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Minha jornada até aqui...

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Com o fim do ano se aproximando, sempre bate aquela reflexão sobre o que fizemos até aqui. Eu, definitavamente, estou muito orgulhoso por tudo que fiz esse ano. E como escrever é minha terapia, resolvi tirar meus desabafos do Notion e expor na internet.

Uma meta para 2024 é começar a me expor na internet, em busca de criar uma marca pessoal, network e de alguma forma ajudar as outras pessoas. O objetivo é fazer um diário nas minhas redes socias sobre minha jornada de estudante até me tornar um dev.

Agora chega de enrolação. Perdão

Vamos a história...

Quando consegui meu primeiro PC, eu já comecei com toda a empolgação de um iniciante, que esta prestes a iniciar os estudos em uma nova carreira, pois o principal objetivo de ter o PC era estudar programação.

O primeiro curso que fiz e provalvemente foi o seu também, foi o do Mestre Guanabara, de HTML, CSS e JS (antes vi o de Portugol). Lembro que quando escrevi meu primeiro “Hello, World” e abri o “inspecionar” do navegador e alterei o HTML de uma página, me senti um verdadeiro hacker!

E ao decorrer do curso, a cada página que estilizava com CSS, a cada projeto de exercicio concluido me dava uma sensação muito boa de ver as coisas sendo construidas por mim. Neste momento, eu puxei meus estudos para o universo Javascript.

Mas como tudo nesta vida não são flores, com os avanços nos estudos, veio as dificuldades. A primeira delas foi quando comecei a consumir contéudos tech nas redes sociais.

A quantidade absurda de informações, de cursos e de caminhos que cada “influencer” indicava e eu como um pequeno gafanhoto, cru e sem filtro, me sentia totalmente perdido. Aqui o meu erro foi não saber filtrar o que era relevante e o que não era.

Como eu estava inserido no universo JS, obviamente eu só acompanhava os tech influencers deste nicho. E meu Deus, parecia que eu estava em uma loja ou na rua onde a cada esquina alguém tentava me vender algo (um curso, uma mentoria) e me dizia para seguir o caminho X, aprender o framework Y, pois é a “nova tendencia e futuro do mercado”. E a toda semana magicamente surgiu um conceito novo e que se você não soubesse, mesmo sendo iniciante, estava ficando para trás, pois você tinha que estar “sempre atualizado”.

“Não faça faculdade. É perda de tempo”, “compre meu curso e em 6 meses você estará no mercado”, “Saiu esse framework novo e você precisa aprender”. E eu novamente, como um pequeno gafanhoto ingenuo, tentava seguir tudo, mesmo que não fizesse sentido, porque o tech influencer disse que tinha que ser assim.

Você consegue observar meu erro aqui?

Exatamente, eu estava delegando decisões importantes da minha vida para pessoas que nem me conhecia e só me enxergava como um possível comprador do curso milagroso deles.

Eu estava estudando coisas que não tinha afinidade, que não gostava e mais importamte que isso: Pulando toda uma fundação de conhecimentos necessários para avançar nos estudos, pois eu achava que estava perdendo tempo, achava que tinha que saber o hype do mundo e o resto “aprendia depois”.

Eu tinha esse sentimento, pois quando abria uma rede social, havia videos de tech influencer falando que conseguiu uma vaga de 10k em 6 meses com o curso X, que não era complicado. Que em 6 meses estudando React conseguiu uma vaga e todo esse blá blá blá que vocês já tem noção.

Não estou falando que é errado expor suas conquistas em redes sociais, muito pelo contrário, isso tem que ser comemorado.

Nem que é impossível uma vaga em 6 meses. Apesar de ser muito difícil, é possível, porém é uma exceção gigantesca.

O ponto aqui é a divulgação de ilusões. Pessoas usando seu poder de influenciar milhares, ou até milhões de pessoas relatando uma realidade que não existe. Pelo menos foi o que aprendi.

E tudo isso em prol de vender um curso ou uma mentoria milagrosa, mesmo que isso signifique mentir sobre a realidade de uma profissão. Bom, essa ponto fica para o futuro, pois não quero perder o foco do texto.

Eu mordi a isca e caiu nessas ilusões. Parte da culpa também é minha por acreditar que seria fácil entrar em uma profissão, que no fim das contas, é difícil iguais as outras, exige resiliência, paciência e determinação igual a qualquer outra.

Nos primeiros meses, que eu estava nessa ilusão, me sentia frustado, estagnado. Não importava se eu ficava 2, 6 ou 8 horas estudando. A sensação era que eu não avançava de jeito nenhum. Eu me sentia burro e que programação não era pra mim.

Minha ansiedade foi nas nuvens por achar que estava atrasado. Cara, eu estava a ponto de desmoronar vendo a possibilidade do que eu escolhi para minha vida, para me tornar um profissional e mudar a minha vida e das pessoas que amo não estava avançando.

Eu precisava urgentemente tomar uma atitude. Não dava para continuar assim.

E foi isso que fiz. Parei os estudos e me deparei com duas vias, uma “desista e procure outra profissão” e outra “Continue, mas de outra forma”.

Eu parei para refletir o por quê havia escolhido ser programador. O que estava errando e como fazer para melhorar.

Depois de refletir, eu encontrei as respostas e decidi continuar.

A resposta para a primeira pergunta pode ser um pouco clichê, mas é uma mistura de amor com a provável única chance de mudar de vida, ter uma qualidade de vida, de ter a possibilidade de trabalhar para viver e não viver para trabalhar. Essa é minha realidade hoje, pois eu trabalho (não na área de T.I, em uma fazenda) de segunda a sábado. A sensação que eu tenho é essa: vivo para trabalhar, por um salário mínimo que não dá para sobreviver.

Bom, não estou aqui para fazer vitimismo ou me mal dizer. Infelizmente essa é a realidade de 90% dos brasileiros. O sistema é foda, parceiro. Então, eu não quero ter que escolher entre sonhar e sobreviver.

Eu quero sobreviver e trabalhar para realizar meu sonho, pois nesta vida a gente escolhe: ou se contenta com a realidade ou faz alguma coisa para mudar.

Por mais que você fracasse em algo, você pode procurar outra coisa para se dedicar até achar algo que de certo.

O que me faz seguir é que não quero chegar aos 60 anos e me perguntar “e se seu não tivesse desistido da programação? (Ou do objetivo X)”. E como o Lucas Montando fala, não quero me arrepender de ter desistido da programação daqui a 3 anos.

Eu aprendi que, como qualquer outra profissão, ser desenvolvedor não é algo fácil e como falei acima, exige muita resiliência. E 2-3 anos de estudos, chutando baixo, para estar preparado para o mercado e não alguns meses.

E depois de entrar no mercado, eu não cheguei nesta parte (ainda), mas acredito que o esforço seja maior, para se manter atualizado, para enfrentar os desafios diários, para avançar na carreira.

Quando eu tive noção disso, resolvi dar um reset nos meus estudos. Eu decidi que ia aprender da forma mais correta possível. Assim, eu comecei a pesquisar sobre lógica de programação e estrutura de dados.

Eu encontrei o curso CS50 de Harvard (eu indico a todos os iniciantes). O David Malan (instrutor do curso) ensina toda a base em C, como uma didática incrível.

Sim, no meu recomeço eu resolvi ir de C no início. Nesse momento, eu passei a compartilhar da mesma opinião do Maniero (espero que ele leia isso), que se a pessoa não consegue se desenvolver em C (ou outra linguagem mais tipada, como Java), em usar ponto e vírgula, em tipar, ponteiros e alocação de memória, talvez essa profissão não seja para ela.

No começo foi desafiador, eu nunca tinha escrito nada em linguagem de baixo nível, mas dessa vez eu estava mais paciente.

Eu aprendi, que ao contrário do que eu pensava, ser dev não é ser uma biblioteca ambulante. Aprendi que não é errado pesquisar, que não é errado correr atrás de respostas. Errado é procurar por respostas prontas, copiar e colar em seu código sem saber o que isso realmente faz.

Esse pensamento foi uma mudança chave na forma de como eu enxergava T.I.

Agora, a cada erro que eu enfrentava, eu olhava não de forma negativa, mas de que aquilo era mais uma oportunidade para eu incrementar no meu repertório de conhecimento algo novo. E quando eu enfrentava aquela situação de novo, eu já sabia o que fazer e sabia até formas diferentes de fazer.

E assim foi ao decorrer do curso (CS50) e aos seus exercícios. Eu consegui avançar meus conhecimentos em C e fiquei até mais a vontade. Eu sentia prazer em resolver os exercícios e ver que o que eu fiz estava funcionando. Eu ganhei conhecimentos aqui mais do que em toda jornada anterior.

Eu me apaixonei novamente pela programação, porque dessa vez, eu conseguia ver progresso no que fazia. Ver que meu esforço estava tendo um retorno positivo.

Outro fato importante que esqueci de mencionar acima é que eu fiz uma limpeza total nas minhas redes sociais, em quais conteúdos consumia. Tanto no Instagram quanto no YouTube, eu só segui quem de fato criava conteúdos relevantes para mim.

O Lucas Montando, a Fernanda kipper, o mano deyvin, o Deschamps, o Binhara, Fabio Akita, André Baltieri, Cristian William, Lucas Badico, Maniero e muitos que não me recordo no momento da escrita deste texto. Queria dedicar este trecho para agradecer todos vocês. É bom saber que em meio a um mar de marketing pesado de vendedores de cursos, de coach e vendedores de sonhos, existem pessoas como vocês que criam conteúdos relevantes, criam entretenimento de qualidade e que estão comprometidos no melhor para a comunidade.

O meu segundo passo, foi escolher uma área para se especializar.

Outro grande erro meu era quero aprender todas as tecnologias possíveis e não focar em me especializar em algo.

Eu pesquisava a tecnologia, estudava um pouco, me sentia entediado e procurava outra coisa. O ciclo era esse e sempre se repetia.

Eu tinha que pôr fim a esse ciclo.

Para resolver esse problema, eu fiquei 1 mês estudando todas as possibilidades que eu tinha conhecimento. Estudando o ecossistema da linguagem (claro, com um olho no mercado).

Fiz isso com Go, Python, Java, Csharp e Ruby. Eu vi o básico do básico de cada uma delas e fui eliminando uma a uma para sanar as dúvidas de vez.

Go e Ruby não tem o mercado muito atrativos para iniciantes. Apesar de ter gostado muito delas, não foi minha escolha.

Python é mais focado para a área de dados. Não era isso que eu queria. Então eu pulei também.

Minhas dúvidas acabaram quando eu cheguei no Csharp. Mais uma vez, isso pode ser clichê, mas foi “amor a primeira vista” .

Todo o seu ecossistema, robustez, segurança e me sentir a vontade com a sintaxe me fizeram escolher ela para se especializar.

Eu sabia que essa foi uma escolha correta também, porque quando eu aprendia um conceito em Csharp, era mais fácil usar esse conceito em outra linguagem.

Depois de escolher em que me especializar, o próximo passo foi escolher conteúdos relevantes e criadores de conteúdos de qualidade para o ecossistema dotnet.

A documentação sempre será sua melhor amiga. Nisso a Microsoft está de parabéns. Sua documentação é maravilhosa.

Depois de muita pesquisa, eu encontrei o André Baltieri. Eu assinei sua plataforma e sem dúvidas ele é o melhor professor que poderia escolher. Sua didática é sensacional e seu conteúdo é muito rico. Para quem estuda dotnet e tem grana para investir em cursos, ele pode ser uma excelente escolha.

O que me chamou atenção e foi um dos principais motivos para eu confiar em seu conteúdo foi quando eu estava olhando a página da sua plataforma. Na seção de dúvidas, havia um tópico “o curso ensina tudo que preciso?” E sua resposta foi “não, nenhum curso do mundo vai ensinar tudo que você precisa. No máximo uns 30%. Você vai sempre ter que pesquisar por fora”.

E essa é outra lição que aprendi. Apesar do curso ser completo, ele nunca vai ensinar tudo que você precisa. Você vai sempre ter que estar pesquisando algo por fora.

Outra decisão que tomei foi que próximo ano irei fazer uma graduação em Engenharia de Software. A faculdade vai te dá conteúdos basais que você nunca estudaria por conta própria. Isso pesou muito para minha decisão.

Depois de realizar uma navegação detalhada, na linha do tempo dos meus estudos até aqui. Finalmente chegamos aos dias atuais. Eu continuo estudando dotnet pela plaforma do Balta, inclusive fiz a minha primeira API!!. Futuramente, eu pretendo focar meus estudos em Angular (novamente) e ir em busca de vagas com este combo, Csharp e Angular.

Fim...Por enquanto

Já que voce leu até aqui, por favor, me siga no Instagram e no Linkedin.O Linkedin eu acabei de criar. Irei organiza-lo no final de semana, mas podem ir fazendo conexões!!

Muito obrigado a todos que leram até aqui. Desejo um feliz ano novo!

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Parabéns. Não tenho muito mais a dizer.

O que posso ainda ajudar a todos, que já sairam do:

Comprei o livro "como não cair em golpes", faz 90 dias e ainda não chegou

Mas ainda podem precisar de uma longa jornada. Quando desperta para algo que muitos ainda caem, não significa que abriu a mente para tudo o que é necessário. Foi um passo. Se isso será feito de uma forma adequada ou não, ainda depende que cada ação que tomar, ainda precisa estar atento. Talvez agora mais, porque as armadilhas mais bem elaboradas foram feitas sabendo que algumas pessoas já não são tão trouxas. Por isso a pessoa precisa achar seu caminho. Não tem fórmula mágica. Não pode parar de observar tudo e fazer análise crítica. Lembrando que os que mais morrem afogados são os que sabem nadar, mas não tão bem assim, os bons e os ruins sabem que não devem entrar onde tem perigo.

Observou? Faz sentido para você?

Espero ter ajudado. Em geral estou à disposição na plataforma (sem abusos :D)


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Com certeza, temos que estar a cada dia mais atento com o que consumismos e como estamos trilhando nosso futuro.

Eu gosto sempre de acreditar que a vida é um loop de tentativa, erro, aprender com o erro e tentar novamente até obter sucesso, ou da um passo a mais em direção a ele.

Muito obrigado por estar disponível e mesmo antes de eu sonhar em estudar programação você estar por ai espalhando conhecimento!

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Parabéns, Marcos Vinicius. Sua história é de uma sensatez incrível e demonstra muita maturidade e humildade de sua parte. Poucos (e felizes) são os que sabem o que querem e enxergam com clareza seus objetivos e destino.

Sua história se parece um pouco com a minha. Sou um cara de 44 anos, formado em TI aos 40 e que atualmente estudo programação visando a tão sonhada transição de carreira. Muitas das dificuldades que você relatou em seu texto também são velhas conhecidas minhas. Eu me identifiquei em diversos trechos.

No mais, continue no caminho. Nenhum esforço é em vão.

Eu te adicionei no LinkedIn.

Grande abraço!

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Muito obrigado!!

Um dos motivos de eu decidir começar, aos poucos, a me expor na internet é exatamente esse: Mostrar as pessoas que estão no mesmo caminho que eu, que os problemas delas, não são somente elas que estão passando. Sabendo disso, provavelmente deve ficar mais fácil contorna-los.

Com certeza é só questão de tempo para você concluir sua transição de carreira. Parabéns pela iniciativa!

Eu vou aceitar a sua solicitão!

Desejo a você e sua familia um feliz ano novo! Deus abençoe vocês!