Uma documentação clara, completa e acessível é o básico. Ela deve fornecer tudo o que é necessário para começar rapidamente, desde configurações iniciais até exemplos de uso complexos, abrangendo todos os aspectos e capacidades do produto. Há vários estudos e pesquisas que apontam a qualidade da documentação como um dos fatores mais críticos na adoção de projetos de software open source. E, obviamente, para fomentar a colaboração, toda a documentação deve estar disponível diretamente no repositório. Não se esqueça dos "design docs" que são a ferramenta para construir o que você chamou de "desafios intelectuais realmente" colaborativamente. Exemplo relevante.
Patrocinar meetups e conferências é uma estratégia eficaz para fortalecer sua marca e cultivar uma comunidade. Participar ativamente desses encontros não só aumenta a visibilidade do seu projeto, mas também facilita a intereção direta com os usuários.
Além disso, a distribuição de brindes, como camisetas e adesivos,desempenha um papel crucial na construção de um sentimento de pertencimento e engajamento comunitário. Esses itens são poderosos em transformar participantes casuais em divulgadores do seu projeto. Eles também podem ser usados como recompensas por contribuições significativas.
No entanto, é importante ter expectativas realistas sobre as contribuições de código no contexto de projetos open source com viés comercial: as contribuições são na realidade bastante escassas, ainda assim o esforco com estas práticas essenciais é grande: revisões de pull requests de maneira precoce e frequente, discutições exaustivas de problemas nas issues e até mesmo ajudar as pessoas a resolverem questões por conta própria.
Dito isso, acredito que ter no time um gerente de comunidade (community manager) experiente em projetos de software aberto é essencial. Se não for possível contratar um,considere uma consultoria especializada para ajudar a criar estratégias eficazes e treinar sua equipe para implementá-las.
Você realmente precisa pensar cuidadosamente sobre o seu modelo de negócios, considerando o que é aberto e o que é fechado. Eu pessoalmente gosto muito do modelo da Red Hat de vender apenas suporte e implantação. Mas o que vejo como mais viável é manter a maior parte do código de infraestrutura aberto, e vender apenas a "cereja do bolo", que é construída por cima. Isso é realmente difícil de determinar, de encontrar o que é essa "cereja do bolo" e desenhar essa linha. Não é só uma questão de vender o serviço e deixar o código disponível para quem quiser hospedar por conta própria. E claro, tem o modelo do Qt também, que também é bem interessante. Você pode deixar o código aberto para qualquer um usar sem fins comerciais e vender uma licença para as fintechs que quiserem usar. Acho que isso pode ser muito mais atrativo do que o modelo de assinatura que tomou conta da web.