Eu também concordo, primariamente, com o seu ponto. A questão é que quando falamos de empresas, de Big Techs, a questão é mais complexa ainda. Quando falamos de pessoas comuns, em uma praça, por exemplo, não levamos em conta o dinheiro que isso pode gerar para elas.
Uma empresa como a Brasil Paralelo, que ganhou muito dinheiro com documentários que distorcem fatos históricios e bem documentados, por exemplo, deve ser impedido de ter o alcance que tem. A quem serve criar um factóide histórico sobre o nazismo ou a ditadura militar brasileira? E mais ainda, a quem serve auferir lucro de uma mentira - ou, no mínimo, uma interpretação duvidosa dos fatos - sem prestar contas do que fala em nome de uma liberdade de expressão duvidosa?
Essas redes de desinformação são muito mais densas e capilares do que a maioria de nós imagina. Impedir que se criem, logo após as eleições mais absurdas desde a república velha, um instrumento que pode servir para difundir ainda mais notícias falsas não me parece um absurdo, apenas uma aplicação do bom senso.