O exemplo citado no artigo, com manchetes que alternam entre celebração e desconfiança, ilustra bem essa dinâmica. A verdade, provavelmente, está entre os extremos: a IA não será nem nossa salvação redentora nem o fim do trabalho humano. Ela será, como qualquer ferramenta tecnológica, aquilo que decidirmos fazer dela.
Como Gandalf sabiamente aconselha, tudo o que temos de decidir é como usar o tempo — e, eu acrescentaria, as ferramentas — que nos são dadas. O desafio não é resistir à IA, mas aprender a conviver com ela de forma ética, inteligente e, sobretudo, humana.
Que possamos, então, transcender essa guerra de narrativas e focar em construir um futuro onde a tecnologia seja um meio, não um fim em si mesma. Afinal, a maior revolução não será tecnológica, mas cultural: a forma como escolhemos nos adaptar às mudanças que estão por vir.