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Não existe essa relação de júnior -> preguiçoso. Até porque se a pessoa é júnior ela já se esforçou bastante. Existe muita gente que se denomina júnior e não é. Esses podem ser preguiçosos. Podem ter dificuldades diversas na vida. Os que são júnior por muito tempo podem cair nessa questão também. Tem que analisar individualmente cada pessoa. O fato de ter muita gente fazendo muita coisa errada e muitos não se esforçando tudo o que poderiam fazer algumas pessoas generalizarem e chamar alguns grupos de preguiçosos. Isso está errado, mas dá para entender porque acontece.

Quem for júnior de verdade já está no mercado, é impossível ele ser júnior sem estar, de alguma forma.

O fato de ter a repetição dos mesmos assuntos tem muito a ver com a tal preguiça. As pessoas têm que trabalhar muito mais por causa disso. As pessoas não gostam de um local com informação canônica sobre um assunto, elas querem um serviço a la carte. Isso é preguiça. E por isso gera-se muita repetição.

Algumas informações que rolam no Linkedin podem ajudar muitas pessoas. Saber filtrar isso é importante. De fato, lá virou um local que tudo é lindo e a realidade nunca é como postam lá, mas não quer dizer que tudo lá é imprestável. Para algumas pessoas pode ser difícil achar algo útil. O problema é que para as que podem aproveitar muita coisa lá em geral não conseguem enxergar esse valor. É parecido com o que eu sempre falo de faculdade, quem precisa dela em geral não enxerga o valor.

As pessoas vão vender alguma coisa mesmo. É ilusão achar que as pessoas, em sua maioria, vão fazer algo sem ganhar nada. Inclusive quem reclama provavelmente são as primeiras a se fazer algo pelos outros se rolar algum ganho, financeiro ou não.

Para algo mais específico em geral vira consultoria.

Escolher quem segue ajuda muito também. Eu até vejo umas coisas que não me agradam, mas tem coisas interessantes de algumas pessoas.

Mas não dá para esperar por milagres.

Existe sorte envolvida no processo. Mas algumas pessoas fazem a sorte ficar mais próxima. Talvez algumas precisem de ajuda e talvez ela esteja no Linkedin. O problema é que muita gente tem problemas estruturais na formação, aí não consegue nem escolher oque vai fazer bem para ele e a evolução fica complicada. E muitas vezes vai cair na mão de alguém que mais vai prejudicar quem ajudar.

As pessoas precisam ouvir os mais experientes, mas precisam evoluir por conta própria. Isso está muito em falta. Parece divergente, mas ninguém está sozinho no mundo e é tão gênio que nasceu sabendo tudo, então precisamos dos outros. Mas precisamos criar nosso caminho, para não ser mais um entre os 300 milhões. Precisamos parar de seguir receitas de bolo. De fazer o que pessoas aleatórias na internet disseram para fazer (diferente de não ouví-las).

Eu gosto de puxar a orelha. Várias pessoas não gostam de mim por isso. Eu não sei se isso ajuda muito. Mas é algo diferente do que se vê no Linkedin. É algo que eu acho que falta. E as pessoas que enxergam isso como algo bom, até porque também sabem que eu faço isso para o bem delas, até quando eu erro.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Eu concordo em muitos pontos contigo. Uma dos motivos da minha indignação é a falta de senso crítico, de empatia com o próximo e superficialidade das discussões. Programação é um trabalho como qualquer outro, os mais novos precisam dos mais experientes para conseguirem puxar as outras gerações. Isso deve ir além de qualquer disputa de ego e precisa ser levado de forma sincera. Quando a discussão é rasa, não tem como o júnior aprender com os mais experientes e no processo de recrutamento dificilmente o RH vai tirar tempo valioso pra explicar o que falta.

Discordo da sua fala de que programadores bons estão já no mercado (os com mais tempo de profissão sim). Mas sim, estagiário se passando como júnior tem bastante e acho que confunde o RH.

Talvez seja meu feed que anda mal selecionado, mas acredito que consegui passar minha indignação. Do lado de cá sigo fazendo o melhor que posso todos os dias e acredito que boa parte desses problemas que andamos enfrentando poderiam ser resolvidos se o RH tivesse menor influência nas contratações tech e os próprios sêniores trouxessem informações para os novatos. Mas isso é aquela ideia sem fundamento real.

Eu ganharia muito mais se meu LinkedIn fosse um espaço para mostrar meu trabalho para quem realmente está preocupado em ver, e se não isso, que pelo menos fosse um lugar que eu pudesse me expor a discussões que melhorem minha formação profissional.

Agradeço pelo seu relato e não deixe de fornecer feedback do que você vê que está errado no dia a dia.

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Escolher quem segue ajuda muito também.

Isso que você falou é extremamente pertinente. Gosto de refletir e comparar com aquele conceito de que você é um reflexo das 5 pessoas que você mais convive/acompanha (ou algo do tipo). Creio que as redes sociais podem servir como uma ferramenta extraordinária se você souber usar de uma maneira inteligente.

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"Mostre-me com quem tu andas, que direi quem tu és."

Concordo demais disso, tem ainda alguns que são sérios ao postar no LinkedIn, um professor ele dizia que essas redes sociais podem ser usadas como chamariz de profissionais. Eu não postei quase nada. pois quero concluir meus projetos resolvendo problemas reais. Aí sim estarei usando a ferramenta corretamente ao meu ver.