Primeiramente, muito obrigado por acompanhar!!!
Segundamente (essa palavra deveria existir), eu concordo 100% com o argumento de que se a SAP deixar de desenvolver novos produtos, perdendo clientes, o desenvolvedor que só desenvolve em ABAP vai ficar para trás. Então ao meu ver a solução é a que você mesmo já propôs, que é encarar as linguagens de programação como uma ferramenta, não ficando preso em uma só.
Porém, esse mesmo argumento é o que alimenta o discurso, que eu ouço desde 2014, de que o ABAP está morrendo. Eu não concordo com isso por dois motivos:
- A SAP está constantemente atualizando a linguagem e adicionando a mesma em novos produtos (o BTP, por exemplo);
- Mesmo que a SAP pare de criar novos produtos utilizando o ABAP, os legados ainda existiriam. E mesmo em um cenário mais apocalíptico, em que a SAP deixa de existir, ainda assim os legados existiriam, exatamente como aconteceu com o COBOL.
Ou seja, mesmo no pior dos casos, as empresas que utilizam as soluções SAP (lembrando que são a maioria das empresas de grande porte) teriam que ter uma transição controlada, na qual seria extremamente necessário o papel do desenvolvedor ABAP.
Para exemplificar melhor, podemos usar o PHP. Poucos hoje querem desenvolver com o PHP, mas ele ainda roda na maior fatia da internet, ou seja, ainda se faz muito necessário que existam desenvolvedores PHP.
Acho que todas as linguagens de programação estão fadadas a passar por essa fase de "será que continua?". O ABAP não foi a primeira e com certeza não será a última. Então se nos limitarmos a aprender alguma linguagem pensando que ela pode morrer, não vamos aprender nada.
É isso :)