O otário

Não espere aprovação dos seus pais, é irônico mas a realidade é que mesmo sendo os seus pais é mais fácil um terceiro aprovar o que você faz do que eles.

Lembro quando era jovem e eu e um amigo queria muito um emprego, meu pai me levou para a empresa em que ele trabalhava de carro para supostamente tentar uma vaga para nós, ficamos no carro esperando um bom tempo, ele voltou dizendo que não conseguiu.

Futuramente descobri que ele nem sequer tentou, ele não acreditava em nós e nem sequer falou de nós, só deixou a gente no carro feito otários.

Quem confiou em mim e me deu uma oportunidade foi um vizinho, se eu dependesse do meu próprio pai não teria sido contratado.

Novamente otário

O otário aqui consertava de graça computador de todo mundo.
Um dia fiquei desempregado.
Quando vinham com o computador quebrado, pensei, poxa vou cobrar barato, mas cobrar né, afinal estou desempregado.
Nada, a pessoa pagava mais caro para outro mas não me confiava o serviço.
O otário também imprimia currículo de graça para todo mundo.
As pessoas pediam 10 a 20 cópias do currículo.
Mas como eu estava desempregado resolvi cobrar a impressão por página.
Então só pediam 1 impressão, pois iriam tirar fotocópia que era mais barato.

Compartilho da sua frustração em relação aos familiares que não entende nada do que seria o seu trabalho, afinal um caso como esse me ocorreu a anos atrás quanto um de meus primos pediu para que eu lhe ajudar se com um blog (Algo relacionado a motos eu realmente não me lembro) e bem no fim do dia eu fiz todo o site e ele ao mesmo tempo, contrato uma empresa que fazia o serviço basicamente ele escolheu pagar por isso.

(Ri dele, mas chorei por mim)

Porém, o que eu costumo lembrar dessa história não é exatamente a parte ruim de ser trocado por uma empresa ou serviço e sim do que aprendi na época seja em questão de tecnologia ou até mesmo na forma de abortar e vender seu produto por mais que esse não era o caso eu vejo que se eu houve se feito perguntas melhores talvez eu tive se “Ficado com o job” no entanto, eu não sou nenhum especialista porem a criação de um software para melhor administração de relatórios financeiros é uma conquista valiosa e que certamente contribui para a formação de um bom profissional e acredito que talvez seja essa lembrança que deva levar contigo, juro que não quero ditar regra ou meramente supor coisas com base no que você compartilhou, mas no meu caso eu perdi esse meu primo e lembrar desses aspectos humanos talvez seja o melhor a se fazer nesses casos em que a família é envolvida.

Se for empresa faz backup do server e da backdoor depois poucas

No mundo real, a tecnologia utilizada não importa muito

No seu relato, vi que se preocupou em tornar o software o mais próximo do estado da arte que você conseguiria. Mas na real, os utilizadores não estão preocupados com isso, eles querem algo funcional, que eles reconhecem e alguém que esteja disponível quando precisarem de ajuda.

Conveniência

Há também a questão da conveniência, se existe um software com um maior market share no mercado e bem consolidado, é muito mais fácil contratar pessoas que já tenham certa experiência nesse software além de poder existir integrações com outros produtos.

Para quem em algum momento já trabalhou com sistemas de contabilidade, sabe que existem uns 3 grandes softwares no mercado que tem esse poder. Eles basicamente ditam os padrões, oferecem cursos, certificados e os demais correm atrás deles.

Outros exemplos em que a conveniência atropelou as melhores práticas:

• Teclado QWERTY: Não é o padrão mais adequado para computadores, mas era mais conveniente para adotar por quem estava vindo das máquinas de escrever;
• WhatsApp: Está sempre correndo atrás dos concorrentes em termos de recursos, muita coisa que já existia no Telegram há muito tempo. No entanto, quase todo brasileiro tem WhatsApp.
• Windows 8: Foi uma tentativa frustrada da Microsoft em tentar mudar um padrão de UI que ela mesmo ajudou a institucionalizar, mas se pensar bem a UI do Win8 não é muito diferente do que temos nos smartphones que usamos todo dia sem reclamar.

E pela minha experiência, para um software entrar nesse mercado hoje (ou em situações similares), o diferencial dele tem que ser maior do que a melhor tecnologia/arquitetura utilizada.

Com isso em mente, acho que profissionais de desenvolvimento de software tem se preocupado cada vez mais em usar a tecnologia com maior hype do que estudar o porquê as pessoas deixariam de usar o software que elas usam hoje para investir no seu.

Seu título ta muito confuso!

Sua história não é nada demais!
Isso é comum e normal no meio do software!

O que é feito em casa as pessoas acham que não é bom o suficiente.
Bem normal!

E pelo tipo você fez tudo errado:

• 1º você perguntou pra eles, se eles queriam um software?
• 2º Sabendo que eles quereriam um, era um feito em casa que eles queriam?

Você foi fazendo sem entender a dor deles e queria que eles usassem!
Errado.

Primeiro você procurar saber se querem.
Se querem um, saber se aceitam um feito por você!
Se quisessem um feito por você, que você estivesse com eles para entender
as dores deles. Onde é chato, onde se repete muito. Estar ali, sempre perguntando!

Se soubesse disso antes, nem tinha começado e não tinha se frustrado!

Agora sabemos que seus país não querem.

Já ofecereu pra outros contadores?

1 - Titulo confuso demais.

2 - Seu software realmente atendia seus pais? Você reforçou que era algo simples, e eles foram atrás de um que "o AMIGO (...) usava e ele ganhava milhões", ou seja, acredito que o que eles preferiram era um software mais completo, com garantias, segurança, suporte, etc.

3 - Santo de casa não faz milagre, essa frase existe não é atoa.

4 - Com raras exceções, o usuário fala o que precisa e a gente faz. São poucos os que invertem essa lógica. Baseado na sua história, ninguém te pediu nada.

5 - Você aprendeu. Tá ótimo. Melhora seu software e tenta vender (eu sei que é difícil, mas não custa tentar). Vai lamentar essa história de anos atrás até quando?