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Sobre esse ponto aqui:

Empresas, Gulpy, vocês precisam sim de mão de obra qualificada, mas a qualidade vem através de experiencias que só crescem através de oportunidades.

Alguém pode olhar uma afirmação como esta e achar que você está responsabilizando empresas sobre a qualificação dos funcionários através de "oportunidades".

Ao mesmo tempo, as empresas alegam que dão a "oportunidade" aos iniciantes, dedicam meses de aperfeiçoamento e no momento de começar a colher os frutos desse investimento a pessoa sai da empresa.

Eu já passei por isso. Mentorei, paguei cursos, paguei ingressos de eventos, acompanhei, tirei várias dificuldades do caminho, ajudei a entender matérias da faculdade e próximo a um ano de empresa a pessoa vem e me fala: Agradeço pela oportunidade e pelo aprendizado, mas agora que tenho experiência, vou para essa outra empresa.

Assim como eu, conheço várias e várias empresas já se esforçaram para formar bons profissionais, estavam com um bom ritmo e no fim acontece a mesma coisa: Mercado aquecido, vou para uma empresa ganhar mais, agradeço pela oportunidade. Todo esse processo além de caro, é cansativo.

É por isso que decidi não formar mais júniors, posso até formar plenos e sêniors. Mas júniors vou exigir o conhecimento e experiência suficientes para chegar produzindo algum valor, e mesmo assim prefiro pagar mais e contratar logo um pleno.

Pode parecer cruel com quem está começando, mas essa é a realidade do mercado quando ele esfria. Prova disso é o tal do Manifesto Tech, várias empresas badaladas assinaram esse manifesto na época do auge do aquecimento do mercado, atualmente boa parte delas fazem exatamente como eu tenho feito agora.

A lista dos signatários desse manifesto é uma aula de como funciona o mercado, pode ver que boa parte são escolas de programação (🤡) e outra parte sequer tem vagas para júnior divulgadas nesse momento (🙃).


Além de tudo isso, existe a baixa qualidade técnica e falta de soft skills de quem está querendo entrar no mercado.

Já vi jovens programadores com boas habilidades em React (se dizem fullstack), mas se pedir para fazer algo em JS puro trava até para fazer "Hello World".

Outros até tem boas habilidades técnicas, mas quando peço para escrever um e-mail descrevendo um problema e a solução encontrada de forma clara e objetiva a pessoa não consegue.

Aí não tem como admitir no ambiente corporativo, infelizmente com o mercado frio eu chamo o próximo.

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Bom, como faço para trabalhar com você?
Gostei do seu ponto de vista quanto a coloação da Gulpy. Infelizmente o mercado aqueceu e precisa de experiencias além daquilo que se é esperado.

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Bom, como faço para trabalhar com você?

No momento o time tá completo, normalmente as vagas que surgem aqui são sempre CLT e remoto, na maioria das vezes é por indicação de alguém que já está no time e por isso é muito raro abrirmos vagas publicamente.


Infelizmente o mercado aqueceu e precisa de experiencias além daquilo que se é esperado.

A maior parte das descrição das vagas é superestimado, e isso é de propósito. Exemplo:

  • Experiência com Oracle, PostgreSQL e MySQL: O que querem mesmo é alguém com boa experiência em bancos de dados relacionais, mas como não encontram, atiram para todo lado.
  • Experiência em Laravel, DDD, Doctrine: Querem alguém que conheça design patterns, testes unitários, saiba organizar bem a estrutura de um projeto. Mas é mais simples encaixotar esse requisito dentro de ferramentas conhecidas no mercado.

Além disso, tem haver com o que eu falei anteriormente, cada vez mais programadores iniciantes estão sendo guiados para aprender ferramentas sem entender bem o problema que elas resolvem. Inúmeras vezes vejo pessoas usando React sem necessidade nenhuma, ou tailwind para facilitar o trabalho com CSS em um projeto que nem tem o problema para qual o tailwind foi criado.

Um exemplo recente aqui no Tabnews, tem um jovem programador estudando Rust pq viu que essa linguagem foi destaque na pesquisa do Stackoverflow (sim, esse foi o critério dele), o objetivo desse jovem é usar Rust para criar APIs Rest. Esse não é o propósito para Rust, ele se destaca em projetos que normalmente seria adequado o uso de C ou C++. Ou seja, ele e tantos outros estão pulando etapas, justamente as etapas de entender um problema e procurar uma solução mais adequada.

São programadores guiados pelo hype, dão atenção aos que os influencers tech dizem e criam suas expectativas em cima disso. E sem fundamento técnico.

Sabe onde se consegue aprendizado com os fundamentos de tecnologia? Em uma (boa) faculdade. E dia a dia vejo cada vez mais o pessoal achar faculdade uma perda de tempo, e se agarram em cursos superficiais que como eu disse antes, ensinam a usar uma ferramenta. Boa parte de programadores "criados" dessa forma deixam de ser programadores se eu tirar o VSCode dele.