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Existe uma linkedinização do trabalho. E isso é ainda mais forte na area de TI.

A gente tira uma foto da nossa mesa de trabalho. Três monitores. Aquele monte de letra, tela preta, home office. E vende aquilo como estilo de vida.

Já faz 20 anos que ouço que "TI da dinheiro". Todo mês materia na TV dizendo que tem 500 mil vagas em TI,que cientista de dados ganha 20k/mês.

O youtube cheio de vendedor de curso, prometendo que você pode ter acesso a esse mundo cor de rosa se comprar o curso de duas horas dele da hotmart.

O "primo que faz TI e ficou rico", hoje, rivaliza com o "primo que fez fez concurso" em qualquer mesa de ceia de natal.

Ser de TI é status. É pop. Trabalhamos em startups, nossos escritórios parecem um playground, podemos ir de bermuda, é tudo "cool".

Entende o mundo de mentiras? A linkedinização?

Ai a Joana decide fazer transição de carreira. Porque a area dela é chata, é burocrática, é estressante, paga mal e falta emprego. Ela acha que o mundo da TI é totalmente diferente.

Mas um ano de TI, e ela descobre que TI é trabalho como qualquer outro. Tem chefe. Tem horário. Tem entriga. Tem layoff. Tem abuso moral. Tem abuso sexual. Paga mal (sim, paga!).

Como não ser infeliz quando você descobre que caiu num golpe? Quanto maior a expectativa, maior a queda.

E as expectativas em TI, são altissimas. A camada de chantilly do marketing é espessa.

E em momento nenhum você entra na área porque quer servir. Você quer mudar de vida, salario, status. Estamos no Brasil, um país pobre. Status importa, diante da familia e dos amigos.

Mas, o quanto você está disposto a sofrer pelo "status"?

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Status importa, diante da familia e dos amigos. Mas, o quanto você está disposto a sofrer pelo "status"?

Nesse caso o problema não é a carreira em TI, mas sim a motivação.