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[CARREIRA] Guerra de Narrativas: Nosso emprego na era da IA

O que está sendo falando em todas as esquinas e fazendo todos temerem é sempre o ponto: A IA vai roubar meu emprego? Esse fantasma irá nos assombrar por muito tempo diante da grande evolução tecnológica e incertezas do futuro (o mundo sempre foi um lugar incerto). Mas há um ponto que gostaria de trazer à torna que é a Guerra de Narrativas.

As narrativas no que diz respeito a IA vs Trabalho dependendo de onde elas vêm servem para um propósito específico e direcionando: vender - seja lá a qual público. Diante disso, somos diariamete bombardeados por artigos que ora diz: A IA irá trabalhar conosco e ora diz: Alcançamos a AGI (Inteligência artificial geral) e ela irá fazer tudo.

Nos vemos sempre dividos por Tech Influencers que constroem suas narrativas muitas vezes empolgados demais, muitas vezes muito firme uma uma visão restrita da evolução tecnológica. E nós? Ficamos no meio dessa guerra de informações onde mais parece a torre de babel causando confusão.

O motivo desse artigo existir é colocar em evidência que até lá - e esse lá não fazemos a mínima ideia do que será, teremos que seguir o bom e velho conselho do mestre Gandalf: Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.

Toda essa evolução tecnológica está sendo construída sobre fundamentos - fundamentos estes que alguns não mudam e outros mudam muito lentamente.

Este artigo pretendia ser um dossiê evidênciando tudo isso que estou falando, mas o farei em outra oportunidade, mas a título de exemplo:

Estão mentindo com estatísticas diante de nós 🤨 (?)

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IA irá "roubar" alguns empregos que podem ser automatizados, é inivitável. Eu já consigo imaginar operadores de caixa sendo substituídos em algum momento.

Porém, nem tudo que dizem é verdade. Falando um pouco sobre a nossa área, acho difícil substituir, no máximo reduzir. Na hora de programar é um "aúxilio" legal, apesar de ser imprecisa, mas sem o carinha do outro lado da tela dando os comandos e o contexto desses comandandos a IA nada irá gerar e quando gera é um código errado, mas bem convicente! Coisas simples como estabelecer uma conexão local com Node.js IA não erra, pois é simples. Porém é só isso, ao menos neste ano, não sei no futuro.

Difícil dizer até onde vai as vantagens e desvantagens. Eu vejo mais desvantagens atualmente, pois pessoas começaram a gerar conteúdos do zero usando IA, como por exemplo "como funciona assincronicidade no JavaScript", que aparentemente não é um problema, porém uma vez que deixamos de ler a documentação (aprendizado passivo) e transcrever os principais pontos a mão, seja digitando ou escrevendo (aprendizado ativo), o nosso cognitivo começa a "atrofiar". Ou até pior, ficar pegando código sem entender o porque funciona, sem estuda-lo antes.

Daqui a 10 anos eu não sei como estará esta tecnologia, nem mesmo se viverei para isto, porém a história se repete. Com a chega dos celulares houve muitas falácias.

Ferramentas de lowcode por um tempo iria derrubar programadores Front-end, mas somente até o cliente querer algo mais personalizado, otimizado, com um código estruturado para conectar no backend sem problemas, dentre outras coisas. Mesmo hoje, apesar de ferramentas como o Wordpress terem evoluído muito, só vejo sendo opção quando a velocidade esta acima da qualidade tanto em produção, quanto para manutenção.

A outros fatores também, como a limitação dos hardwares atuais. A quantidade de água utilizada para resfriar os computares é imensa e já está enfartanto os profissionais do meio ambiente. Chegará um ponto que será freiado esse avanço, e ai que talvez as pessoas acordem um pouco sobre esse exagero todo até que crierem uma tecnologia poderosa e ao mesmo tempo supra essa limitação, mas é especulação minha este ponto, é o que acredito que possa acontecer, não sei como estão lidando com isso durante estes 2 anos.

No mínimo, atualmente o ideal seria pelo menos ter os fundamentos sobre essa tecnologia, coisa que eu mesmo tenho que correr atrás.

Por fim, esta é a minha visão. Não tenho tanta experiência como alguns por aqui que demonstram sabedoria sólida na área. Talvez eles tenham um conhecimento macro maior disto.

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@Programmer404muito pertinente o seu comentário.
Sempre bom nunca esquecer de um famoso slide aí da IBM: não deixe a máquina tomar decisões por você.

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Meus 2 cents:

Em 92 conheci uma empresa de 10.000 funcionarios, 100 filiais e que utilizava um Edisa 690 com terminais VT100 e sistema em DATAFLEX.

So na contabilidade, eles tinham 40 funcionarios, um andar imenso. Muitos deles especializados, conheciam seu trabalho.

Pula para 99 - agora era apenas 3 funcionarios: o chefe e 2 funcionarios. Conseguiam produzir o mesmo que os 40 de 7 anos antes.

O que mudou ? A automacao de diversos processos, efeito natural do avanco da computacao e troca de informacoes entre a empresa, filiais, fornecedores e clientes.

Pula para 2005 - A empresa deixa de existir, o produto dela nao fazia mais sentido e foi absorvida por outra.

A IA eh mais uma automacao - e sim, vai tirar empregos, eh natural.

A unica incognita aqui eh: custo. Muito se diz que os valores praticados pela IA hoje sao irreais, em alguns casos ate abaixo do custo - entao ajustes deverao ocorrer.

Como isso vai impactar ? Eh um exercicio de futurologia digno daquele em 2007 quando foi lancado o iPhone.

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O exemplo citado no artigo, com manchetes que alternam entre celebração e desconfiança, ilustra bem essa dinâmica. A verdade, provavelmente, está entre os extremos: a IA não será nem nossa salvação redentora nem o fim do trabalho humano. Ela será, como qualquer ferramenta tecnológica, aquilo que decidirmos fazer dela.

Como Gandalf sabiamente aconselha, tudo o que temos de decidir é como usar o tempo — e, eu acrescentaria, as ferramentas — que nos são dadas. O desafio não é resistir à IA, mas aprender a conviver com ela de forma ética, inteligente e, sobretudo, humana.

Que possamos, então, transcender essa guerra de narrativas e focar em construir um futuro onde a tecnologia seja um meio, não um fim em si mesma. Afinal, a maior revolução não será tecnológica, mas cultural: a forma como escolhemos nos adaptar às mudanças que estão por vir.