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nami
1 min de leitura ·

Sou Jr. mas não gosto de programação, é possível um dia gostar?

Desde que entrei na área, exatamente há um ano, tenho me dedicado intensamente para conquistar uma posição Júnior. Consegui alcançar esse objetivo, mas ultimamente tenho sentido uma estagnação em meu desenvolvimento. Percebo que a dificuldade de evoluir está ligada ao fato de não ter mais o mesmo entusiasmo pelo universo da programação. O desafio se tornou árduo, e minha motivação para estudar diminuiu consideravelmente.

Ao observar meus amigos que estão apaixonados pelo que fazem, percebo uma grande discrepância em relação ao meu próprio sentimento. Não encontro satisfação além do salário que recebo. A área, que muitas vezes é glamorizada, não me proporciona a felicidade que vejo nos outros.

Estou em um momento de reflexão e gostaria de pedir seu conselho. Vale a pena persistir nesse caminho, é normal odiar? hahaha

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No início, eu não gostava de programar. No meu primeiro trabalho, comecei a ajudar no levantamento de requisitos e na gestão do projeto, e acabei gostando muito. Posteriormente, nosso administrador de banco de dados deixou a empresa, e eu me ofereci para ajudar enquanto contratávamos outra pessoa. Acabei me tornando o administrador do banco de dados.

Com o tempo, retomei a programação e comecei a gostar mais dela, especialmente quando alcancei o nível intermediário e passei a compreender melhor alguns conceitos mais avançados.

Hoje, tenho um grande amor pela programação e não tenho mais interesse no restante.

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Se você sente que a programação não é para você, isso não significa que você deve abandonar completamente a engenharia de software. A área é ampla e oferece muitas oportunidades. O importante é encontrar o que realmente te motiva e te faz feliz. E lembre-se: é perfeitamente normal questionar-se e procurar novos caminhos. Afinal, o crescimento pessoal e profissional muitas vezes vem de desafios e mudanças.

Existem outras funções igualmente importantes e desafiadoras:

  • Arquitetura de Software: Concentra-se em projetar soluções eficientes e escaláveis, sem necessariamente escrever código.

  • Gestão de Projetos: Se você tem habilidades de liderança e organização, pode considerar gerenciar projetos, equipes e entregas.

  • UX/UI Design: Se você é criativo e tem um olho para o design, pode se concentrar em criar interfaces amigáveis e intuitivas para os usuários.

  • Testes e Garantia de Qualidade: Garantir que o software funcione conforme o esperado é crucial. Se você tem atenção aos detalhes, essa pode ser sua área.

Dito isto, é importante dizer também que há um mito persistente de que, para ser bem-sucedido em programação, você deve ser apaixonado pelo que faz. Enquanto a paixão pode ser um motivador poderoso, ela não é um pré-requisito para o sucesso. É importante diferenciar entre trabalho e hobby. Seu trabalho é o que paga as contas, enquanto seu hobby é o que você faz para relaxar e se divertir.

Ser um programador pragmático é, em muitos aspectos, mais valioso do que ser um programador apaixonado. O pragmátismo se traduz em código de qualidade, soluções eficazes e a habilidade de trabalhar bem em equipe a paixão não.

Enquanto a paixão pode ser um motivador, a tolerância é muitas vezes o que nos mantém avançando. Se você acha o trabalho tolerável, consegue executá-lo bem e recebe uma remuneração justa, já está à frente da grande maioria.

Para muitos, a satisfação no trabalho vêm de saber que estão sendo úteis e pagos por isso. Não é necessário amar cada aspecto do que você faz para encontrar prazer em trabalho.

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Olá, Clacerda

Eu entrei na área através de UX/UI, mas amei a programação, no entanto ir para back me deixou confusa e perdida. Ando me questionando e avaliando sobre. E queria entender se é comum ter essa queda de desenvolvimento e desânimo.

Obrigada pelas palavras!

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Eu AMO programar, para mim é um processo de cura(literalmente, pois é algo que me desestressa e me ajudou numa crise depressiva), eu programo varias coisas, invento, desmonto e mexo em muitas outras, é um hobby, uma paixão e um passatempo. É uma atividade prazerosa e estimulante para mim... MAS... só sinto isso quanto estou codando em C, quando estou codando em Java/Cpp, quando estou lendo sobre compiladores, sistemas operacionais, kernels, sistemas distribuidos, quando programo/estudo Assembly, quando estudo algoritmos, etc.

Não sinto nenhum prazer em usar o Django/Spring/Phoenix, conectar ao Postgres e fazer um CRUD. Não sinto nenhum prazer em criar um html+JS+CSS,nem mesmo gosto de React(do Vuejs eu gosto bem pouco kkkk).

Sabe porque isso acontece? Porquê não por acaso, chamam de TRABALHO! Estamos nos matando 8 horas por dia para gerar valor/lucro para outra pessoa, e isso não é divertido... Eu trabalhei 6 anos como servente em obras, nunca me perguntaram se eu gostava de carregar peso...

Criaram uma idéia nosense de quê TRABALHAR com programação tem que ser divertido, apaixonante e muito hitech... Não tem problema nenhum não gostar de programar, se te pagam e você está entregando o combinado, tudo certo.

E quer saber outra verdade? Provavelmente quando eu conseguir meu primeiro emprego como desenvolvedor, vou cansar em 4 meses... Essa é a vida, é normal! Meu conselho é: busca algo pra fazer, algo que goste dentro da programação, se dedique a um projeto seu, pois dificilmente vai conseguir sentir-se inspirado e muito motivado com o projeto dos outros...

E não busque a felicidade que você vê nos outros... talvez elas nem existam...

:) boa sorte irmão!