Relato frustante: eu fiz um PROCV, disse que era uma IA e fui parabenizado!
Semana passada, no trabalho, uma nova funcionária do RH me fez a seguinte solicitação: “Quero que você atualize o nosso bot com uma inteligência artificial capaz de localizar um CPF em nossa base de dados, retornar o nome completo da pessoa e informar se ela é funcionário ou está concorrendo a uma vaga.
Dei um leve riso, respondendo que isso não precisava de uma IA como o ChatGPT, que era algo simples e que entregaria a atualização ainda hoje.
Entretanto, ela insistiu: Não, precisamos de uma IA que busca as informações para ter certeza de que o robô vai conseguir pegar as informações corretamente, é muito importante conseguir descobrir se é o CPF de um candidato ou funcionário, e foi argumentando que viu isso em algum lugar e que precisamos inovar porque tal funcionalidade, embora tenha custos altos, vai poupar o trabalho da equipe.
Então, decidi criar apenas algumas linhas de código para atualizar o bot da empresa, de modo a buscar na base de dados o nome associado ao CPF. No dia seguinte, anunciei de forma exagerada que havia criado uma IA capaz de verificar todos os CPFs no banco de dados da empresa, selecionar o nome da pessoa e verificar se ela é funcionário ou candidato.
Acreditem, fui tratado como o cara da programação pela equipe. Isso aumentou minha autoestima, mas me preocupa o desespero de quererem colocar IA em todas as coisas, achando que é a solução para tudo.
Embora a automação e as tecnologias de IA tragam inúmeros benefícios, é essencial avaliar quando são realmente necessárias e quando soluções mais simples podem ser igualmente eficazes. A busca pela inovação não deve obscurecer a simplicidade e a eficiência de métodos tradicionais.