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WhatsApp Comunidades é lançado em todo o mundo, menos no Brasil

O recurso permite a criação de enquetes, chamadas de vídeo com até 32 pessoas e grupos de 1.024 usuários.

Duas telas do WhatsApp Comunidades, mostrando a funcionalidade de subgrupos em um grupo de funcionários de uma empresa e de um condomínio

No Brasil, o lançamento foi adiado para 2023 devido a um pedido do Ministério Público Federal, que estava preocupado com a propagação de notícias falsas sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro após o pleito – especialmente por conta da nova funcionalidade que permite enviar mensagens para todos os grupos de uma só vez.

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Esse tipo de notícia é um absurdo, onde o governo decide o que as pessoas podem fazer ou não, para "protegê-las de notícias falsas". Imagine só se a notícia fosse a seguinte:

Governo proíbe encontros em praças devido a possiblidade de propagação de notíciais falsas sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro.

Bizarro, não?

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Turma, antes de continuarem a discussão eu gostaria de levantar um ponto importante da nossa cultura:

  1. O usuário do TabNews é uma pessoa brutalmente exata e empática, simultaneamente, onde o termômetro para entender se isso está sendo aplicado é simples: as pessoas estão se afastando ou se aproximando dentro de uma discussão?

Eu sei que é um tópico muito difícil de se controlar, mas a gente está construindo justamente este espaço para treinar ter esse controle. Vamos realmente tentar acessar comportamentos diferentes, e se não der, vamos remover a discussão para não continuarmos nos afastando, pois não vale a pena, vocês concordam? 🤝

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Não é absurdo se tivesse um controle de fake news nessas plataformas. Você pode controlar plataformar para que elas não sirvam como fonte disseminadora de notícias falsas porque essas são empresas, com responsabilidades, lucro sobre tráfego etc.

Uma praça é um encontro de pessoas, público, que não está lá nem pra gerar mais tráfego, nem pra gerar mais engajamento, nem pra gerar mais lucro por esse engajamento.

Você comparou laranjas com bananas.

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O controle disso é complexo, e não pode ser uma forma de censurar pessoas, mas não podemos aceitar mentiras e discursos de ódio pelo bem da "liberdade de expressão".

É só pensar em alguém inventando mentiras sobre você ou alguém querido na internet; um(a) ex-namorado(a) inventando mentiras pra prejudicar seu atual relacionamento; um "colega" de trabalho espalhando mentiras a seu respeito pra conseguir um cargo que você também esta concorrendo.

Em todos esses cenários se torna mais fácil querermos um método de identificar e punir essas pessoas por esses atos covardes e injustos.

Do mesmo modo, a liberdade de expressão deve se tratar da liberdade de expor opiniões, idéias e pensamentos pessoais, e não mentiras, discursos de ódio e factóides que visam prejudicar outros ou beneficiar a sí próprio.

Dito isso, não concordo com a privação da funcionalidade, mas sim com a criação de medidas que garantam que pessoas mal-intencionadas, que usem a funcionalidade para disseminar notícias falsas possam ser identificadas e punidas conforme a lei.

Assim como pessoas que dizem mentiras na praça podem responder por crimes como calunia, injuria e difamação, caso o que for dito se enquadre em tais artigos.

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Eu também concordo, primariamente, com o seu ponto. A questão é que quando falamos de empresas, de Big Techs, a questão é mais complexa ainda. Quando falamos de pessoas comuns, em uma praça, por exemplo, não levamos em conta o dinheiro que isso pode gerar para elas.

Uma empresa como a Brasil Paralelo, que ganhou muito dinheiro com documentários que distorcem fatos históricios e bem documentados, por exemplo, deve ser impedido de ter o alcance que tem. A quem serve criar um factóide histórico sobre o nazismo ou a ditadura militar brasileira? E mais ainda, a quem serve auferir lucro de uma mentira - ou, no mínimo, uma interpretação duvidosa dos fatos - sem prestar contas do que fala em nome de uma liberdade de expressão duvidosa?

Essas redes de desinformação são muito mais densas e capilares do que a maioria de nós imagina. Impedir que se criem, logo após as eleições mais absurdas desde a república velha, um instrumento que pode servir para difundir ainda mais notícias falsas não me parece um absurdo, apenas uma aplicação do bom senso.

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Concordo plenamente com seus argumentos.

No meu comentário acabei focando na pessoa física, usuária dessas ferramentas, mas com certeza existe uma gigante responsabilidade por parte das empresas que fornecem esses serviços e muitas vezes lucram com toda a desinformação, e com o engajamento gerado por ela.

E quando eu falo em não concordar com bloquear definitivamente a funcionalidade, eu não discordo que o momento é terrível para uma ferramenta desse tipo, ainda mais pelos extremismos e absurdos que temos acompanhado, mas acredito que essas ferramenta pode sim trazer coisas boas para usuários bem intensionados, sendo responsabilidade da empresa garantir o bom uso da ferramenta e da justiça punir a empresa e/ou o usuário que descumprir as leis. Algo que infelizmente não esta sendo eficaz nas plataformas e ferramentas já existentes.

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Eu vou mais além, desde quando comecei a votar nos anos 90 que escuto frases como:
"vamos melhorar a saúde, educação, segurança, etc, etc"

E a maioria esmagadora dessas declarações são falsas. Eles assumem o cargo e tudo continua ou piora. Não seria isso uma fake news?. Como proteger o eleitor de candidato assim?