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Demanda por Devs JavaScript acabou?

Não, pelo menos não para experientes.

Se você está iniciando seus estudos para se tornar desenvolvedor(a), saiba que escolher a tecnologia irá impactar diretamente no número de oportunidades disponíveis no mercado.
Houve um "boom" de iniciantes na área alavancados pela pandemia e cursos de esquina que ensinam majoritariamente essa tecnologia, então a disputa pelas vagas de estagiários e juniores é muito, mas muito mais alta que o normal.

A exigência hoje não é mais você saber criar uma tela ou um endpoint de API, isso qualquer IA consegue entregar em minutos, ou segundos dependendo da automação.
O seu destaque ficará em conceitos teóricos que são ensinados apenas na faculdade, pois saber abstrair soluções com arquitetura consciente, uma estrutura de dados específica ou algoritmo eficientemente é o que te tornará uma pessoa capaz de resolver qualquer problema dentro de uma empresa, e é isso que buscam.

Se você quer ir além, sugiro não só estudar essa base, como ser TOTALMENTE CURIOSO(A). E não digo apenas em decorar o que são as sopas de letrinhas, mas sim, entender a fundo o que uma tecnologia faz.
A maioria que vejo estudando NodeJS, nem ao menos sabe que ele é baseado em eventos desde sua essência.

Sugiro que busquem vagas em outras tecnologias consolidadas(para quem está iniciando ou pensando em iniciar), mas com menos pessoas estudando, como Go, Python, Rust, C#(.Net) e Java/Kotlin.

Por que?

  • Estamos caminhando para ascensão do uso regular da Inteligência Artificial, saber usar elas até mesmo crianças saberão, mas você sabe o que é esse modelo de linguagem ou como dar manutenção em alguma integração que o projeto demande o seu uso?
  • Uma onda de ataques massivo em todo tipo de estrutura, Rust vem para sanar problemas que ferramentas como C++, muito utilizado e pouco falado possuem há anos. Entregando uma maneira mais segura e rápida para tratar casos diretamente na máquina e até mesmo executar processos na RAM a fim de evitar exposição de dados em algum lugar quando não há necessidade.
  • Web3 não morreu, pelo contrário, está a todo vapor sendo incorporada em empresas privadas e no setor público no mundo todo com a chegada das CBDCs. Go e Rust vem como uma luva na construção de contratos inteligentes e interoperabilidade em toda essa cadeia de blockchains.
  • Java e Kotlin reinam em demandas e salários maiores, Java deixou de ser aquele caos que tínhamos, tendo seu uso mais abrangente para áreas que antes era tomada por bancos e serviços de investimentos. Junto com Kotlin que está buscando sua aceitação no mundo mobile como ferramenta híbrida e definitiva para aplicativos.

O mercado para essas tecnologias tanto no Brasil quanto no exterior, está bombando e sedentos de pessoas curiosas nesses seguimentos.

Busquem entender o mercado, não se deixem levar pelo hype de vendedores de cursos, eles já tem seus empregos, você não.

Tecnologias do futuro são para vocês que estão iniciando agora!

Comenta aqui o que vocês estão estudando e o motivo de terem escolhido tal tecnologia.

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Interessante. Mas é aí que fico na maior dúvida. Vajamos; Para alguém que esteja dando os seus primeiros passos, seria mais interessante focar no backend, ou frontend? com esse post me parece que o tempo gasto no frontend não seria muito bem empregado, uma vez que, segundo post, a área está saturada para júniors. eu já tenho uma certa base em lógica e algumas linguagens (nada muito aprofundado), mas fico pensando "onde melhor poderia aplicar meu tempo e vontade de aprender?" front ou back? gosto muito de design etc... e tenho habilidades nata com desenho, e sempre me identifiquei com front, mas também me interesso por back, pelo simples fato de parecer menos stressante 😆.

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Abre o LinkedIn e olhe as vagas. Sou Dev front end Angular 2. E vou falar pra você, ninguém gosta de Angular cara, por isso que as vagas de Angular estão em altas. Mas... Recentemente achei uma vaga com mais de 5k de candidatos. É isso que você vai enfrentar no front end.
Recomendo ir pra C# e Java. Trabalhar com aplicação empresarial.

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É muitoooo isso mano. Eu comecei com AngularJS até a versão 10 e vejo voltando com força a demanda por Angular.
O grande aumento das vagas está sendo porque as empresas estão vendo que React não faz mais sentido para aplicações robustas.
A Vercel tem limitado recursos no desenvolvimento do NextJS para atender apenas a sua infraestrutura, o que é bem diferente do Angular por ser agnóstico a infra.
As empresas perceberam isso e estão abandonando essa tecnologia e retomando ao Angular que conseguiu colocar SSR e manter sua distribuição para qualquer infraestrutura, sem falar na robustez que ele nos dá para criar aplicações maiores.
Mesmo com a volta, pessoas que trabalham com React acham que podem migrar facilmente para Angular, mas nas entrevistas que tenho feito a galera não se dá ao trabalho de entender de fato porque Angular existe.
Acredita que uma pessoa me disse: "Eu sei React então posso trabalhar com qualquer framewok". Resultado: A pessoa não conseguiu nem colocar um endpoint na aplicação, pedindo para consultar o Google como fazer isso.
A galera do front que veio de cursinhos de influenciadores estão ferradas, sério.
E o pior é que prometem mundo e fundos para essas pessoas, ai se ela não é contratada sabe de quem é a culpa? Dela mesma. Irão falar que você não fez networking, que você deveria aplicar para 200 vagas, que é assim mesmo e diversas desculpas, mas nunca serão eles os responsáveis por não ensinar o certo e apenas ganhar dinheiro como escolas tradicionais de inglês que forçam você a ficar anos lá.
Tem uma roxinha por ai que até assinatura mensal coloca para as pessoas acharem que se não estiver nesse grupo, estarão desatualizadas kkk.

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Me identifico demais com seu caso. Eu desde os 12 até 19 anos trabalhei como designer e editor, logo migrei para programação como fullstack e me dava melhor no front por ter essa noção de pixel by pixel, experiência do usuário e construir telas bonitas.
Mas é como o @GkIgor mencionou, front hoje está sendo muito competitivo porque a maioria só pensa na UI, esquecem que precisam de engenharia no front também, então há muitos de mesmo nível aplicando para as mesmas vagas.

E na boa, se você tem essa base, além de ser bom com design, o back-end será uma delícia para você. Percebi que posso desenhar uma arquitetura limpa com o que sei, posso conversar com a equipe de front de forma que eles me entendam e eu a eles, consigo opinar num design feito pela equipe de UI demonstrando o que pode ser impeditivo vindo do back para ser aplicado no front e a imaginação na criação de novas features.
Se gosta de back, vai fundo nisso. Seu conhecimento passado não será desperdiçado, tenho certeza disso.

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Estou na terceira fase de BSI e estou focando em Python. É a minha primeira linguagem de programação e usamos na faculdade. Quero ter uma base sólida para ter outro conhecimentos, além que vai me ajudar nas matérias futuras.

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Que massa saber que estão ensinando Python na faculdade.
Com certeza irá te agregar muito se resolver trocar de tecnologia.
Não sei se esta criando projetos para teste, mas se não estiver, começa a pensar nisso. Esta sendo incrível integrar algumas inteligências com Pyhton, se tiver essa base de entender como funcionam esses LLMs certamente te diferenciará dos demais.
Obrigado por compartilhar.

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Será que todas as empresas que usam tecnologia - direta ou indiretamente - buscam os mesmos profissionais? Tem a mesma capacidade de contratação? Estão no mesmo nível de maturidade?

"Existem peixes de água doce e peixes de água salgada. Por isso nem sempre é interessante usar a mesma isca."

Somos tendenciosos a olhar por uma lente que nos foi dada e expressar o que nossa bolha dita.

Acho muito interessante esse tipo de post, quando lido como um alerta ou uma percepção. Mas lendo alguns comentários aqui e até mesmo de outros posts similares, percebo que estão todos "concordando" com uma visão em que se olha para o mesmo ponto e não o "todo".

O que quero dizer é que toda essa comoção em torno de "linguagens, "vagas", "mercado" (geralmente, essas três palavras na mesma frase) dão a entender que são direcionadas a uma visão bem direcionada - e até específica - de uma parte do que compõe os tipos de organizações.

E no final das contas, não importante se são muitas ou poucas vagas, geralmente você só precisa de uma mesmo e que te atenda financeiramente.

Existem profissionais que são muito felizes por 5k mês e nem almejam se tornar os profissionais de 20k mês.

Quando se fala que o iniciante precisa fazer X, entender Y, "montar o próprio computador"¹, "escrever seu próprio sistema operacional"¹, caso contrário não será um "programador de verdade", ou "não conseguirá uma vaga nunca"

¹: contém hipérbole, apesar de já ter ouvido alguém falar algo similar.

O mercado para essas tecnologias tanto no Brasil quanto no exterior, está bombando e sedentos de pessoas curiosas nesses seguimentos.

Uma empresa do interior talvez não possua a mesma estrutura de uma empresa da capital. Além: Tempo de operação, recursos, fatia de mercado, disponibilidade de mão de obra, segmento, especialização e tantas outras coisas.

Será que faria sentido usar a mesma isca para os dois casos?

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Danilo, obrigado pela sua visão, de verdade. E respondendo diretamente à suas perguntas é: não.
Nem todas buscam os mesmos profissionais, nem todas tem a mesma capacidade e nem todas tem essa maturidade. Portanto a mesma isca não resolve os dois casos e nem servem para as mesmas pessoas.

Achei super massa essa analogia com peixes, pois veja bem... Quantas pessoas você conhece que gosta de sushi e quantas gostam de um peixe de água doce assado?
No Brasil, temos a cultura de consumir peixes de água doce, logo, há muitos pescadores, criadores de peixes em tanques e pesqueiros e isso se torna fácil de achar em qualquer lugar pois o valor é barato e muitas vezes gratuito se você próprio pescar, o que é totalmente diferente de um salmão ou comida japonesa vendida a preços bem mais caros que o normal e tendo sua procura mais difícil aos de água doce.

Mas se analisarmos pela visão do empreendedor, ele visa lucro e expansão, isso é fato.
Ele não tem essa visão de ser feliz tendo uma receita que pague seus profissionais de 5k, sabe por que? O salário aumenta todo ano no Brasil, os profissionais gastam mais quando a inflação sobe, ele gasta mais com custos operacionais com isso e assim por diante. Não tem como ele "querer" ficar estável com apenas alguns clientes e isso serve para profissionais também.

Levar uma garota para comer comida japonesa é melhor do que um peixe assado de água doce? Depende, ela pode não gostar de comida crua(não ter essa maturidade), mas a visão dela sobre você será bem diferente se a primeira vista você oferecer de cara levar ela num pesqueiro para pegar sua própria comida, ou seja, ela não busca o mesmo cara, mas você se destaca se saber o que ela(mercado) quer consumir.

Uma empresa, mesmo que do interior ou pequena, vai sempre preferir um profissional que entregue valor o mais rápido possível, pois se tratando de pequena empresa, seus recursos são mais escassos e não tem tanto tempo de ensinar a pescar.

Você tem razão quando diz que linguagens, vagas e mercado apontam para o mesmo lugar, pois o mercado dita a necessidade, as linguagens criam ferramentas para essa dor e abrem vagas para solucionar esse problema. E isso tudo se resume a profissionais capazes de usar essas ferramentas para preencher as vagas e resolver a necessidade do mercado.

Sim, nem todos os profissionais almejam o mesmo salário, mas se tratando de iniciantes na área que é o intuito do post, são peixes de água doce que podem ser pegos quase que instantaneamente num rio(mercado cheio e fácil) ou até mesmo num tanque(inteligência artificial, mais fácil ainda).

Essa questão de uma linguagem atender financeiramente é subjetiva pelo olhar de quem esta iniciando e não consegue ao menos a primeira oportunidade. Demanda e oferta nao é sobre o profissional e sim sobre mercado que o necessita e tem disponível.
Uma empresa não vai trocar de tecnologia A para B só porque há mais profissionais, ela atenderá ao seu público de usuários que sentem uma dor que não é sanada usando tal ferramenta, mesmo que tenha que optar por uma tecnologia que não tenha profissionais.

Se uma pessoa quer nadar na correnteza do rio junto com os outros, ela tem que entender que o pescador tem opção de ver o peixe maior e mais saboroso, tendo ela que comer mais, nadar melhor e ir em direção a subida do rio para ser vista.
Se uma pessoa quer ser uma isca rara, ela só precisa estudar o local onde quer estar(o mar do mercado) onde a rede será lançada e capturar o que encontrar disponível naquele momento no local.

Não faz sentido usar a mesma isca, mas faz sentido ser a melhor opção quando é difícil encontrar o peixe no mar.

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Legal artigo, realmente é bom passar uma visão além do Javascript,Porém, ajuda pouco, o que ajuda muito é conteúdo relacionado a linguagem na net o que JavaScript, Python, PHP tem de sobra.
Sobre emprego, Python tá tão saturado quanto JavaScript, além que python é solicitado como uma tecnologia adjecente não como principal.
Realmente a Web3 não morreu, os Bancos já falaram de uma "escassez" de profissional da Área. bom.. escassez de sênior é isso que querem dizer kkkkkk, ninguém vai colocar um júnior num sistema bancário kk. Com exceção disso, Go e Rust, não tem demanda de mercado grande no Brasil.
Java ,Kotlin e C# são uma boa, mas é sempre bom olhar o mercado da sua região. Não adianta nada aprender e não ter mercado

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Então, o grande X da questão é justamente isso. Haver muitos conteúdos e pessoas estudando a mesma coisa.
O mercado em toda sua estrutura sempre funcionou com oferta e demanda, se há muito conteúdo sobre tal tecnologia, ela não se torna difícil para qualquer pessoa aprender, então a chance de preenchimento é mais rápida e certamente quem tem um pouco de conhecimento a mais que outros irá vencer nessa vaga.
Um bom exemplo que você citou é que Python vinha sendo colocado como "bom saber" justamente por não haver especialistas na área, porém, esse cenário tem mudado rapidamente, sendo exigido como linguagem principal e JavaScript para tratar casos específicos em alguma parte da empresa, como front ou Integração com algum serviço já construído.

Essa escassez de profissionais seniores é o que torna vantajoso para quem esta iniciando na área, pois pela falta de profissionais, quem domina o básico/intermediário da tecnologia será escolhido.
Foi assim nos anos 2000, foi assim na pandemia e será assim sempre. Quando falta uma mão de obra, outra é colocada no lugar.
Você pensar que não colocam um júnior no banco é o que vai te limitar a ir na onda que todos estão indo, e você terá que disputar vagas de JavaScript com um monte de pessoas que sabem fazer o mesmo que você ou até melhor.
Seniores estão deixando de migrar de empresa e tecnologia porque sabem da dificuldade de se realocar em tecnologias novas, pois muitas vezes(mais no Brasil), reduzem seu nível de senioridade pela tecnologia imposta. O que não acontece com tecnologias que não há profissional qualificado e precisam colocar quem tem interesse e curiosidade de aprender algo novo.

Quanto a demandas por essas tecnologias, se você ficar apenas no LinkedIn, com certeza não irá achar muitas. A maioria vem de processos internos divulgadas nas plataformas da empresa, estão em startups que não gerenciam LinkedIn por estarem correndo contra o tempo e plataformas que as pessoas odeiam, mas que é eficaz, como Gulpy.
Entender o mercado vai muito além do que a bolha que estamos inseridos nos mostra, temos que buscar informações sobre empresas novas, empresas que conseguiram investimentos, como está o governo em relação a consolidaçao de tecnologias(como blockchain por exemplo) e vários fatores para tomarmos uma decisão para onde iremos, é assim que o mercado anda, analisando tendências.