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Será que todas as empresas que usam tecnologia - direta ou indiretamente - buscam os mesmos profissionais? Tem a mesma capacidade de contratação? Estão no mesmo nível de maturidade?

"Existem peixes de água doce e peixes de água salgada. Por isso nem sempre é interessante usar a mesma isca."

Somos tendenciosos a olhar por uma lente que nos foi dada e expressar o que nossa bolha dita.

Acho muito interessante esse tipo de post, quando lido como um alerta ou uma percepção. Mas lendo alguns comentários aqui e até mesmo de outros posts similares, percebo que estão todos "concordando" com uma visão em que se olha para o mesmo ponto e não o "todo".

O que quero dizer é que toda essa comoção em torno de "linguagens, "vagas", "mercado" (geralmente, essas três palavras na mesma frase) dão a entender que são direcionadas a uma visão bem direcionada - e até específica - de uma parte do que compõe os tipos de organizações.

E no final das contas, não importante se são muitas ou poucas vagas, geralmente você só precisa de uma mesmo e que te atenda financeiramente.

Existem profissionais que são muito felizes por 5k mês e nem almejam se tornar os profissionais de 20k mês.

Quando se fala que o iniciante precisa fazer X, entender Y, "montar o próprio computador"¹, "escrever seu próprio sistema operacional"¹, caso contrário não será um "programador de verdade", ou "não conseguirá uma vaga nunca"

¹: contém hipérbole, apesar de já ter ouvido alguém falar algo similar.

O mercado para essas tecnologias tanto no Brasil quanto no exterior, está bombando e sedentos de pessoas curiosas nesses seguimentos.

Uma empresa do interior talvez não possua a mesma estrutura de uma empresa da capital. Além: Tempo de operação, recursos, fatia de mercado, disponibilidade de mão de obra, segmento, especialização e tantas outras coisas.

Será que faria sentido usar a mesma isca para os dois casos?

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Danilo, obrigado pela sua visão, de verdade. E respondendo diretamente à suas perguntas é: não.
Nem todas buscam os mesmos profissionais, nem todas tem a mesma capacidade e nem todas tem essa maturidade. Portanto a mesma isca não resolve os dois casos e nem servem para as mesmas pessoas.

Achei super massa essa analogia com peixes, pois veja bem... Quantas pessoas você conhece que gosta de sushi e quantas gostam de um peixe de água doce assado?
No Brasil, temos a cultura de consumir peixes de água doce, logo, há muitos pescadores, criadores de peixes em tanques e pesqueiros e isso se torna fácil de achar em qualquer lugar pois o valor é barato e muitas vezes gratuito se você próprio pescar, o que é totalmente diferente de um salmão ou comida japonesa vendida a preços bem mais caros que o normal e tendo sua procura mais difícil aos de água doce.

Mas se analisarmos pela visão do empreendedor, ele visa lucro e expansão, isso é fato.
Ele não tem essa visão de ser feliz tendo uma receita que pague seus profissionais de 5k, sabe por que? O salário aumenta todo ano no Brasil, os profissionais gastam mais quando a inflação sobe, ele gasta mais com custos operacionais com isso e assim por diante. Não tem como ele "querer" ficar estável com apenas alguns clientes e isso serve para profissionais também.

Levar uma garota para comer comida japonesa é melhor do que um peixe assado de água doce? Depende, ela pode não gostar de comida crua(não ter essa maturidade), mas a visão dela sobre você será bem diferente se a primeira vista você oferecer de cara levar ela num pesqueiro para pegar sua própria comida, ou seja, ela não busca o mesmo cara, mas você se destaca se saber o que ela(mercado) quer consumir.

Uma empresa, mesmo que do interior ou pequena, vai sempre preferir um profissional que entregue valor o mais rápido possível, pois se tratando de pequena empresa, seus recursos são mais escassos e não tem tanto tempo de ensinar a pescar.

Você tem razão quando diz que linguagens, vagas e mercado apontam para o mesmo lugar, pois o mercado dita a necessidade, as linguagens criam ferramentas para essa dor e abrem vagas para solucionar esse problema. E isso tudo se resume a profissionais capazes de usar essas ferramentas para preencher as vagas e resolver a necessidade do mercado.

Sim, nem todos os profissionais almejam o mesmo salário, mas se tratando de iniciantes na área que é o intuito do post, são peixes de água doce que podem ser pegos quase que instantaneamente num rio(mercado cheio e fácil) ou até mesmo num tanque(inteligência artificial, mais fácil ainda).

Essa questão de uma linguagem atender financeiramente é subjetiva pelo olhar de quem esta iniciando e não consegue ao menos a primeira oportunidade. Demanda e oferta nao é sobre o profissional e sim sobre mercado que o necessita e tem disponível.
Uma empresa não vai trocar de tecnologia A para B só porque há mais profissionais, ela atenderá ao seu público de usuários que sentem uma dor que não é sanada usando tal ferramenta, mesmo que tenha que optar por uma tecnologia que não tenha profissionais.

Se uma pessoa quer nadar na correnteza do rio junto com os outros, ela tem que entender que o pescador tem opção de ver o peixe maior e mais saboroso, tendo ela que comer mais, nadar melhor e ir em direção a subida do rio para ser vista.
Se uma pessoa quer ser uma isca rara, ela só precisa estudar o local onde quer estar(o mar do mercado) onde a rede será lançada e capturar o que encontrar disponível naquele momento no local.

Não faz sentido usar a mesma isca, mas faz sentido ser a melhor opção quando é difícil encontrar o peixe no mar.