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Ao ler o título, pensei que veria a evolução de um dashboard, mostrando o que foi melhorado. Apesar de ter me enganado, achei uma ótima publicação. Deixo aqui algumas notas que vieram à minha mente conforme a leitura:

Aplicado à dashboards, isso significa entender quais dados o usuário precisa ver, e como ele precisa ver: granularidade, intervalos de atualização, divisão em diferentes páginas, etc. Até mesmo o storytelling de dados se encaixa como uma resposta aos requisitos do usuário.

Num momento mais adiante, é importante refletir se a pessoa que está utilizando o sistema precisa de todos os dados que estão ali, até mesmo porque as necessidades mudam, como dito em "Feedback e melhoria contínua".

Existe uma história, que infelizmente agora não me lembro dos nomes então ela pode estar levemente alterada, de que um CEO decidiu remover alguns dados de relatórios que os gerentes/diretores da companhai liam. Se o dado não fizesse falta, os próximos relatórios continuavam sem ele. Isso foi feito porque todo dado tem um custo de coleta, armazenamento, tratamento e auditoria. Agora uma adição minha: num dashboard um dado também tem o custo de carga cognitiva, pois a pessoa está vendo tudo ao mesmo tempo.

Imaginar quem utilizará seu dashboard e como este será usado é parte importante do processo. Ele será consumido a partir de celulares ou computadores?

Mais uma situação: dependendo da empresa e do dashboard, ele será consumido em televisões. É importante ter isso em mente porque, nessa situação, não há mais a interação do mouse para exibir alguma informação sobre o gráfico, então é preciso ter as informações visíveis de forma não-interativa. Claro que você pode continuar deixando algum tipo de filtro ou interatividade para caso a pessoa deseje mexer em algo, mas a maior parte do tempo ele ficará estático na televisão. Tenho a impressão de que isso é bem comum em Vendas e também para observabilidade em TI.

Talvez você possa até mesmo fazer algo mais rebuscado, com uma interação simulada que não prejudique o gráfico, mas sim que exiba alguma informação mais difícil de visualizar. Não me lembro de um exemplo em que vi isso.

Esse princípio de consistência também é verificado no uso da cor vermelha para alertar o leitor sobre os itens com perigo de desabastecimento. Pois a cor vermelha já tem um significado de "alerta" embutido na cabeça do leitor, pelo menos na cultura ocidental. Em outras culturas, é necessário se certificar que o sistema de simbologia das cores funciona da mesma forma.

Nesse exemplo eu diria que poderia até mesmo trabalhar com um gradiente da cor vermelha. Talvez ficasse com uma carga cognitiva muito alta, porque aqui o vermelho é só uma forma visual da informação textual (% abastecimento), mas é questão de experimentar e ver se atende melhor a necessidade ou não. Às vezes um produto com 30% de abastecimento precisa de mais atenção do que um com 10%, por causa do giro ou da demora na produção, então faria mais sentido o gradiente.


Edit: Acabei de encontrar um artigo relacionado aqui no TabNews: 5 dicas para um dashboard melhor.

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Obrigado pelo comentário!

Essas questões que você levantou são bem pertinentes e já precisei lidar com cada uma delas no dia a dia.

No fim, a melhor forma de resolver é sentando com o cliente mesmo e vendo o que funciona melhor pra ele, sempre expondo o nosso conhecimento técnico, que o cliente normalmente nao têm.

Essa questao de carga cognitiva me preocupa bastante também. Normalmente eu opto por visualizações mais "limpas", com menor quantidade de gráficos e informações por página.

Mais uma vez, obrigado pelo comentário.