Na real, depende. Eu acho que o principal ponto nesse caso deveria ser o modelo de avaliação do curso.
Digo isso porque eu fiz um em paralelo ao meu ensino médio, há uns 12 anos, e na minha opinião é inevitável que tenha linguagens ou stacks na grade curricular que estejam caindo em desuso. Porém, a forma de avaliação do curso vai impactar bastante no quanto você irá aprender.
No meu caso, o curso que eu fiz tinha um modelo de avaliação semelhante aos TCCs (Trabalho de conclusão de curso) das faculdades, de forma que em todo semestre, nós recebiamos uma lista com pouco mais de 80 objetivos específicos, relacionados às disciplinas do semestre, que deveriámos cumprir nesse período. Com isso, a gente criava uma empresa fictícia e desenvolvia um sistema para cumprir esses objetivos. Se no semestre a gente aprendesse mais de uma linguagem, tinhamos que fazer um sistema para cada linguagem. E, além disso, faziámos um relatório descrevendo tudo esse processo e termos aprendidos, comprovando que atingimos os objetivos, e no final do semestre, passávamos por uma banca, com todos os professores e coordenação do curso, onde tinhamos uns 20min para apresentar tudo que fizemos e demonstrar conhecimento. Os professores avaliavam o relatório e a banca.
Sinceramente, eu nunca aprendi tanto quanto naquele período. Até mesmo a minha faculdade de Engenharia de Computação foi mais "tranquila" do que o técnico.
E o grande ponto positivo desse modelo é que você é obrigado a estudar, ser proativo e autodidata, saber pesquisar e resolver teus problemas, além de, obviamente, saber se expressar adequadamente, características fundamentais para um bom dev (na verdade, características fundamentais para qualquer trabalhador, independente da área).
Acredito que com o técnico, teu maior objetivo deve ser desenvolver muito bem a tua lógica, e conhecer o máximo de linguagens e frameworks possível, mesmo que você nunca irá utilizá-los, pois isso vai te dar uma visão mais abrangente do mundo da tecnologia, de forma que depois você será capaz de decidir por conta própria no que focar e se especializar.