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PJ não pode usar MEI para programação.

Já vi muitos dev utilizando o MEI para começar como PJ. Mas issonpode ae tornar um grande problema pois a atividade de programação, e aliás, muitas atividades de criação intelectual não se enquadram no MEI. Muitos pensam que edição de lista de dados ou até instrutor de informática podem ser utilizados para isso, mas não, podem na verdade desencadear multas altíssimas se forem detectados. Além do mais temos o teto do MEI de 81k anuais que nao comportaria o salário de um dev junior ou pleno.

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vc está certíssimo até o momento que cita o teto e diz que não comprota salario de junior e pleno. meus questionamentos abaixo não são quanto ao regime escolhido e sim a questão de "faixa salarial".

Mei não pode ser programador (ponto)!

da mesma forma que mei não pode ser programador, PJ não pode ser comparado com "salário", PJ é prestador de serviço e ele cobra o que quer, PJ tbm não tem nível de senioridade, é a PJ que define o preço que quer cobrar, e o cliente consumidor do serviço seja ele uma demanda espeficica ou a alocação de um recurso humano para atuar em determinada disponibilidade que decide pagar o que foi solicitado.

dito isso vem meus questionamentos sobre a suposta comparação "salarial" vs o limite de 81k.

81000 / 12 = 6750 mês

trabalho na area a mais de 15 anos, já sou sênior e nunca tive salario de 6k como pleno e muito menos como junior.

ja tive sim projetos de 6k, 10k, 30k, 80k, através da minha empresa (não sou mei) nestes níveis de senioridade mas são projetos e não recorrencia mensal é muito diferente "salário" afinal MEI e PJ não é salário é prestação de serviço, de projeto, vejo muita gente falando que fatura mensalmente 10k, e na vdd são projetos que tem parcelas e num recorte de tempo isso é real, mas não é recorrente.

digamos que vc é um PJ que se vende como CLT sênior com valor hora de 100 reais em 160h mensais isso equivale a 16.000 mensais o que da 192.000 ano.

um pleno seria um pouco mais que a metade disso? digamos que seja 2/3 do senior? da 128.000 ano, media de 10.666 o que é muito questionável.

um junior vamos seguir colocar metade de um pleno? aproximadamente 64k anual, 5.333 mensais, ou seja, o teto de 81000 seria suficiente embora fora do enquadramento correto.

de verdade, me falem que empresas são essas que paga isso pra esse perfil de profissional pq eu preciso rever minhas escolhas. acho que vou começar mandar currículo pra júnior e pleno, porque nesse salário de guru que eu vejo as pessoas comentando... prefiro reduzir responsabilidade e ganhar mais por isso kkk

tenho contato com muitos empresarios e isso não ta nem perto da realidade, infelizmente, dúvido que tenha empresas wue paguem isso? de modo algum, tem assistente de elevador/copa em Brasília que ganha salários exorbitantes tambem totalmente fora da categoria, mas isso é o padrão de mercado? não é.

me deu uma ideia de micro sass de pesquisa salarial.

a pessoa coloca o cargo, linguagens principais, empresa, anexa um comprovante de recebimento seja holerite no caso de CLT, ou nota fiscal no caso de PJ. uma AI identifica e classifica as empresas e cargos e teremos dados reais de mercado.

além disso teria uma curadoria para verificar que o Mei/Pj na verdade é apenas 1 individuo para não pegar espertalhoes que tem fábrica de software com varios desenvolvedores na equipe e vem posar que fatura 100k por mês e paga uma folha de 70-80k o que na real sobra pra ele margem de 20%-30% e acaba iludindo um monte de gente achando um uma pessoa sozinha da conta de projetos de 100k por mês.

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É muito bom ver que ainda existem pessoas que enxergam o PJ na nossa área como sendo uma empresa de verdade, com clientes, definição de preços, contratos e etc.

A maior parte do que vejo falando sobre PJ na nossa área é a famosa PJotização, a pessoa que tem um CNPJ mas tem todas as obrigações de um CLT (chefe, local e horários fixos, fidelidade universal...). Eu já vi até um PJ sendo obrigado a usar o uniforme e crachá da empresa sem qualquer distinção dos demais funcionários CLT.

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Empresas que trabalham neste modelo e querem um funcionário PJ é indicador de furada, contrato de exclusividade é mais caro kkkk Contratou PJ tem que estar ciente que vc (contratante) é só mais um cliente do PJ.

PJotização é uma relação bem complexa para os 2 lados.

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Voce tem razão. O argumento que usei quanto a valores já deve ser desconsiderado depois do primeiro, pois DEV não pode ser MEI. Porem, a minha empresa mesmo contrata serviços de PJ que acabam faturando proximo aos 20k, claro, não são todos, depende da quantidade de produção que ele entrega e do nivel de conhecimento, mas ainda assim, quase todos os nossos devs são contratados CLT.

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Quando vc pega um especialista ou um cara realmente bom, que o resultado que ele entrega condiz com o valor que ele entrega e que vc fatura... o céu é o limite... mas esses casos são a exceção, o problema é que tem muito guru por aí falando de excessão como se fosse o comum.

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Legalmente sim, mas é o que acontece, inclusive, não só na nossa área. Já vi muitas lojas que vendem até bem, tem mais de um funcionário, já tem alguns anos e são MEI.

Muitos designers, programadores, técnicos de informática fazem isso, pelo menos até terem a certeza que conseguem subir para ME e arcar com os custos, que não são poucos, de tributos, contabilidade obrigatória, certificado digital, alvará etc.

Aí surgem os mais variados cnaes, desde manutenção de computadores, apoio administrativo, edição de produtos gráficos, até mesmo treinamento.

Entendo que estão errados perante a lei e a multa existe, mas não os julgo e nunca vi ninguém ser multado. Até porquê a receita não fica de olho em peixe pequeno, não tem como. Já pensou a quantidade de MEI que existe no país, nunca terão efetivo suficiente para acompanhar cada CNPJ. E por isso há muitos que até se enquadram como atividade aceita no MEI, estouram bastante o limite anual, como não precisam fazer nota... Acaba não dando em nada.

Como que um programador que está iniciando a carreira, contrata um contador e gera os demais custos que foram citados sem a garantia que vai ter serviço para poder pagar tudo isso. E ainda gerar uma darf pra pagar com mais de 15% do valor do serviço. É bem pesado para quem não tem clientes recorrentes.

Então você está certo na colocação, infelizmente programador não pode ser MEI. Mais uma vez percebe-se como o estado força as pessoas para a ilegalidade, enquanto poderia facilitar a vida de quem quer fazer a coisa certa. A piscina tá quentinha pra quem caminha pelo errado.

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Até porquê a receita não fica de olho em peixe pequeno, não tem como. Já pensou a quantidade de MEI que existe no país, nunca terão efetivo suficiente para acompanhar cada CNPJ. E por isso há muitos que até se enquadram como atividade aceita no MEI, estouram bastante o limite anual, como não precisam fazer nota... Acaba não dando em nada.

Não é tão simples, como estão recebendo de CNPJ são obrigados a emitir nota, não é opcional, até por que, quem paga precisa prestar contas. Agora pense, estou com CNAE de Lista de DAdos que é o mais comum nisso, e faturo todo mes para uma empresa de desenvolvimento de software. Claro que a RF sabe muito bem, atualmente eles sabem de tudo, até de PF, o que ocorre é que provavelmente, realmente, eles não estão preocupados agora com isso, porém, uma vez feito, nunca vai expirar, isso vai estar registrado e se um dia forem ver, encontrão.

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Disse tudo.

A questão que fica para o trabalhador é:

Não consigo emprego CLT pq a empresa não quer bancar os custos extras de CLT.
Não consigo emprego PJ, pq o custo de abrir e manter uma empresa não vai me deixar lucro o suficiente ao ponto de ser competitivo.

O trabalhador brasileiro não tem paz... então ele vai se formalizando aos poucos até conseguir chegar num patamar de estabilidade... não está 100% correto, mas também não está 100% errado.

Se a pessoa está subindo degrau a degrau, todo mundo ta ganhando, empresa, trabalhador e governo.

Agora se a pessoa ta com faturamento de Empresa, tem funcionário e tudo mais e ainda ta como MEI, esse cara ta atrapalhando todo o ecossitema, seja ele justo, moral ou não.

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É aquela máxima né, "Nem tudo que é moral é legal, e nem tudo que é legal é moral". É o que temos mais visto neste país.

Não é fácil manter uma empresa, principalmente nos primeiros meses. Quem se aventura no mundo de empreendedor sem ter criado uma carteira de clientes informalmente como PF ou MEI, acaba pagando para trabalhar.

As pessoas que eu já vi se aventurarem como ME direto quebraram e pediram falência para não se endividarem mais.

Quando se coloca muito empecilho, você não arrecada mais impostos. Na verdade acontece o contrário, as pessoas passam para a ilegalidade.