam alguma coisa, principalmente em saúde (estimam em 85%) nem são verdadeiros (excluindo a má fé e o que só um leigo - imprensa - interprete errado, até por simplificação), por isso precisamos aprender sobre ciência para tudo na vida, assim não seremos completos idiotas manipulados pelos outros, e podemos ter só um pouco idiotas que não tem o que fazer para sair disso. Mas tem vários estudos, alguns indiscutíveis, porque mostra inequivocamente o que aconteceu no passado, mesmo que não comprove toda a causa, que indicam essa deterioração cognitiva do ser humano.

Estou dizendo com isso que a tecnologia te atrasa quando se trata de estudos (diferente de dar acesso mais fácil à informação e alguma forma de organização), ela compromete seu aprendizado, até porque facilita. O aprendizado envolve dor (em geral em pequeno grau e pode vir com prazer ao mesmo tempo). A tecnologia causa uma falsa impressão de evolução que amolece a pessoa (nem todos caem nessa armadilha, por isso vê pessoas que parecem gênios e te causa admiração/inveja).

Por fim, quando você começa a aprender bem, tende a aprender melhor depois. Quem tem lógica tende a aprender melhor. Quem tem disciplina costuma ter mais facilidade. E quem tem serenidade costuma ter algumas vantagens. A experiência ajuda muito. Desde que ela não seja o erro (não confundir com aprender com os próprios, e erros dos outros). Errar é uma técnica válida e importante. Insistir no erro, não.

Eu dei um exemplo de como estudar em um ponto bem específico.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Poderia dar a referência de onde você viu que 85% dos estudos em saúde não são verdadeiros ?
E também que tipo de estudo seriam esses ?

Só curiosidade mesmo. Grato.

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Eu não tenho aqui, faz tempo que vi em algum lugar, mas foi de alguém que trabalha com isso. Isso é válido para os de saúde, e é estimativa de pessoas que trabalham na área, não tem um dado oficial que diz isso. E se atente que isso não é falsificação, é que são feitos em bases fracas, tanto que eles não são publicados nas instituições mais renomadas da área. Faz parte do método científico que muitas coisas falharão. Boa parte dos estudos desmentem outros em algum ponto. É assim que funciona, se chega em uma "verdade" sempre questionando tudo. E os de saúde são bastante suscetíveis a erros, provavelmente só perdendo para os de pseudociência. São raros os estudos que apresentam provas incontestes. Lembrando que se publicam milhões de estudos por ano. A questão toda é: estudo não prova nada, eles ajudam entender algo, mostra que algumas pessoas concluiram algo, mas não tome como verdade absoluta, eles tendem ser mais confiáveis que achismos, mas podem errar também. Estou até contradizendo o que eu falei: tem estudos, mas só por causa disso não é garantia do que foi dito lá, não confie em tudo.

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Entendi, como você jogou um percentual, pensei que você poderia ter algum estudo específico sobre isso. Aí fiquei curioso para ver quais os critérios da pesquisa para definir o que seria um artigo "errado/falso".

Me ligo que é de se esperar que haja falhas e erros em estudos científicos, porém o percentual me deixou intrigado com o método, visto que definir um artigo "errado/falso" a rigor seria bastante complexo (Afinal não dá pra sair reproduzindo tudo rsrs).

Valeu a resposta.

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É um número que eu vi profisssionais de saúde usarem. Se eles erraram, é com eles. Pode acontecer. Em física o percetual deve ser muito menor. Em computação... huuumm :D

Estritamente falando, o falso é aquele que outro estudo mostra que é.

E se for olhar todos os estudos, deve ser isso mesmo. Provavelmente a maioria dos estudos refutam os anteriores pelo menos em partes. Alguns confirmam e dão mais solidez, ainda que não de 100%.

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Tenho uma rotina de estudos.

Faço uma revisão periódica, reviso o que estudei em intervalos (por exemplo a cada 1 semana). Isso me ajuda a memorizar pontos importantes.

Não só leio, escuto ou faço anotações. No caso de conteúdos sobre programação, logo coloco em prática o que aprendo em diversas situações, quando dá errado pesquiso para entender e evitar o erro.

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Acredito que a resposta é aquela premissa de sempre: depende;

Se está falando unicaamente de programação e desenvolvimento: Consumo o conteúdo principal(livro, texto, video) e faço esboços no papel de pontos importantes apenas, nada de texto e resumos, e o consumo do conteúdo está atrelado a prática.

Caso seja de conteúdos teóricos: material principal, com anotações (digital) com minhas palavras e depois faço pesquisas em materiais de terceiros/internet; Utilizo mais essa opção em matérias da Graduação e Pós;

Assuntos diversos: Entenda como concurso público, leitura + resolução de questões.

Não sou adepto a pomodoro, anotação formato Cornell, entre outros. Tentei de tudo um pouco mas tive que aos poucos ir descobrindo a maneira que melhor funcionava para mim. E aqui ta um ponto importante: a sua maneira de estudar raramente será igual a minha. Teste as opções e métodos que cientificamente são recomendados, se não funcionar, tente perceber como adaptar pra você.

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Senta na cadeira e programa.

É como eu aprendo, ensinar os outros pra mim é mais complicado porquê sou um tanto impaciente, mas praticar e discutir é a melhor coisa. Pega alguns projetos que abordam conceitos importantes na TI, como um Software de OAuth 2.0, um sistema que faz um CRUD usando um Design Pattern popular, algo assim, e ai senta e faz.

Acredito ser a maneira mais eficaz de aprender. Eu aprendi assim.
E ai em paralelo, algo que me ajuda muito, é estudar os conceitos arquiteturais, livros como o Clean Architecture e o Design Patterns tem muitas informações úteis, que você pode tentar replicar em código nos seus projetos.

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O ponto que eu sempre tento chegar quando estou aprendendo alguma coisa, é o estado de ser consciente daquilo que estou aprendendo. Ou seja, eu preciso entender como os elementos se comunicam, quais agentes existem, qual o papel de cada um, o que eles fazem... É realmente conseguir reduzir a grandeza de um objeto de estudo e guardar ele em cache na cabeça.

Uma consequência de estar nesse estado, é quando encontrar um erro, saber na hora aonde ele pode estar, ou o que pode ter causado. Acontece muito com iniciantes, não saberem resolver erros, porque eles pularam essa etapa, e o erro é como se estivesse falando outra língua para eles.

Agora cada um tem sua forma de chegar nesse estado, alguns preferem ler, outros escreverem, outros documentação, outros preferem ver código pronto, outros verem vídeos.

Eu encaro aprender algo novo como entrar em uma sala escura, pode literalmente ter qualquer coisa nela, assim como o que eu estou aprendendo pode ser algo simples, ou algo nível Harvard.

Então a primeira coisa a se fazer, é tatear, sentir o que te cerca, por o pé pra ver se tem algum buraco... É se orientar, saber aonde você está entrando, e iluminar o lugar mentalmente.

Isso se traduz pra mim, em ver vídeos. Toda vez antes de aprender algo, eu fico 1 mês, ou semanas vendo vídeos sobre, talvez podcasts se for um termo mais amplo. Isso se equivale a eu entender aonde eu estou entrando.

É preferível que oque você esteja aprendendo, seja o próximo passo natural dado o que você já sabe. Ex: se você sabe fazer API Rest, um próximo passo seria aprender mais a fundo sobre requisições HTTP, em vez de aprender sobre concorrência x paralelismo. Dessa forma você "aprende uma nova rua na sua cidade" em vez de ser teleportado pra outra cidade e ter que aprender tudo do zero. Fica aberto a interpretação.

Uma técnica de estudo que eu gosto, é de ler/ver um conteúdo denso sobre o assunto, e anotar TUDO o que eu tenho ALGUM potencial de esquecer.

Depois eu crio perguntas referentes e essas anotações, e respondo elas de dias em dias, como se fosse um prova de escola, usando as anotações como "gabarito".

Isso ajuda a grudar o conteúdo na cabeça.

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Eu gosto de estudar por documentação.

Acredito que eu consiga absorver melhor o conteúdo, mas sei que a forma de estudos varia entre cada pessoa, mas acho que tem um ponto em comum entre todos, a prática, eu tento sempre colocar em prática o que estou estudando/revisando, uma outra coisa que tenho feito com frequência ultimamente é criar snippets e comentar por cima de forma simples e resumida o que ele faz, salvo eles no meu Notion e de vez em quando me ajuda a dar uma refrescada na memória, isso tem me ajudado a fixar melhor o conteúdo. Estou fazendo isso tanto para conteúdos que ja sei quanto para conteúdos que estou estudando.

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Cada caso é um caso, o meu estilo de estudo é movido a pomodoro e prática, prefiro assim pois ao final do dia consigo ter uma base de quantas horas foram estudadas, quantos livros e artigos foram lidos, quantas horas pratiquei o inglês... até mesmo leituras aqui no TabNews eu utilizo o Pomofocus.

Eu tenho dificuldades em pegar uma documentação de primeira sem ver um vídeo a respeito, o que eu acho normal quando ainda não se tem muita experiência, e a algum tempo parei de anotar no caderno e só utilizo o Notion para fazer resumos e anotações, ele bem completo para mim.

Então no meu caso funciona esse estilo, consigo me manter motivado e consigo ir estudando, mas a recomendação é sempre ver o que melhor irá se adequar para você...

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Ótima pesquisa @Marley!

Eu estudo ONLINE da seguinte forma: Ouço ou percebo um tema novo, logo vou para o google pesquisar sobre este assunto (chamo isso de pesquisa superficial), me aprofundo em páginas que falam sobre este assunto, pesquiso em mais de 2 páginas diferentes para evitar erros de alguma forma, entendo o conceito e as nuances dele (chamo isso de entendimento superficial), agora é a parte da prática, o que mais gosto de fazer em seguida é procurar perguntas e respostas sobre aquele assunto para entender qual é a percepção da pessoa que criou aquele simulado e o que ela vê de mais importante neste conceito (isto é conhecido como estudo invertido).

Quando se trata do OFFLINE estudo assim: Por exemplo é um livro novo, leio o livro, anoto os pontos mais importantes durante a leitura, depois vou pesquisar vídeos sobre o assunto para sintetizar e de alguma forma aprender algo novo sobre este tema, as percepções das pessoas, experiências e além.

Uma outra coisa que sempre busco e acho importante são os fundamentos e falei sobre eles aqui Os Principais Fundamentos da Programação.

Tudo isso me ajuda a enxergar o que julgo mais importante nos meus estudos: O que o humano valoriza como importante é o que eu quero valorizar e aprender.

É importante dizer que essa é minha forma principal de estudar, mas volta e meia mesclo essa maneira com outras maneiras, como as que destaquei nesta minha publicação Como Aprender a Aprender.

Mais uma vez, excelente pesquisa Marley!!!

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Passo muita dificuldade com esse mesmo tópico, me distraio demais, mas estou focada para ano que vem ser melhor, comecei excluindo o Tik Tok.
Mas a forma que eu consigo realmente aprender é vendo, escrevendo e pondo em prática, mesmo a coisa mais simples.
Ontem estava finalizando a atualização do banco de dados original para a data warehouse e anotei cada passo, e os erros também. Quando cheguei na parte de passar para o Power BI, vi video aulas, procurei por minha conta certas coisas.
O mais importante para se manter focado é ir naquilo que você gosta e te interessa, infelizmente não sei como sentar e estudar com aquilo que não me interessa... Como na faculdade, passei um algoritmos, javascript, praticamente na primeira prova e acabei reprovando em Física I, mas sigo tentando ver onde vai dar.