Não critiquei nem fui contra isso. O ponto que eu estou levantando agrega valor. Essa ilusão de que um especialista necessariamente é bom no que faz ou entende do que está falando é prejudicial por dois motivos:
Motivo 1
Tá cheio de charlatão por aí enganando milhões de pessoas no Brasil e sendo chamado de "especialista" nisso ou "especialista" naquilo.
Ou você tira da cabeça que quem é chamado de "especialista" sabe do que tá falando, ou você vai cometer um monte de erros por confiar nos tais dos "especialistas". A escolha é sua.
Gosto sempre de lembrar: Ciência da Computação é, pasme, uma ciência. Portanto não cabe margem para apelo à autoridade ou qualquer outro tipo de falácia.
E ao reforçar a falsa ideia de que um especialista tem "Habilidade aprofundada em uma área específica" enquanto o tal do generalista tem "Limitação de habilidades", você reforça o apelo à autoridade na mente das pessoas. Isso é prejudicial e anticientífico.
Motivo 2
Tem muita gente que se ilude com essa palavra "especialista" e acaba perdendo a oportunidade de aprender. Já vi muita gente, por exemplo, que se considerava especialista em linguagem C e cometia diversos erros básicos.
Daí a pessoa vai lá, é contratada com "especialista" e automaticamente se ilude se considerando "bom" ou "pika" no assunto. Isso porque todo mundo diz que "um especialista, no mínimo, precisa ser bom no que faz!"... Então se todo mundo chama ele de "especialista" e ele foi contratado como "especialista"... Pronto, ele é "no mínimo bom no que faz"... Só que não!
Enfim, só concluindo que não é a decisão de ser "especialista" ou "generalista" que torna alguém bom no que faz. Isso é uma falsa dicotomia.
Uma pessoa pode ser especialista e ruim no que faz sim. Eu já vi especialistas ruins no que fazem demais na minha vida para ter crença no contrário...