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Dúvida sobre criação de artigos

Bom dia. Recentemente estava assistindo a um dos fantásticos vídeos do Filipe Deschamps:
https://www.youtube.com/watch?v=PGxTuv6k0KI

Quando me motivei a criar um fórum para espalhar os conhecimentos que eu possuo para outras pessoas.

Já escrevi meu primeiro artigo (apesar do site ainda não está aberto), no entanto, tal artigo foi escrito baseado no de outros desenvolvedores, já que foi um conceito que eu aprendi a partir do fórum dessas pessoas. No entanto, isso está martelando na minha cabeça, é correto escrever um artigo baseado no de outras pessoas?

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Plágio é a "apropriação indevida". É quando vc se apropria de uma produção intelectual de outra pessoa sem fazer o devido reconhecimento da fonte.

Consultando o Blog da BIBENG, organizado pela Biblioteca da UFRGS:

O plágio acadêmico consiste na cópia parcial (trechos, frases e/ou parágrafos) ou integral de uma obra. Plágio é valer-se também de ideias e conceitos já publicados em uma obra sem mencionar a fonte no trabalho acadêmico. É usar conteúdo produzido por outra pessoa e colocá-lo como se fosse de sua autoria.
(...)
Então, você estará cometendo o ato de plágio sempre que consultar um material (artigo, livro, trabalho de evento, site, etc.), usá-lo no trabalho acadêmico e não dar os devidos créditos por meio da citação e referenciação.

Logo, se a pessoa copiar integralmente o conteúdo citando a fonte, tecnicamente não estará praticando plágio. Claro que é possível questionar o valor de uma cópia literal de outra fonte, mas essa é outra questão.

A corroborar essa ideia, o sítio Plagiarism.org diz que: plágio é um ato de fraude que envolve tanto furtar o trabalho de outrem como mentir sobre isso posteriormente. O mesmo sítio diz que o plágio pode ser evitado pela citação das fontes. Basta avisar que determinado material foi emprestado, reconhecer o autor original e fornecer ao leitor a informação necessária para consulta do material usado.

CopySpider, "uma ferramenta freeware para testar documentos sob o crivo de existência de cópias indevidas de outros documentos disponíveis na internet", diz que o percentual aceitável de semelhança é de 3%.

Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio? Quando o CopySpider encontra um conjunto comum de 3% ou mais de trechos raros, baseando-se em artigos científicos já publicados sobre esse assunto, conclui-se que é grande a chance do conteúdo dos documentos terem cópias, o que pode ser interpretado posteriormente como plágio.

Além disso, Fabio Lobo, em seu blog pessoal, tem uma postagem que trata sobre Plágio: por que não copiar textos e como proteger um site?. Nessa postagem, ele diz que "copiar textos na internet para a internet não faz o menor sentido. Afinal, o conteúdo já está online, acessível para todos. Então, basta divulgar um link – o que, convenhamos, é menos trabalhoso do que copiar."

É importante ainda registrar que a (Lei 9.610/1998)[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm], que trata de direitos autorais, em seu (art. 46)[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm#art46], diz que:

Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;
VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova judiciária ou administrativa;
VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.

Parece-me que o caso citado aqui está bem próximo do inciso III do art. 46 da Lei 9.610. Se houver a indicando-se o nome do autor e a origem da obra, não fica caracterizada a ofensa ao direito de autor; portanto, não há plágio.

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Se não for realmente uma cópia e você agregar valor ao conteúdo e às pessoas que lerão ele, não vejo problema algum. É o inverso disso, conhecimento tem que ser livre, desde que não seja plágio.

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ahh, dificilmente eu acho que é considerado plágio isso, foi baseado em 3 pessoas diferentess e é uma coisa que deve ser de acesso público, informação. E por sinal, o artigo tá muito bem escrito!

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Bom, no caso, os artigos dos outros desenvolvedores foram a base para a criação do artigo.

De acordo com Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (http://vrac.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=726&sid=23), "Plágio não é somente a cópia fiel e não autorizada da obra de outra pessoa −seja ela artística, literária ou científica. É também, e mais comumente, a cópia “da essência criadora sob veste ou forma diferente” (pg. 65 JOA), isto é, a apropriação indevida da produção de outrem mascarada por um modo distinto de escrever ou pela versão para outro idioma, entre várias possibilidades.".

Provavelmente, o que eu fiz possa ser caracterizado como plágio.

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Se os créditos forem dados, eu acho que não. Se for um artigo sobre um assunto mais específico (tipo aquele meu sobre dúvidas), pode até se considerar plágio, porém, se for um sobre extensões para VSCode, e você dar os créditos, eu acho que não vai ser considerado não. Isso realmente precisa ser discutido aqui dentro do TabNews

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Eu gosto de ver pela seguinte ótica, o conhecimento que você tem é a junção dos vários conteúdos que você se expõe. Seja Livros, Vídeos, Artigos, Documentações, Podcast. Compartilhar o que você aprendeu nesse processo, sempre vai ser diferente de pessoa para pessoa, cada uma aprende de maneira diferente e compartilha de maneira diferente. A forma como você compartilha pode ajudar outras pessoas, e isso é bom para ambos, tanto para quem ensina como para quem aprende. Agora isso é totalmente diferente de simplesmente fazer um Ctrl+C e Ctrl+V.

Se você está compartilhando suas experiências e seu conhecimento, eu acho isso extremamente válido e benéfico, agora se está só copiando é só plágio descarado. Mas talvez ainda nessa linha, se você estiver compilando várias fontes com vários pontos de vista dando os devidos créditos, você está fazendo um compilado que pode ser útil se informado que é um compilado.

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Otávio, isso é um ótimo questionamento, que inclusive já passou pela minha cabeça várias vezes, inclusive quando escrevi o roteiro do vídeo que você destacou, dado que foi construído em cima do artigo de outra pessoa.

Minha conclusão é que se o trabalho é transformativo, todo mundo tem a ganhar. Digo isso, pois é o que o humano vem fazendo desde sempre, iterando e melhorando algo que existe, abordando por outros ângulos, trazendo outros contextos e com isso atingindo outras pessoas que talvez o material original nunca atingiria.

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Olá @filipedeschamps

Concordo com o que você falou sobre a ideia do trabalho transformativo. Assim como você, acredito que a fusão desses trabalhos é o grande responsável pelo ser humano sempre estar em constante evolução.

Sendo assim, obrigado pela resposta, continuarei criando meus artigos.