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Por que é tão dificil arrumar vaga de estágio no inicio da formação?

Olá usuários do TabNews, tudo bem com vocês?

Hoje com 22 anos e um sonho, cursando o 3º semestre da faculdade de Ánalise e Desenvolvimento de Sistemas, me deparo com um grande empasse, a falta de oportunidade para pessoas com sede e determinação para aprender com quem sabe.

Atualmente estou em um curso da One Oracle Next Education com foco em se desenvolver como programador WEB e entrar para o banco de talentos ao final do curso, mas um vazio enorme na área que escolhi me consome, vejo muitas vagas para Desenvolvedores Júniors serem preenchidas por Sêniors quando o mercado em sí deveria dar oportunidade para quem quer aprender a programar.

É mais um desabafo com vocês aqui da comunidade, posso estar muito errado quanto a minha visão quanto posso ter um pouco de razão, aplico para vagas, me dedico aos estudos, aprendo novas habilidades, tento desenvolver meus projetos para exercitar as minhas HardSkills mas, é como se meu sonho estivesse cada vez mais longe.

Claro, não vou desanimar por esse motivo mas queria saber onde estou errando, seria meu perfil no linkedin? meu GitHub ? eu realmente não sei nada comparado ao que pedem nas vagas? Sinto que me falta um pouco de orientação de alguém que já vivenciou esse momento e conseguiu superar. Por favor, se puderem deixar alguma orientação, sugestão, ou até mesmo entrar em contato comigo para uma conversa mais aprofundada, estou a disposição.

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Ola Elias, acredito que posso ajuda-lo de certa forma, porque vivenciei essa fase recentemente.

Pra ser bem sincero, eu acredito que a nossa area hoje é uma das mais dificeis de conseguir um estagio no inicio da carreira. A nao ser que voce esteja fazendo uma faculdade com muito nome, ou que tenha alguem para lhe indicar, a concorrencia é muuita para a quantidade de vagas disponiveis. Entao o acesso "a voce" é dificultado. Isso nao justifica, porque sempre ha o que melhorar. Tambem o fato de entendermos que, no inicio da carreira, tem que de fato, estudar MUITO. E eu entendo que as vezes todo esforco para ser em vao, mas vale a pena, acredite, mesmo que as vezes nao faca sentido.

Outras sugestoes mais especificas:

  • Vi que voce ja tem alguns projetos no github, seria muito interessante (na minha opiniao, isso é obrigatorio) voce criar um portfolio pessoal ou ao menos subir os seus melhores projetos ao vivo. Pense que nessa fase inicial da sua carreira, NENHUM recrutador vai perder tempo fuçando no seus repositorios para tentar entender que tipo de projeto voce ja fez ou quais tecnologias utilizou. Voce precisa facilitar essa visualizacao para eles.
    Quanto melhor voce conseguir expor de forma objetiva as suas habilidades e o seu background, melhor sera.

  • Vi que no seu linkedin voce menciona que quer ser desenvolvedor, menciona varias tecnologias e que obteve competencias em outros segmentos, como IoT, CyberSecurity, Gestao de redes etc. Sei que isso pode parecer que esta "aumentando seu leque de oportunidades" mas na minha opiniao, seria muito interessante voce escolher um segmento e focar apenas nele, para o recrutador, pode parecer que voce esta "enchendo linguica". O aprendizado em programacao é infinito, entao voce "misturar tudo" na minha opiniao, nao é muito viavel. Talvez se voce ja tivesse projetos mais complexos, um portfolio bem estruturado, ai sim poderia ser interessante enfatizar outras areas.

  • No seu About do linkedin, vi que menciona muito sobre o seu trabalho atual, que nao é uma ma ideia, mas acredito que seria interessante voce explicar como as skills que desenvolveu nesse trabalho estao lhe ajudando ou irao lhe ajudar a desempenhar um papel melhor na area de desenvolvimento, do que só descrever as suas atividades hoje.

PS: Acabei encontrando sem querer o link de um projeto seu na descricao da sua faculdade. Acredito que um recrutador nao vai se atentar a isso.

De modo geral, acredito que voce esta indo bem. Foque nos projetos e em aprender mais a programar, esses projetos de cursos, faca-os, mas modifique-os, tente criar suas proprias versoes.

Espero ter ajudado, um abraco e bons estudos.

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Cara, eu entendo sua dor, pq tenho acompanhado isso de alguns parentes e filhos de amigos, que influenciados pelo sucesso na carreiras de TI, fizeram faculdades de tecnologia. Por favor, não entenda isso como nenhum demérito, pq no passado era o mesmo com medicina, direito e engenharia... Como tenho frequente presença em universidades públicas e particulares, devido a projetos, congressos e eventos, vou te dar minha percepção, dos meus 25 anos de carreira. Apesar de muitas críticas ao modelo público de ensino, eles são espetaculares na formação de ecossistema no entorno. Nas Federais, chegam a ter empresas júnior até por curso cada curso. Essas empresas júnior, oferecerem serviços ao mercado ou participam de editais públicos oferecendo sistemas e consultoria. Empregando somente alunos, orientados pelos professores, são a porta se entrada, para o mercado de quase 50% dos alunos de TI, nas maiores universidades públicas. Além disso existem os projetos de pesquisa dos professores, onde cada um tem seus 2-3 projetos, que precisam de alunos e tudo isso é registrado como estágio no MEC... Com o boom das universidades privadas, o tripé ensino, pesquisa e extensão, ficou capenga, confiando que "mão invisível do mercado" iria contratar todos os alunos, bastaria tá formado, ou em vias de... O que tô vendo é muitos tapas na cara. Tenho a forte opinião que se a faculdade não tem projeto, ações claras de pesquisa, estágio e extensão (atividades para a comunidade) deveria ser proibida de oferecer novas vagas até se adequar. Resumo: a faculdade é, e SEMPRE foi parte responsável pela sua entrada no mercado. Com as privadas, fingimos que isso existia, pelo boom do mercado de TI, agora chegou a conta. A faculdade privada tem que ter projetos para facilitar o primeiro estágio e emprego dos seus alunos, ou é mero bootcamp com registro no MEC.

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Quer opinião sincera? Se não quer, nem leia.

Eu não posso provar isso, mas é oq eu vejo e vem acontecendo há pelo menos 2 décadas. Não vale para todo mundo, tem casos especiais.

As pessoas estão chegando a cada ano piores no mercado de trabalho porque a escola não cumpre seu papel. Eu tenho a impresão que começou na instituição do ECA na década de 90. Os alunos e pais passaram entrar em guerra com a escola quando o ECA foi divulgado e os coitadinhos dos menores tinham direitos. Claro que têm, mas a gente vê cada vez mais as pessoas indo ao extremo deles. E de tanto baterem na escola, foi cedendo e a escola começou fingir que ensina. Tem exceções, mas aconteceu muito, mais em públicos que particulares. E aí o talento natural passou ser mais importante.

Acontece que na área hoje em dia a maioria não tem o talento natural, a vocação. As pessoas estão chegando sem base e acham ue estão bem. Tem estudo que mostra que 92% das pessoas são analfabetos funcionais. Só 8% podem exercer adequadamente funções mais complexas, entre elas a de desenvolvedor de software.

Em casa os pais passaram a querem que os filhos os amem por serem muito legais, e pararam de dar suporte necessário para serem independentes. Passaram ter dependência. Não vou entrar em todos os detalhes nisso, mas hoje muitas pessoas, até alguns adultos só imaturos, inseguros e não conseguem cuidar da própria vida.

E pior, esse tipo de comportamento passou ter validação nas redes sociais e até mídia. Uma época que se fala tanto de empoderar se tornou uma fábrica de pessoas fracas. Eu tenho visto a última década isso explodir e me dá impressão de redes socias serem um pouco culpadas disso.

Essas coisas aparecem na seleção. Se a empresa puder, ela evita esas pessoas e pegam as que tiveram mais sorte de nascer bem e/ou crescer em ambiente favorável. A empresa não vai falar nada disso, até porque ela pode ser processada. Ela não vai ajudar a pessoa a melhorar para a próxima vez, ela no máximo vai dar palavras de incentivo bem genéricas e naõ comprometodres.

A maioria das pessoas farão o mesmo, que é o mesmo problema dos pais, elas querem ser amadas. Então ela egoísticamente prefere ferrar com a vida de que está incauto nessa, em vez de mostrar a realidade para ver se a pessoa começa correr atrás do problema. Pode ser complicado, eu sei, mas sem saber disso fica mais díficl começar. Sei que é bem complicado porque precisará de um esforço monumental e pode sair bem caro. Fora a negação que é o caminho mais fácil. A orientação deve vir de profissional extremamente competente em seres humanos. Em geral serão psicólogos (sei que muitos não são bons, talvez seja uma profissão mais difícil de fazer certo que programação) ou pedagogos, que podem indicar outros profissionais, se eles não possuirem viés.

Veja bem, reforço que tem casos e casos. Não falo de ninguém em específico.

Muitas vezes não é nem o conhcimento de programação, é falta de comunicação e expressão, de matemática, de ciências, de maturidade, de alguma destreza social. Nada nota 10, mas não pode ser nota tão baixa. Falta de paixão pela coisa, de entrar só pelo dinheiro e promessas irreais, falta de conhecimento básico, e atitudes erradas, impedem muitas pessoas de obterem um simples estágio.

Outras teorias pode mser válidas também.

Espero que isso tenha ajudado, porque foi minha intenção. Sei que pode ser um caminho difícil e que provavelmente seja mais fácil empurrar com a barrigua, mas espero que sirva para algumas pessoas refletir e ver oque pode ser feito. Lamento se não posso ajudar mais, a vida não é fácil, mas desejo felicidades a todos. Quem começa fazer tudo certo, quem tem um sonho e corre atrás da maneira correta, vai alcaçar o que deseja. Se não está conseguindo precisa mudar alguma coisa.

Lamento pelas pessoas que se sentiram ultrajadas, é só um efeito colateral. Todos merecem um lugar ao sol e eu queria que a vida entregasse isso.


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui).

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Meu primeiro emprego de TI ganhava 250 reais para auxiliar na sala de aula de informática. Então assim... emprego é emprego. Eu indicaria começar por suporte técnico ou coisa parecida, e vai estudando.