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Lembre-se do seguinte: a "pejotização" é um crime contra o contratado. Nessa situação, o contratado tem de assumir todos os deveres de um CLT (horário fixo, cadeia de comando, etc.) e de PJ (impostos e outras obrigações fiscais), abrindo mão dos benefícios de cada regime (direitos trabalhistas e flexibilidade, respectivamente).

Quem assume o risco é a empresa contratante. Num litígio na Justiça do Trabalho, se realmente for caracterizado uma relação trabalhista, o ônus é todo da contratante.

Dito isto... Existe uma área eticamente cinza aqui. Se para você as condições contratuais são justas, não há problema para você. Como eu disse, é a empresa que corre um risco de ser processada por você no futuro. Por outro lado, aceitar essas condições de trabalho é ruim para a sociedade. Você pode estar ajudando a perpetuar uma prática que está precarizando o trabalho da categoria.

Uma observação: a balança do mercado de trabalho é desigual por natureza. Existe um desincentivo ao trabalhador buscar seus direitos na justiça, pois isso pode privá-lo de futuras oportunidades. É nessa brecha que muitas empresas abusam da pejotização.

Então, aceitar ou não tem muito a ver com a sua visão de como as coisas devem funcionar. O quanto você acha que as relações de trabalho devem ser reguladas para que o trabalhador tenha seus direitos garantidos? Você acha que as negociações devem ser completamente livres? A sua situação pessoal te permite pensar nesses aspectos e viver aquilo que você acredita? Não é um assunto muito simples, vários aspectos devem ser bem pensados.

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