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Confesso que eu simplesmente não consigo imaginar minha vida sem home-office. Eu moro na capital (Porto Alegre) mas na periferia. A empresa onde eu trabalho hoje não tem uma política clara de remote first (apesar de todos os programadores serem remotos e a maioria das pessoas seguirem no regime remoto e, finalmente, não ter nenhum movimento da diretoria pra voltar pro escritório) e isso me deixa sempre inseguro (coincidência estava falando na minha 1:1 sobre isso agora e, pelo menos, a minha gerente defende o mesmo que eu). No meu caso, mesmo morando na capital (mesma cidade da sede) eu levaria 2h de ônibus pra ir e mais 2h pra voltar. No calor. Na chuva. No frio. Enfim, o que todo mundo já sabe. Me expondo a assaltos com o equipamento da empresa e se estressando diariamente com congestionamentos. Não tem a menor possibilidade de que um dia eu volte pro presencial. Presencial só happy hour =D

E outra coisa que é interessante de perceber é como o comércio de rua da minha região melhorou das pernas com mais pessoas trabalhando de casa. Uma zona periférica residencial, de baixa-renda, hoje conta com 3 restaurantes na mesma quadra, todos lotados no almoço com pessoas pegando marmita pra comer em casa (ou mesmo comendo ali no intervalo). Isso era impensável em 2019, tanto que o único restaurante que tinha aqui abria às 18h. Não sei quantos empregos diretos/indiretos esses caras abriram ao empreenderem, mas é uma coisa que não se pode ignorar também. A periferia sempre foi carente de qualquer opção porque servia, essencialmente, como dormitório do trabalhador. Hoje em dia ele de fato vive na sua vizinhança e, se duvidar, tem até o sonho de morar na praia, na serra ... em qualquer local.

Quem ignora essas vantagens é muito privilegiado - mora bem, tem carro etc - e não consegue praticar a empatia necessária para entender as milhares de realidades de uim país desigual como o Brasil. O home-office foi a revolução trabalhista real desse país (pena que teve de ser impulsionado por uma carnificina e mais pena ainda que tenhamos tantos CEO's e empresários questionando a prática).

Eu acho que veio pra ficar pra maior parte das profissões. E irei lutar por isso se possível.

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Massa demais sua história. Como eu disse no post, também pretendo lutar, ensinando sobre tecnologia para crianças que estão no ensino-médio, e que no momento não enxergam outras possibilidades. Acredito que mostrando as vantagens do modelo de Home Office para o prefeito da cidade (Dinheiro externo sendo injetado no comércio, como você mencionou), eles me ajudem com este projeto. Vamos ver, está no papel ainda, estou acertando minha carreira, mas eu sei que isso um dia vai ser realidade.

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Eai meu compadre, sou de porto tbm, home office salvou minha sanidade depois de 7 anos indo trabalhar na TI de mais de 3 empresas diferente, transito horrivel nessa cidade e quando chove então, meu deus né.

Não acho junto que julga a modalidade, enquando dirige seu carrinho pago, no ar condicionado com estacionamento pago pela empresa.

Tenho certeza que um mês direto pegando onibus lotado com dias de diluvios e tendo que chegar arrumado e cheiroso no escritorio essa pessoas mudam de ideia rapidinho, a não ser que sejam masoquistas hahaha. um abraços daqui da ZL!