O meu diagnóstico foi feito por minha psiquiatra, porém, só depois de quase 3 amos de acompanhamento. A pessoa com TDAH não se torna TDAH, ela já nasce com essa condição. Porém, no meu caso, nunca tinha reparado, e foi só com terapia e acompanhamento que pude notar que desde que eu me entendo por gente que tenho os "sintomas", só não percebia. Meu diagnóstico levou tanto tempo pois a minha busca inicial foi por não conseguir dormir, e logo nas primeiras sessões foi quando notei e recebi um diagnóstico de ansiedade e depressão, que depois evoluiu para uma depressão profunda e falta de foco para tudo (principalmente atividades da minha empresa).
Então ao longo desses 3 anos fomos percebendo cada vez mais coisas, e eu lidando com uma "montanha russa" no quadro depressivo (hora melhorava MUITO, hora piorava). Nesse momento já tinham se passado mais de dois anos e foi quando surgiu a hipótese do TDAH pois as medicações que eu tomava só conseguiam ajudar nos demais aspectos de humor, porém a minha principal queixa nunca melhorava: que era a falta de foco/empenho/dedicação para trabalhar.
Só que tínhamos um problema: essa falta de dedicação para tarefas é um sintoma comum tanto para quadro depressivo quanto para TDAH, e minha psiquiatra (não sei se por ser protocolo padrão ou protocolo de trabalho dela mesma) não avaliava TDAH em paciente apresentando quadro depressivo. Depois, num momento de estabilização da depressão, iniciamos a investigação para o TDAH e foi batata: ela me fez uma série de perguntas e de 9 comportamentos do TDAH eu apresentava todos os 9. Agora estamos há uns 4 meses procurando a medicação certa que me ajude e já posso perceber alguma melhoria, felizmente.

Procure um bom psiquiatra, pois é essencial seguir um protocolo para garantia de um diagnóstico correto. Muita gente acha que tem TDAH quando na verdade está num quadro depressivo e não sabe. Depressão não é só aquela que faz as pessoas tirarem a própria vida. Ela começa bem suave, e a gente nem nota.