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O que a história tem para nos contar sobre as máquinas?

Raízes Históricas e o Avanço das Máquinas

O nascimento da ciência que hoje chamamos de computação tem relações profundas com momentos de tensão na humanidade. Em tempos de conflito, a criptografia e a decifração de códigos se tornaram necessidades estratégicas, impulsionando pesquisas em matemática, lógica e engenharia. Alan Turing, por exemplo, foi figura crucial ao propor um modelo teórico capaz de executar qualquer tarefa computável, o que deu origem às chamadas “máquinas universais”. Com elas, ficou claro que processos mentais poderiam ser simulados — e que o poder de transformar ideias em códigos manipuláveis ultrapassava o âmbito militar, abrindo caminho para a revolução digital.

Do Texto ao Bit: Um Novo Alfabeto

Tudo que chamamos de processamento de dados nada mais é do que um ato de transformar signos em sequências binárias. Esse salto — de letras e símbolos para 0s e 1s — tornou possível codificar informações que antes estavam presas em suportes físicos ou em línguas limitadas a um contexto cultural. Dessa forma, a computação ganhou caráter universal, pois qualquer mensagem (seja ela científica ou poética) pode ser convertida em uma cadeia de bits. O resultado é a capacidade de armazenar, transmitir e manipular conteúdo em escala global, como nunca antes visto.

O Conhecimento Como Arma e Proteção

Sempre que uma sociedade descobre um novo meio de produzir conhecimento, abre-se uma porta tanto para o desenvolvimento quanto para a destruição. Guerras impulsionaram radares, aviões, métodos de comunicação e algoritmos de cifragem; mas o mesmo conhecimento, em tempos de paz, gerou sistemas de transporte e de saúde mais eficientes. Essa dualidade revela a essência humana: desejamos criar ferramentas poderosas, ao mesmo tempo em que tememos seus efeitos se caírem em mãos mal-intencionadas. Foi assim com a energia nuclear e não é diferente com a computação e a inteligência artificial.

O Sentido da Computação no Contexto Humano

A tecnologia é apenas uma ponte entre o pensamento e a ação. Por trás das linhas de código, existe o desejo de compreender o mundo e de encontrar respostas que ultrapassam a objetividade. Questões como “quem somos?”, “para onde vamos?” e “o que nos motiva a avançar?” não podem ser respondidas apenas com estatísticas ou modelos matemáticos. Há uma dimensão de valores, ética e esperança que se entrelaça ao conhecimento científico, criando um diálogo contínuo entre razão e subjetividade.

Reflexões sobre o Futuro

À medida que o acesso à informação se torna mais difundido, surge a responsabilidade de direcionar o rumo desses avanços. Se antes a corrida tecnológica estava restrita a potências militares, hoje ela envolve todas as nações, que precisam equilibrar inovação e bem comum. A computação, portanto, não se limita a realizar cálculos ou resolver problemas imediatos — ela está no cerne de como nos comunicamos, aprendemos e planejamos nosso futuro coletivo. Longe de ser uma finalidade em si, é o instrumento que utilizamos para sonhar com respostas e construir cenários mais justos, mesmo diante de conflitos e incertezas que sempre acompanharam a história humana.

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Excelente, mais preciso que isso é impossível.

As diversas motivações sempre estão mascardas por intenções que são necessárias entender o porque das coisas e neste sentido, se estabelecer em meio as tantas mudanças só pelo capital é o que faz muitas das iniciativas falharem quando se vem da base desta estrutura.

Sozinho não vamos a lugar algum.

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Realmente é bom, mas a ordem pode não ser tão correta, e pode ser que esteja faltando algo, mas eu preciso pensar sobre, o que foi uma boa oportunidade que o teknolista nos deu. Se ele tiver alguma fonte que estudoiu isso seria legal por pra gente.

Por exemplo, a hegemonia militar pode ter vindo antes, mas não estudei para aformar, pode ser que de fato o status pode ter vindo logo no começo. O uso militar de tecnologias sempre foi a força motriz da evolução e em algum momento pode ter se confundido com a sobrevivência.

Não sei como fica a curiosidade, talvez incluir junto o prazer?

Deve ter algo sobre poder. O poder pelo poder. Claro que ele pode ser algo mais genérico, não precisamos ir tão fundo, porque, segundo Freud, tudo é sobre sexo :D (daí criaram o vibrador :D :D :D).

O que eu tenho quase certeza que o capital deveria ter que pular uma linha porque eu sei que ele veio muito, mas muito depois dos demais.

Deveria ter algo sobre a comodidade, que me parece que não é só status, nem questão de sobrevivência.

Tudo precisa de boas definições para sabermos do que stmaos falando. Isso vale para tudo, incluindo quando desenvolvemos softwares. Imagine como é fazer um software bom porque além de saber bem toda a computação, ainda precisamos saber bem sobre um domínio que não éw nosso, que não estudamos. Por isso muitas empresas pedem experiência em certo setro econômico para programadores. Isso tem uma importância geralmente desprezada e me parece que muitas vagas não consideram essa parte, o que já é um dos erros na montagem de equipes (tem o outro lado da moeda nisso, mas não vou me esteder).

Por isso que eu convido as pessoas à reflexão, fazer questionamentos, exponho críticas para que todos possam enxergar as coisas de forma mais realista, e eu mesmo pegar aquela oportunidade para aprender mais, para raciocinar sobre um assunto que surge. Isso é treinar o cérebro da mesma forma que treinamos músculos.

Desculpe fugir um pouco do assunto, mas acho que a porposta da postagem principal justamente era refletir sobre essas coisas todas, mais do que só falar de máquinas. Eu faço isso semrpe porque acredito que vai ajudar.

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

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https://www.springerprofessional.de/en/history-of-cryptography-and-cryptanalysis/16068272?hl=pt-BR

https://www.britannica.com/biography/Alan-Turing

https://humanprogress.org/heroes-of-progress-pt-33-alan-turing/?hl=pt-BR

https://www.bottomupcs.com/ch02.html?hl=pt-BR

https://polaris.imag.fr/jean-marc.vincent/index.html/Perf-SP/Information-Theory-handout.pdf?hl=pt-BR

https://www.concordia.ca/content/dam/ginacody/research/spnet/Documents/BriefingNotes/EmergingTech-MilitaryApp/BN-19-Emerging-technology-and-military-application-Oct2020.pdf?hl=pt-BR

https://www.ie.edu/insights/articles/the-new-arms-race-in-dual-use-technologies/?hl=pt-BR

Com alguns dorks, você encontra o material para dar a base para o material, tem um livro da spring que precisa comprar.

Mas em uma faculdade EAD com biblioteca pode encontrar algo relevante, além do mais sempre busco de fontes como:

Jstor (historia)
Arxiv (artigos)
Doi (artigos)
Project Gutenberg (livros)
Sacred texts (livros)

Entre outros comuns, porque não tem fórmula mágica para "prever" ou entneder o mercado ler atigos é importante, falo isso não diretamente para você, mas deixando registrado que é necessário um certo esforço para encontrar material de qualidade.

A ideia aqui é validar em conjunto o que é relevante ou não, até mesmo o que vem da IA, porque nada mais é uma interface de texo em linguagem natural para acessar coisas que estão presentes na internet a muito tempo. Minha meta não é transformar este espaço em um meio acadêmico, mas uma das formas de mostrar que é necessário entender o que se constroi explorando ideias.

A maior parte das fontes que pesquiso, sempre foram abertas até certo ponto.

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Eu acho valido demais o seu ponto de trabalharmos o nosso pensamento crítico embasado em fontes e desenvolver o diálogo ao redor de fontes sérias. Eu evitei colocar fontes nessa conversa, porque é limitado o que sabemos e nesta superfície mencionar os projetos que conhecemos mas não temos contato direto, como Manhattan e outros que deram margem para o uso desenfreado para o alcance da soberania de uma nação e correlatos.

Vou ficar como lição de casa anexar fontes que conectem o assunto, mesmo que nos comentários. Sobre a linha de Freud, sabemos que a influência da linha de pensamento é guiado por estudos que levam a este sentido, mas sempre buscamos a referência que apenas trouxe uma visão praticada em outras partes do globo por influência de outros estudiosos da comunidade.

Mas para não virar uma conversa de bar vou polir e entregar mais embasamento e fatos interessantes sobre a construção desta visão.

Muitas das vezes não quero perder a conexão do pensamento e construir em publico a motivação de compartilhar esta visão.

Esta foi pelo dever cívico de praticar alguns valores que não nos leve a utilizar este conhecimento como forma de erudição, porque nunca será através deles que alcançaremos este objetivo, mas trabalhando pelo outro e dando o exemplo.

E você tem sido um símbolo para esta comunidade, e nunca vou levar para o pessoal os questionamentos porque a intenção é nobre.

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Nem teria porque levar para o pessoal, só faz isso, como vejo um ou outro fazendo, quando a pessoa tem problemas pessoais próprios que precisam ser tratados, uma pena que isso não costuma acontecer. Assim os outros vão evoluir com tudo, mas os problemáticos vão remoer.

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Nada formal, apenas cultura geral mesmo.

A esperança é que algum dia a força motriz seja "pelo aprimoramento, de um e de todos"; menos "Eu", mais "Nós"; "Nós, os Sapiens". Pelo menos até surgir a próxima espécie - afinal de contas, não somos a última bolachinha do pacote.

Mas até lá tem muito chão pela frente.

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Só através do trabalho vamos encontrar o nosso encaixe na sociedade. E a evolução é um fato que não sendo feito por nós, será através de, e com isso poderemos ver o quão importante darmos atenção a estes temas.

Ótima contribuição!