Olá devs! Gostaria de saber mais sobre as escolhas de linguagem de programação que vocês fizeram em suas carreiras. Poderiam compartilhar suas razões para escolherem a linguagem que programam atualmente? O que influenciou sua decisão e quais benefícios específicos vocês encontraram ao trabalhar com essa linguagem?
Minha primeira linguagem foi BASIC. Porque ela vinha com o computador em um ROM de 8 KB. Não tinha sistema operacional ou outras ferramentas, era só a linguagem. Depois fui trocando de máquina e peguei dialetos diferentes.
A segunda foi Assembly porque com 2KB de RAM e apenas 3.58 Mhz tinha que usá-la para ter eficiência.
Estudei várias outras, mas trabalhei mesmo depois só com dBase III e Clipper, que foi a linguagem que ficou pra sempre na minha vida. Na época era disparado a linguagem mais usada para sistemas administrativos no Brasil. Ainda uso hoje o Harbour que é o Clipper da comunidade. Atende muito bem e é melhor em vários aspectos do que as linguagens da moda. Claro que tem algumas desvantagens, em geral ligadas ao fato de não ter uma grande comunidade.
Nessa época usava C para fazer funções adicionais para integrar com o Clipper.
Quando surgiu a internet, primeiro fui para Perl para fazer meus scripts de formulário e coisas bobas. Depois fui para PHP e comecei fazer algumas coisas simples em JS. Era o que tinha de melhor e fácil para fazer sites.
Tentei alguma coisa com C++, mas não era necessário. Foi gosto.
Sempre estudei muito sobre linguagens (não só aprender a usá-las) e compiladores (cheguei a fazer um falso em BASIC quando eu tinha uns 14/15 anos).
Brinquei com várias outras, mas trabalhar mesmo, adotei C#.
No começo foi um pouco gosto, dentro de alguns parâmetros que sempre olho. Mas hoje tenho mais motivos para adotá-la. Com um conhecimento bastante sólido em computação e experiência de 40 anos mexendo com dev, considero que C# reúne as características mais desejáveis do que sempre quis, e principalmente por ver uma melhora em cada versão bastante interessante, algo que não vejo com mesma velocidade e qualidade em outras linguagens.
No começo eu gostava do C#, mas não do .NET, mas isso tem mudado rápido. Ainda tem deficiências do .NET quando se compara com algo feito em C++ ou Rust, mas está chegando mais perto dando muito mais facilidade.
A linguagem é bem expressiva, evita boilerplate, tem regras claras em quase todos os casos, decisões inteligentes e sensatas, exceto as coisas que foram copiadas do Java. Além de uma eficiência surpreendente. Ultimamente ela tem melhorado para a experiência ser mais próxima de linguagens de script.
Ela não é perfeita, a minha linguagem dos sonhos não existe, mas entre as que existem é a que me agrada mais.
C# roda praticamente onde você quiser de servidores e nuvens de todo tipo, até mesmo "serverless", desktop, mobile, web (incluindo no browser) e várias outras plataformas, até em alguns DBs, permitindo fazer todo tipo de sistema (já fizeram até sistema operacional, mesmo não sendo adequada para isso), de aplicações LOBs até jogos, passando por IA e websites de alto tráfego.
É difícil você estar mal servido com C# e mesmo que ache algo que atenda melhor, atende só em um aspecto e não nos outros que a linguagem é capaz. A única linguagem que eu vejo como mais de propósito geral que ela é C++, mas ela é bem difícil de usar e isso a tira do páreo na maioria dos projetos.
As outras linguagens atendem bem um ou outro nicho, em projetos menores, que exigem menos, e que na prática meio que poderia ser qualquer coisa.
Apesar de tudo isso, eu admito que a linguagem me agrada subjetivamente também, e isso conta.
Nem falei de todo o ecossistema, que é ótimo, ainda que não o melhor que existe.
Faz sentido para você?
Espero ter ajudado e que faça bom proveito com isso. Qualquer coisa, peça mais informações para atingir o objetivo desejado.
Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).
Dados para consumo :D :
| Linguagem | Motivador | Benefícios |
|---|---|---|
| Visual Basic 6 | Todas as vagas perto do ano 2000 eram para ASP+VB6+SQL | Consegui um estágio e me colocou dentro do mercado financeiro (onde estou até hoje) |
| C# | VB6 começou a virar legado e .Net era a moda perto de 2001/2 | Consegui sair de uma consultoria e virei funcionário de uma grande instituição financeira |
| Java | A empresa onde estava na ocasião fez um projeto integração com uma empresa internacional e Java era a lei por lá | Me abriu o caminho para uma carreira de liderança (Tech Lead e Gerente) |
| Python | Uma iniciativa para uma arquitetura de Analytics moderna que decidimos usar PySpark | Participação em congresso nos EUA e ser um "embaixador" desta tecnologia dentro da empresa |
Obrigado por me dar os dados todos organizadinhos, ajuda bastante :). Você daria alguma dica para um iniciante que vai aprender uma linguagem?
(É para uma parte da pesquisa)
Escrevi e reescrevi esta lista umas 10 vezes :D !
Vamos lá :
Ah! posta o link do vídeo quando sair ;)
Clipper Summer estavam ensinando gratuitamente.
C era o que ensinavam na aula de eletrônica.
Pascal eram o que ensinavam no colegial técnico, naturalmente fui para Delphi.
Visual Basic porque era o rival do Delphi e então pediam muito as duas no mercado, também porque havia um aplicativo no MS-DOS chamado QBasic, eu brincava muito nele, então naturalmente fui para o Visual Basic.
Java e .net (C# ou Visual Basic) por causa da faculdade.
Excel e MS Access, por causa do emprego.
Java, JSP, HTML, jQuery, MySQL etc por causa do emprego.
Oracle, por causa do emprego.
Escolhi java, tive contato na faculdade, e pesquisando por fora me interessou demais aprender mais, mesmo estudando JavaScript, python, entre outras, Java virou minha queridinha
por sorte é a linguagem que trabalho atualmente
O C# me escolheu. Eu trabalhava de suporte e a empresa windows forms e web forms com c#, então para conseguir uma oportunidade na empresa fui estudar c# e hoje gosto muito da linguagem.
Tem outras linguagens que conheço e elas também me escolheram, pois se tem b.o e não tinha quem resolver eu pegava para fazer, programo até em ASP Clássico quando precisa rsrs.
Eu gosto de programar não me importo muito com a linguagem, obviamente tenho preferencias (no caso o c#), mas fico feliz de resolver os problemas independente da linguagem.
Comecei com Visual Basic no curso técnico, depois Pascal e Delphi na faculdade e também no trabalho.
Hoje aqui na nossa empresa usamos como base Python pela segurança, maturidade, diversidade de uso. Tanto em backend principal quanto em rotinas de manutenção/backup do BD e arquivos. Fora que começamos a usar IA nos nossos sistemas e Python é ótimo pra isso. Usamos JS só no front. Se fosse migrar para outra linguagem seria Elixir ou Go, pois apesar do hype do Typescript/JS não vejo este bem estruturado no longo prazo e já vi muita gente reclamando disso.
Vale ressaltar que várias bibliotecas Python usam C/C++ e até Rust mais recentemente.
Linguagem é um detalhe apenas, no final das contas o que importa é resolver um problema e gerar valor para os clientes.
Minha primeira linguagem foi Python.
História:
Vi um professor na faculdade usando programação pra concertar um gráfico em um pdf, quando questionado ele falou que era python, uma linguagem de programação. Desde esse dia fiquei curioso sobre programação e começei pesquisar sobre, até que encontrei o curso de Python do Guanabara e daí pra frente fui me aprofundando no mundo da programação.
Hoje em dia já estudo programação há uns 14 meses. Parei com python depois de uns 2 meses e atualmente uso js/ts.
PS: estou em dúvida se sigo pro front, back ou mobile (mobile vencendo até o momento).
Escolhi primeiro Python por eu estar vindo estudando a área de dados (Excel, Power BI, Power Query, etc) e por ter uma curva de aprendizado menor. Ao notar que a área exige grandes conhecimentos científicos/acadêmicos, eu viveria com a síndrome do impostor até ter um mestrado e às vezes até depois. Mas gostei muito da facilidade de se programar algo lá, inclusive automatizei coisas do meu trabalho que me permitiu estudar ainda mais de forma remunerada (mesmo fora da área).
Por isso, migrei para Java que resolvia uma coisa do Python: a verbosidade esparsa. O fato de Python ser fracamente tipado traz a possibilidade de muito código bagunçado, o que o Java resolve automaticamente por obrigar a tipagem forte (ou seja, é mais fácil entender qualquer código visto por aí, às vezes até feito por leigos).
Por último, para me obrigar a ir para Javascript (odeio ela por ser modinha), comecei a faculdade, no fim, chamo de "a tríade do Frontend" ou "tríade da internet" que é basicamente JS, HTML e CSS, um requisito para todos entenderem caso queiram ter um pouco mais de controle e conhecimento de como as coisas funcionam no dia-a-dia já que é a linguagem dos próprios navegadores. E o que não é feito em JS na internet, é compilado para ele.
Escolhi javascript ser uma linguagem que esta em quase tudo!
Quase tudo que você quiser fazer vao ter javascript lá.
Com node ou puro ou com outra coisa.
Ou seja, da pra começar projetos para qualquer coisa
ver se o projeto rede dinheiro e gente e só depois se precisar mudar pra
uma linguagem mais especifica!
Escolhi HTML, CSS Javascript, pois são linguagens que você vai em qualquer site e elas provavelmente estarão lá, então deve ter uma abundancia de conteudo que me fará aprender melhor e usar o que aprendi estudando a estudar para aprender outras linguagens :)
C e C++ porque aprendi na faculdade.
Python e Javascript porque utilizo no trabalho.
Kotlin, Rust e Assembly pra projetos pessoais.
Olá FelipePoter e Devs! É tentador pensar que uma única linguagem pode ser a solução de toda uma carreira, certo? Muitos, seduzidos pelo brilho de linguagens populares, como o JavaScript hoje ou o Java ontem, podem até pensar que sua jornada de programação se resumirá a ela.
Mas, uma rápida olhada no post e você perceberá que a maioria de nós flertou com várias linguagens ao longo da carreira. Por quê? Porque cada projeto, cada desafio, muitas vezes pede algo diferente. Mesmo que hoje você acredite que uma única linguagem é suficiente, acredite, um novo dia virá, trazendo consigo novos desafios.
Para a questão "Por que você escolheu a linguagem de programação que usa atualmente?" A resposta, para muitos, é simples, objtiva e pragmática: na maioria das vezes, é o que o projeto de trabalho utiliza. Ao longo da carreira, um desenvolvedor vai se ver "obrigado" a aprender e adotar novas linguagens e paradigmas.
A escolha de uma linguagem, muitas vezes, se dá pela busca da ferramenta certa para a tarefa em mãos. As diferentes linguagens existem por diversas razões. Se a aplicação vai rodar em um navegador, o JavaScript é a escolha. Para tarefas de automação simples, Python em muitos casos é imbatível, mas Bash e Powershell podem ser bem mais úteis em alguns cenários. Já quando o desempenho é inegociável C, C++ e Rust são as opções.
No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, Java era o gigante da programação, atraindo desenvolvedores com sua promessa de "Write Once, Run Anywhere" - isso não é piada - e era ferramenta certa para criar aplicações de interfaces gráficas portavéis.
PHP ganhou destaque a partir dos anos 2000 com a emergência da pilha LAMP e uma solução totalmente aberta e gratuita para criar plataformas web robustas. Talvez neste periódo era a ferramenta 'certa' para aplicações backend. Logo depois o Ruby on Rails tomoando este titulo e fazendo a popularidade do Ruby disparar.
Hoje, com muitas linguagens e soluções adequadas para a maioria dos backends web, tanto PHP quanto Ruby têm visto uma diminuição em grande em adoção, enquanto o JavaScript segue se solidificando, a medida enquanto a web se consolida como a ferramenta padrão para interface entre humanos e sistemas digitais.
C#, Java e Go em muitos aspectos, são de certa forma muito similares. São versáteis e poderosas, projetadas com o objetivo em comum de maximizar a experiência de desenvolvimento enquanto sacrificam o mínimo possível de desempenho. Contudo, cada uma tem suas peculiaridades e curisodidades historicas, vale conhecer um pocuo de cada uma, isso vai necessariamente te tornar um desenvolvedor melhor.
Quando linguagens possuem funcionalidades similares e ambas são igualmente boas para resolver o seu problema, a decisão geralmente é baseada na familiaridade do time com a ferramenta, na facilidade de contratar ou ser contratado para trabalhar com ela, e na disponibilidade de bibliotecas e ferramentas de suporte que podem te auxiliar. Considerando o desenvolvimento web, estes fatores justificam a popularidade do JavaScript, impulsionado por tecnologias como TypeScript e Node, no backend.
Além do exemplo do JavaScript na web, no campo de análise de dados, ainda que o Python possa não ser tecnicamente a melhor opção em muitos aspectos, ele frequentemente vai ser o escolhido por conta da vasta quantidade de bibliotecas e modelos disponíveis.
Em conclusão, ainda que às vezes os desenvolvedores escolham uma linguagem por paixão ou curiosidade, na prática, muitas vezes - mesmo quando pensamos que não - a decisão é influenciada por fatores externos.
Entrei no curso de ciência da computação sem saber programar, minha introdução à programação foi com C no primeiro semetre. No segundo aprendi Java. Durante os muitos anos de curso vi algumas outras linguagens em algumas disciplinas, mas nada que teve qualquer impacto na minha carreira. Com exceção de PL-SQL.
Como um aficionado por música eletrônica, tinha o sonho de trabalhar com processamento de áudio digital em tempo real. Assim, me vi atraído a me dedicar ao C++, a linguagem que domina a área. Quando finalmente consegui uma oportunidade de ouro para trabalhar com C++ e processamento de áudio digital, compreendi que era sensato separar o hobby da carreira.
E procurei por uma opção que me permitisse ter um bom trabalho que me permitisse dedicar tempo e dinheiro a outras atividades. Assim, enquanto a web se solidificava, consegui um estágio em Node e React, juntamente com Mongo e abracei o JavaScript no auge do MERN stack. Além do stack web, Python entrou em cena, sendo um aliado na automatização de tarefas rotineiras e em ciência de dados.
Após a graduação, a construção de aplicações web sob encomenta era minha rotina. Devido a familiaridade experimentei Java no backend, arrisquei com Python e me frustei com C++. Mas, minha insatisfação era constante. Após me frustrar com todas as ferramentas que conhecia para construir backends web, senti que precisava aprender algo novo.
Considerei Go, C# e até OCaml. Optei por Go, devido a sua simplicidade. Iria aprender uma nova linguagem para um projeto com contrato já assinado e prazo justo. No entanto, grande parte da aplicação estaria ou no cliente, feito em JavaScript com Vue, ou diretamente no banco de dados em Postgres e talvez justamente por isso o Go era a ferramenta mais adequado. Depois de trabalhar diariamente por alguns meses com Go, fiquei encantado com a linguagem.
Atualmente, trabalho com software aeronáutico, um domínio que exige extrema precisão. Aqui, a escolha da linguagem é determinada por regulamentos e precisa garantir que saibamos, de forma estática, todos os recursos que nosso programa vai consumir, tanto em termos de memória, uso de CPU, quanto de banda e IO. Isso limita bastante as opções.
A jornada até aqui me mostrou a importância da adaptabilidade. Minhas escolhas 'linguísticas' foram moldadas pelas necessidades técnicas, pelo mercado e pelo desejo de evolução. A programação, para mim, tornou-se uma arte de escolher a ferramenta certa para cada capítulo da minha carreira. E que venham as próximos linguagens!
Minha primeira linguagem foi C por indicação de um amigo que já estudava programação. Um dia vi ele escrevendo uns códigos e indaguei ele sobre o que era aquilo, aí ele me explicou que era programação, e me deu um livro de C e um executável do Notepad++ em um pendrive. Zerei todo aquele livro e aprendi tudo que conseguia de C. Hoje vejo que fiz uma ótima escolha, porque estou na faculdade de Ciência da Computação e, nos semestres inicias, a linguagem que domina é o C. Enquanto muita gente que vinha de outras linguagens de mais alto nível (inclusive pessoas que nunca tinham programado na vida) se matavam pra aprender o troço do C, eu estou de boa e uso isso pra tentar ajudar essas pessoas.
Porém, nem só de uma linguagem vive o programador. Aprendi mais tarde que você NUNCA deve tratar uma linguagem como especial ou querer resolver todos os problemas na sua linguagem favorita. Afinal, linguagens são ferramentas. Um martelo só serve para martelar, você não espera conseguir apertar um parafuso com uma makita.
Por conta disso, hoje estou estudando linguagens de mais alto nível como Python e Java Script. Isso por conta da necessidade do mercado nessas tecnologias e também pelo fato de muitos projetos de extensão na faculdade serem relacionados a uma dessas tecnologias.
"Ah, mas Java Script é modinha
"Ah, Python é simples demais
Já ouvi muitas coisas desse tipo. Mas como eu disse, linguagens são somente ferramentas, e você deve escolher aquela(s) que melhor resolve o seu problema.
Vou escrever aqui porque eu estou trocando Nodejs por Golang.
Além de já querer aprender Golang a um tempo, eu estava tendo problemas de performance com o Node, com ele usando 7 GIGABYTES de memória ram tentando carregar um json de 4 gb (sim, eu usei streams), eu precisava salvar isso no banco de dados, e o node simplesmente consumia memória igual maluco, e não existia nenhum memory leak, eu observei o uso e o heap não passava de 20mb, enquanto o rss só subia, subia e subia (e o Node não liberava a memória que o meu código não usava, mesmo após o garbage collector pegar, porquê???)
Ao aprender o básico sobre Go, que tem muitas semelhanças com javascript, eu percebi como Golang gerencia a memória tão mais eficiente que o Node. Um webserver simples em Go consome cerca de 10mb de ram, em comparação, esse mesmo webserver em node consome cerca de 60mb.
Inclusive, meu programa em Go que carrega o JSON gigante tá consumindo cerca de 150 MB, isso porque resolvi processar uma quantidade gigantesca por vez. Fora a extrema velocidade do Go, também é muito simples e tem uma curva de aprendizado muito tranquila, definitivamente minha nova linguagem preferida para backend. Usarei em mais projetos