No mundo real, a tecnologia utilizada não importa muito
No seu relato, vi que se preocupou em tornar o software o mais próximo do estado da arte que você conseguiria. Mas na real, os utilizadores não estão preocupados com isso, eles querem algo funcional, que eles reconhecem e alguém que esteja disponível quando precisarem de ajuda.
Conveniência
Há também a questão da conveniência, se existe um software com um maior market share no mercado e bem consolidado, é muito mais fácil contratar pessoas que já tenham certa experiência nesse software além de poder existir integrações com outros produtos.
Para quem em algum momento já trabalhou com sistemas de contabilidade, sabe que existem uns 3 grandes softwares no mercado que tem esse poder. Eles basicamente ditam os padrões, oferecem cursos, certificados e os demais correm atrás deles.
Outros exemplos em que a conveniência atropelou as melhores práticas:
- Teclado QWERTY: Não é o padrão mais adequado para computadores, mas era mais conveniente para adotar por quem estava vindo das máquinas de escrever;
- WhatsApp: Está sempre correndo atrás dos concorrentes em termos de recursos, muita coisa que já existia no Telegram há muito tempo. No entanto, quase todo brasileiro tem WhatsApp.
- Windows 8: Foi uma tentativa frustrada da Microsoft em tentar mudar um padrão de UI que ela mesmo ajudou a institucionalizar, mas se pensar bem a UI do Win8 não é muito diferente do que temos nos smartphones que usamos todo dia sem reclamar.
E pela minha experiência, para um software entrar nesse mercado hoje (ou em situações similares), o diferencial dele tem que ser maior do que a melhor tecnologia/arquitetura utilizada.
Com isso em mente, acho que profissionais de desenvolvimento de software tem se preocupado cada vez mais em usar a tecnologia com maior hype do que estudar o porquê as pessoas deixariam de usar o software que elas usam hoje para investir no seu.