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Engenheiro Civil -> Engenheiro de Software

Olá a todos. Sou Engenheiro Civil de formação e hoje tenho uma empresa (fora da área) mas paquerando migrar para a área de programação. Já há uns 2 anos estudando programação (backend e frontend) e cada vez mais tendo essa vontade de migrar. Pensando nisto, me surgiram as seguintes dúvidas:

Seria possível com uma especialização me tornar Engenheiro de Software não tendo cursado bacharelado na área de sistemas/computação?

Existe alguma outra opção sem demandar cursar toda uma graduação de 4 anos para poder agregar ao currículo?

Um programador sem a faculdade ou se for o caso, com um curso tecnólogo em ADS é mal visto pelo mercado?

Aceito sugestões de o que seria a melhor escolha para alguém na minha situação.

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Qualquer pessoa pode criar códigos e se dizer programador. Alguns se dedicarão tanto, ficarão bons o suficiente para poder dizer adequadamente que é um desenvolvedor de software.

Para conseguir ser bom, uma das formas é fazer um curso superior de qualidade. Tem pessoas que conseguem sem ele, tem pessoas que não ligam em não ser bom, até porque tem vagas para todo mundo.

Qualquer um pode se chamar informalmente de engenheiro de software, mas usar o título formalmente só com registro no CREA.

Eu já tentei achar maiores informações sobre o assunto e parece ser uma caixa preta. Você talvez tenha acesso direto por já ter o registro no CREA.

Eu acho que seria um absurdo que desse o direito de uso com qualquer registro sem nenhum crivo, mas como eu sei que a regulamentação foi feita só para constar e não vale de fato, então não me surpreenderia. O normal seria exigir a formação completa, não só a especialização.

Especializações quase invariavelmente são caça-níqueis, até mesmo das melhores instituições, não formam ninguém.

Sem entrar muito na discussão sobre regulamentação, que eu cansei de falar, porque atrai discussões sem base de todos os lados, mas ela deveria ser diferente.

Pra ser bem sincero, eu me preocuparia em me formar bem, se é com ou sem curso superior não tem a menor importância, e qual título vai usar também.

Algumas pessoas precisam do curso superior para alcançar um bom nível qualitativo. Pense se é seu caso.

Não vou dizer do seu caso, você já fez um, dá para entender não querer fazer outro, mas quase todo mundo que desdenha do curso superior costuma ser quem precisa dele, pelo menos um bom, um ruim ninguém merece.

Cada vez eu acho os cursos de quase todo tipo, antes eram só a maioria dos livres, como ruins, porque eles estão marketeiros, estão no ramo de agradar o aluno em vez de formá-lo como precisa. Até mesmo cursos de instituições públicas já fazem isso em algum nível, ainda que menor.

O mercado quer quem saiba o que está fazendo. As melhores vagas principalmente. O mercado gosta de quem prova ser capaz. Só emprego público e alguns malucos exigem diploma, mesmo assim tem caso que até de direito tá valendo (por incrível que pareça faz algum sentido, mas muita gente não consegue perceber isso).

Desenvolvedores de software são solucionadores de problemas. Se preocupe em fazer isso muito bem, e depois saber fazer isso escrevendo códigos para o computador entender. O diferencial hoje é ser competente, simples assim, quanto melhor, mais chance em vagas melhores.

Farei algo que muitos pedem para aprender programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Muito obrigado pela contribuição! Vou procurar junto ao CREA informações sobre os requisitos para inclusão do título de Engenheiro de Software no meu CREA. Com certeza, focar nos estudos e melhorias de skills pra mim é prioridade, mas seja por capricho ou não, o título deve ser importante para o currículo.

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fala Rafael,

Não acredito que seja mal visto. Eu acho que faculdade pode te abrir portas, gerar network e aprender coisas de base. Se tiver oportunidade, é sempre valido.

Eu fiz migração de carreira depois dos 30 e nao fiz faculdade de TI (tinha feito faculdade de Administração). Nas entrevistas que eu fui nunca senti que isso é um problema. Para o mercado, se conseguir demonstrar que sabe resolver os desafios técnicos (ou tiver experiência) é o que mais importa.

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Muito bom ter um relato de alguém que trilhou por um lado semelhante ao que pretendo. Acho que vou continuar focando em aprender e deixar o plano do certificado mais pra frente e decidir depois.

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Oi Rafael.
Eu posso te dizer que o diretor executivo de tecnologia do Itaú (Ricardo Guerra) é formado em Engenharia Civil. Também, tem um diretor de tecnologia brilhante com responsabilidades e entregas super importantes chamado Estevão Lasanha que também é formado em Engenharia Civil.
Então, claro, é perfeitamente possível.
Em relação à necessidade de uma nova graduação, não vejo isso. Já trabalhei com pessoas com diversas formações (Engenharias Civil, Metalúrgica, de Produção, Mecatrónica; Geologia, Física, Matemática, Enfermagem, Fisioterapia entre outros).
Então, siga em frente!

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Olá Rafael. Eu sou um caso parecido. Formei em Engenharia Mecatrônica; mas acabei migrando pra desenvolvimento de software.

Consegui ingressar e permaneço empregado na área já há mais de 3 anos. Então, com base na minha experiência, posso dizer que não é nada bloqueante.

Sucesso aí!

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Acredito que a melhor skill de todas é a que você vai transportar para software: Engenharia. Ser um engenheiro por si só, te coloca com uma capacidade de resolução de problemas da vida real bem a frente de uma galera. O código/software só mudará a linguagem a qual você resolve estes problemas.

Quanto a especialização, saiba que não é necessário nenhuma formação pra área especificamente, qualquer um pode codar. Se quer mesmo ter algo que te ampare nesta migração, escolhe fazer um Tecnólogo ou até mesmo um MBA focado na área de tecnologia. Acredito que optar por um bacharelado, neste momento, não é a melhor escolha.

Sobre quem não tem formação e sua visão no mercado, eu posso dizer que: depende! Dependendo do nível de software que você vai escrever, uma formação é quase que mandatória nos processos seletivos (aquele famoso "desejável" que sabemos que é beeeem desejável).

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Tem um amigo que se formou em Engenharia Petroquímica ou Petróleo e Gás (não lembro), acabou não conseguindo nada na área e ingressou no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, em apenas 08 meses conseguiu uma vaga pagando 6k como PJ (e ele já estava estagiando em poucos meses de curso). O conhecimento de programação que ele tinha nesses 6~8 meses, foi garantido através do curso gratuito e online chamado CC50 do que a faculdade em si (não desmerecendo a faculdade, lá se aprende muita coisa importante que vai servir de base para vc no futuro).

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Hoje eu trabalho com frontend, mas minha formação é outra, o que não tem muita influência sobre como sou visto na organização (dev frontend).

Na minha visão, um bom portfólio, bem montado e bem apresentado, tem mais influência do que um diploma.

Claro que há organizações e organizações, cargos e cargos. Há muitos cargos e muitas organizações, que pelos mais variados motivos, focam em diplomas e também em certificados, que em muitos casos são uma forma de demonstrar que você tem uma capacidade específica.

O que quero dizer, no fim das contas, é que se consegue demonstrar sua capacidade de executar determinada tarefa, seja pelo diploma, certificado, projeto executado, deve ser suficiente.