Privatizações envolvem muita emoção provocada pelas posições ideológicas das pessoas, que se deixam levar pela militância (a favor ou contra) e deixam o raciocínio para o último plano.
Empresas privadas como Americanas e Ricardo Eletro estão ai pra desmistificar a ideia de que "empresas privadas são sempre bem geridas". E a ENEL está ai pra acabar com a falácia de que "empresas privadas sempre atendem com excelência". Todos os exemplos citados parecem até empresas públicas, de tanta corrupção e pataquadas de todo tipo.
Logo, achar que privatização é a tábua da salvação é, no mínimo, ingenuidade. Por mais que a Celepar seja privatizada, o seu cliente continuará sendo o Estado. E se vc é daqueles que acham que o estado é um corruptor potencial, então saiba que ele continuará na jogada, da mesma forma. Basta pensar em todas as construtoras privadas envolvidas na lava jato...
Tirando da frente o conto de fadas de que "só a privatização salvará" (e aproveitando pra colocar na sala o bode do "sucatear pra privatizar", aparentemente o que está acontecendo com a CELEPAR), resta analisar cada caso.
Há empresas que devem ser privatizadas, há empresas que podem ser privatizadas, há empresas publicas que jamais deveriamos estar cogitando privatização. (Sim, o estado de SP entregando a Sabesp, gestora do recurso natural que será o mais escasso daqui há alguns anos, na mão de empresário estrangeiro ainda não me desceu...)
Quanto a Celepar, que seja analisado. Mas sempre lembrando que privatização só é a tábua da salvação para os governantes que privatizam e seus amigos. Ninguém mais.