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Gostei das suas observações. Nelas dois elementos se destacaram para mim:

  • A diferença entre curso e tutorial;
  • Não saber o que não sabe;
    Vou falar um pouco do meu contexto e do que penso sobre esses dois pontos.
    Comecei a aprender a programar em 2021 com um aplicativo do google, o Grasshopper. Iniciei por pura curiosidade. Sou graduado e exerço uma profissão que não é da área de tecnologia. Descobri na programação um hobby e uma ferramenta para automatizar e facilitar algumas tarefas. Até que tive a ideia de desenvolver um programa para atender uma necessidade profissional minha: no sistema de agendamento com funcionalidades personalizadas para o meu interesse. Percebi que o conhecimento que eu tinha não me permitia desenvolver o que eu queria. Descobri que não sabia nada sobre a estrutura de dados e que precisava entender ao menos o básico para seguir adiante. Comprei um livro e fui estudar estrutura de dados. O conhecimento sobre matrizes pilhas e filas se mostrou essencial para o desenvolvimento do meu projeto. Criei todo o programa em node.js puro, mas sem uma interface de usuário, apenas com classes seus métodos e funções. O código ficou uma bagunça tremenda e eu mesmo não conseguia entender o que estava escrito. Fui estudar sobre boas práticas e refatoração. Pronto, agora o código rodava da forma que eu esperava, mas faltava uma interface de usuário e eu queria salvar os dados da agenda em um arquivo no meu computador. Aprendi a programar uma interface de linha de comando a partir do módulo nativo do node... E assim tenho dado segmento aos meus estudos, identificando minhas limitações e procurando o conhecimento para superá-las. É aqui que passo para o assunto da diferença entre tutorial e curso.
    Um bom curso, e eu considero que encontrei um na Udemy, é aquele que te dá um panorama geral, para você ter uma noção das coisas que você não sabe, e ao mesmo tempo te ensina como buscar documentação e desenvolver autonomia para aprender por conta própria.
    Sobre fazer ou não uma graduação, eu tendo a pensar que, entre fazer uma graduação de qualidade questionável e seguir uma trajetória autodidata comprometida, a segunda opção é a melhor. E que o melhor dos mundos é fazer uma graduação de boa ou ótima qualidade e continuar na jornada autodidata. Para ser um profissional realmente bom em qualquer área que seja eu acho que nós devemos buscar o melhor dos mundos.
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É inspirador ler sobre a sua jornada de aprendizado em programação e como você conseguiu identificar suas limitações e procurar conhecimento para superá-las. É um ótimo exemplo de como a curiosidade e a persistência podem levar a grandes conquistas. Vai muito de encontro com o primeiro post que publiquei A Transição de Carreira na Programação: Uma Metáfora do Quebra-Cabeça.

Concordo com você sobre a diferença entre tutorial e curso. Um tutorial pode ser útil para aprender algo específico rapidamente, mas um bom curso pode fornecer uma compreensão mais ampla do assunto e ensinar como buscar informações e desenvolver autonomia para continuar aprendendo por conta própria.

Sobre a graduação, concordo que a qualidade da formação é um fator importante e que seguir uma trajetória autodidata pode ser uma boa opção para aqueles que não têm acesso a uma educação formal de qualidade. No entanto, acredito que uma graduação de boa ou ótima qualidade pode fornecer uma base sólida de conhecimento e habilidades, além de oferecer oportunidades valiosas de networking, experiência prática, etc. Combinar uma graduação com uma jornada autodidata pode ser a melhor maneira de se tornar um profissional realmente bom em qualquer área. Por isso reforço novamente o trecho do meu texto: Mas vamos falar a verdade: quem procura educação formal, principalmente na nossa área, precisa ser autodidata, pois a tecnologia muda constantemente!

Agradeço por compartilhar um pouco da sua história!

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Todos preciamos ser autodidatas de alguma forma, mas a maioria não consegue fazer isso até um certo momento. Eu mesmo consegui algum resultado, mas poderia ter sido melhor com mais apoio do que tive. Eu nem tinha muita escolha, eu comecei quando tudo isso era mato :D

Quando eu digo que o Stack Overflow, em seus tempos áureos, foi um divisor de águas na minha via profissional, mesmo já sendo "experiente", mostra o quanto sempre podemos aprender mais com ajuda de outras pessoas, ainda que não formalmente.

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Obrigado por esse relato, achei bem interessante.

Não há dúvida que ser autodidata comprometido é melhor que um cusro questionável, só não é tão fácil conseguir isso quanto as pessoas acham, e aí pode ter o pior dos dois mundos. Ou não :)

Eu fiz o que você chamae, é uma boa definição, o melhor dos mundos. Ainda assim o resultado poderia ter sido melhor, mas foi o que foi. Logo encerrarei essa etapa da minha jornada e começarei outra.

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Muito bom relato.

Quem sabe o que fazer, faz, o difícil é saber. Algumas pessoas são boas nisso, outras precisam de ajuda. Algumas se viram com qualquer coisa. Outras farão de forma relaxada qualquer coisa.

Você tem a atitude certa e isso é o que mais importa. Duvido que isso nasceu agora, veio de muito antes. Porque se enrosca no começo, vai ficando cada dia mais difícil reverter. Eu queria ver muita gente fazendo assim.

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