Excelente ponto, mestre Maniero! Digo "mestre" porque você já me ajudou várias vezes no Stack Overflow. Realmente, é difícil saber quando é o momento de nos vermos como alguém capaz de transmitir conhecimento, como um professor. Existe uma frase que diz que você se torna um professor quando pode ensinar algo que o outro não sabe. Porém, isso por si só não o torna um bom professor.
Por outro lado, na minha opinião, "feito é melhor que perfeito", pois errar é fundamental para o processor de se acertar e melhorar com o tempo. Lembro-me de uma história que talvez você já tenha ouvido: havia duas turmas de desenho, uma ficou com a missão de produzir um desenho por dia durante um mês, e a outra ficou incumbida de produzir apenas um desenho durante esse período do mês todo. Surpreendentemente, a turma que fez vários desenhos obteve resultados muitooo melhores.
Como diz um pesquisador de inteligência artificial, que foi meu professor na faculdade, vivemos na era da informação, mas infelizmente não na era do conhecimento. Nessa internet de todos, precisamos filtrar bem as informações que consumimos, e se você não faz isso, está cometendo um erro de principiante.
Mesmo que alguém comece a ensinar o que está aprendendo em um blog, eu não me dedicaria a aprender com essa pessoa, pois posso aprender com os melhores da internet. Temos até cursos gratuitos de instituições como Harvard, não é mesmo? O que eu diria para essa pessoa é que, de fato, é melhor manter privado caso o conteúdo seja de má qualidade. No entanto, se ela se esforçar para aprender em bons lugares e tentar melhorar ou compartilhar conhecimento, tudo bem. Apenas sugiro que, por ética, ela mencione no início do artigo algo como: "Estou aprendendo tal coisa esta semana, sou iniciante e vou compartilhar aqui com minhas próprias palavras".
Não faço esse comentário como uma afronta ou discordância, mas sim como um complemento, para ser um incentivo para aqueles que são como eu e hesitam em começar algo mais tarde por conta da voz que diz: "Não faça isso, há quem faça melhor, não é bom o suficiente, etc, etc". Se pensarmos assim sempr, deixaremos até de respirar, pois sempre haverá alguém melhor em alguma coisa. E não é necessário um profundo entendimento de um compilador, arquitetura do computador, assembly, binário etc. para ensinar um "for" ou um "printf". Novamente, feito é melhor que perfeito.
Mas, de fato, tenho visto conteúdos muito ruins ensinando coisas sem pé nem cabeça. Isso é um grande problema, pois quando se aprende algo errado, desaprender aquilo pode ser muito mais difícil do que aprender corretamente pela primeira vez. Torna-se um vício, uma má prática.