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TikTok lança ferramenta que imita rede social BeReal

Alguns meses atrás me deparei com noticias de uma nova rede social que funciona de uma maneira um tanto quanto diferente. Enquanto as outras redes sociais estão cada vez mais entregando conteúdos engessados, que distoam e muito da realidade, a BeReal tinha uma proposta totalmente contrária e que eu cheguei a desacreditar, no início.

Pelo que me lembro ter lido na época, ele funcionava assim:

O aplicativo enviava um alerta para o celular dos usuários em um horário aleatório e eles teriam que registrar o que estivessem fazendo naquele momento e postar num intervalo de 2 minutos, se minha memória não falha. Fora desses intervalos de tempo não seria possível postar nada. Na época até baixei o app mas acabei esquecendo de criar um perfil, até enfim desinstalá-lo do celular.

Até que hoje, vendo meu feed do tiktok acabei me deparando com um anúncio me chamando para testar o TikTok Now, uma nova ferramenta que é o BeReal "cag*do e cuspido. Também não baixei o app (ao menos não ainda). Mas achei interessante a decisão do TIkTok de fazer basicamente o que todas as outras grandes redes sociais já vinham fazendo há anos, que é copiar o seu concorrente.

Twitter tem o Spaces, o Spotify tem o Green House, ambas alternativas ao ClubHouse que viralizou ano passado e desde então nunca mais ouvi falar.

A Meta então, nem se fala. Foi a primeira a adotar e popularizar essas práticas quando não conseguiu comprar o Snapchat e lançou os Stories, o mesmo com o mais recente Reels que copia o TikTok. Ainda tivemos o Youtube com o Shorts, e praticamente todas as outras redes sociais existentes, das conhecidas às mais desconhecidas, adotando o formato de videos do tiktok, fenômeno que começou a ser chamado de "tiktokzação" das coisas.

Enfim, essa discussão já é antiga mas acho interessante trazê-la à tona novamente. O quanto vocês acham que essas práticas podem impactar o avanço das tecnologias de midias sociais? Se os "grandões" sempre podem adquirir uma empresa nova no ramo, ou simplesmente copiar a função mais popular do concorrente ou até o seu formato inteiro de interação na plataforma?

Só consigo me lembrar de uma rede social que conseguiu vencer esse sistema e continuar mais popular que os concorrentes, que é justamente o TikTok. Snapchat, Clubhouse, e possivelmente agora o BeReal, que surgiram antes como redes alternativas e foram copiados, acabaram no esquecimento. É mais fácil para o usuário adotar uma nova função na rede social que ele já utiliza que baixar um novo app e começar tudo do zero.

Adotando essa prática, já podemos esperar que o TikTok se assemelhe mais e mais à Meta, e possivelmente ocupando sua posição de "A gigante das midias sociais" que esmaga qualquer chance de outra alternativa aos seus serviços surgir? Lembrando que eles já usaram a carta de "reverse" e copiaram os Stories do Instagram.

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Todas as redes sociais, infelizmente, viraram meios de promoção de conteúdo, perdendo a essência de ser um ambiente onde compartilhavamos nossa vida com nossos amigos. A coisa ficou profissional e, me parece, que as pessoas vivem em torno disso o tempo todo. Acredito que o JOMO, bem como sites descentralizados como o TabNews, sejam uma alternativa saudável a toda essa alienação. Cuidem da saúde mental de vocês.

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Realmente, é muita informação e ruído de todos os lados, parece que ninguém é de verdade, basta ver as maiores influencers de hoje planejando até "foto fofinha do bebê" com hora marcada pra gerar engajamento.
Vc citou JOMO, não sabia o que era, mas pelo que li pareceu-me interessante e vou pesquisar mais a fundo.

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realmente, uma desintoxicação tecnologica é essencial, eu sofro muito problema com procrastinação ou desvio de atenção aos estudos com instagram..., e o instagram ultimamente vem morrendo aos poucos, pode reparar no exagero de anuncios no meio das publicações forçando a plataforma a arrecadar mais dinheiro e se matando mais rapido ainda...

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Sofro os mesmos problemas, só mudam as redes. Uma coisa que já fiz e deu certo foi deixar esses apps ocultos, pra acessar apenas com senha. Quando procuro e não acho me dou conta de que estava fazendo de forma quase que inconsciente, e quando acostumo a desbloquear eles pra poder acessar, então desinstalo por um tempo.

Isso ajuda um pouco.

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Vale a pena utilizar aplicativos de controle do tempo de tela. Uso o StayFree e ele tem opção de definir um limite de horas diárias para os aplicativos que você selecionar.

O StayFree também te dá bastante dados sobre seu tempo de uso, envia relatórios semanais via notificação e tudo mais.

Hoje em dia eu uso um tempo limite de 5 minutos diários no Insta, basicamente só pra coisas rápidas mesmo, tipo ver o vídeo que alguém importante te marcou ou algo do tipo. Navegar no Instagram, nunca mais. Recomendo a todos seguirem rumo a uma vida sem redes sociais como essas.

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Eu já testei alguns apps, mas não comhecia este. No tiktok eu utilizo um recurso nativo do próprio app e limito as notificações que recebo dos restantes, além de deixar eles ocultados pra dificultar o processo de achar eles e abrir sem nem perceber.

Vou dar uma olhada no Stayfree.

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Fugindo do contexto saúde, porque está claro que redes sociais nos consomem. Focando na tecnologia e na economia...

Do meu ponto de vista, sempre haverá inovação no meio social virtual. E como você mencionou, os grandes players continuaram absorvendo empresas pequenas que encontram espaço em nichos com potencial.

Analogia 1

Pensemos que somos uma das gigante de tecnologia, a formiga é uma empresa pequena e o açúcar é a representação de um mercado não explorado:

Seria muito difícil de perceber que um grão de açúcar foi roubado do açucareiro por uma formiga. Mas se do dia para noite todo açúcar desaparecesse seria difícil, não notar.

Quanto ao fato de copiar serviços de outras plataformas e ter maior aceitação, me parece que está relacionado ao volume de usuários e a confiança desenvolvida.

Analogia 2

Se um vendedor que possui 100 clientes fidelizados, decidir apresentar um novo produto e este produto apresentar uma aceitação de 30% de seus fregueses ele terá garantido a venda para 30 clientes.
Por outro lado, se um vendedor iniciante, que não possui nenhum cliente, decidir vender o mesmo produto, com uma aceitação de 30% de seus fregueses, qual será a venda?

Para elaborar ainda mais a analogia: o vendedor experiente possui 15 outros produtos em seu catálogo, isto é, se o produto novo não vender bem ele não será prejudicado. Já o vendedor inciante iniciante está começando sua jornada com o produto novo. Qual tem mais chances de se sair bem, diante de um produto inovador?

Por fim, acho que quanto maior se torna uma plataforma, mais difícil se torna para ela se sustentar. Me refiro se sustentar não no aspecto econômico, mas sim no quesito qualidade dos produtos oferecidos.

O outro lado do risco...

Se o vendedor iniciante consegui vender o único produto que possui, ele pode dedicar mais tempo ao cliente e consolidar o relacionamento, então construído. Diferente do vendedor com mais produtos, pois este precisa se empenhar em oferecer todo o catálogo para todos os clientes, depois diso resta pouco tempo para melhorar o relacionamento com os fregueses.

Assumindo que BeReal é o vendedor iniciante e o TikTok o vendedor experiente.

Vejo aqui, oportunidade. Sejamos vendedores iniciantes!