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Devs e o tabu do "No-Code"

Olá, pessoal! Hoje vou quero comentar sobre um assunto que está rolando na comunidade de desenvolvedores: a resistência ao "no-code". E, acreditem, eu já estive nesse barco também.

Sou desenvolvedor C#,Angular, porém nos ultimos dias resolvi testar bubble.io e criar um saas, e é incrivel a rapidez, fiz coisas "complexas" em 2 semanas,coisas que levaria 1 mes talvez ou mais, e assim ja estou com MVP no ar e com clientes no trial...

É engraçado como muitos de nós, desenvolvedores "hard code", costumamos torcer o nariz para a ideia de usar ferramentas de "no-code". Achamos que é algo que vai contra nossa identidade, como se admitir que usamos "no-code" fosse um sinal de fraqueza.

Um dos principais motivos pelos quais evitamos o "no-code" é o medo de ser rotulado como alguém que não é "verdadeiramente" um desenvolvedor. Temos aquela mentalidade de que se não escrevermos linhas e linhas de código, não somos dignos do título de desenvolvedor.

E acredito que o nosso trabalho, como desenvolvedores, não é sobre a quantidade de código que escrevemos, mas sobre a capacidade de resolver problemas de forma eficaz. Se uma ferramenta de "no-code" pode resolver um problema de maneira mais rápida e eficiente, por que não usá-la?

E a realidade é q no fim do mês, o que realmente importa é conseguir pagar as contas. Não importa se usamos código puro ou ferramentas de "no-code". O que importa é entregar um produto funcional e de qualidade para nossos clientes ou "chefes".

Então, pessoal, vamos deixar de lado esse preconceito contra o "no-code". Vamos abraçar as ferramentas que podem nos ajudar a resolver problemas mais rapidamente e a entregar resultados melhores. No fim das contas, o que importa é ser um desenvolvedor que resolve problemas e paga boletos, não importa como chegamos lá.

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"No-Code/Low-Code" é simplesmente um nome da moda (e ruim) para geração automatizada de código, um conceito que tem sido objeto de pesquisa acadêmica e uma parte essencial da indústria de software, desempenhando um papel crucial em cenários específicos. Historicamente, duas aplicações bem-sucedidas dessas ferramentas sempre foram a criação de interfaces gráficas e a manipulação de bancos de dados. Em essência, essas ferramentas funcionam excepcionalmente bem para cerca de 80% do que os aplicativos da Web fazem, fornercer uma interface amigável para a interagir com um bancos de dados.

O problema não está no no-code em si, mas em nós, programadores profissionais, que às vezes adotamos ferramentas projetadas para designers ou leigos. Enquanto ferramentas atendem a públicos especificos outras, como o WordPress atendem a uma audiência ampla. Por outro lado, existem ferramentas direcionadas para nós, programadores, como o Next.js, Rails (convention over configuration) que são, por definição, plataformas low-code. Aonde pode ter modelos completos de aplicativos da Web sem escrever uma única linha de código, podendo customiza-las para suas necessidades escrevendo pouco código (aka low code). De fato, devemos adotar essas ferramentas, mas é essencial lembrar que ainda é importante entender o que está acontecendo por trás delas.

Historicamente o desenvolvimento web tem apresentado uma forte presença dessas soluções de pouco código, oferecendo uma maneira fácil e rápida de criar sites profissionais sem a necessidade de conhecimentos avançados de programação, o que geralmente é desnecessário na grande maioria dos casos, por isso existem muitsa ferramentas direcionados para leigos, que devemos obviamente evitar.

Quando conheci o desenvolvimento da Web no início dos anos 2000, o na época (ainda Macromedia) Dreamweaver, era a ferramenta 'de fato' para a criação de sites profissionais e era uma solução low/no code usado pelos web designers (aka frontend developers) da época. No entanto, com o aumento da demanda por interatividade, conteúdo dinâmico e desempenho, essas ferramentas e profissionais não conseguiram acompanhar o novos ritmos a medida que desenvolvimento da Web tomava rumos diferentes.

O WordPress é um excelente exemplo do tremendo sucesso do desenvolvimento de sites dinâmicos com pouco código, sendo ainda hoje responsável por quase 40% de todos os aplicativos da Web na Internet. Recentemente, está havendo um descontentamento generalizado com as complexidades indevidas do desenvolvimento moderno da Web. Como resultado, novas soluções sem código ou com pouco código estão voltando com força total.

Se algo como um Outsystems, Bubble, WebFlow, direcionados para programadores e de código aberto surgir, provavelmente testemunharemos uma revolução no desenvolvimento web. O código não morrerá, é claro, pois essas soluções são geradores de código automatizados, e as melhores permitem que você manipule e escreva código diretamente. No entanto, para tarefas menores, mais simples ou marginais, isso pode ser feito com muito mais eficiência com a ajuda dessas ferramentas."

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sim, hoje em dia, qualquer um com mínimo de esforço consegue criar um site em WP , coisas simples e tals , mas para coisas mais complexas e customizadas, quem domina o código é que vai prevalecer, acredito eu.

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Sinceramente, tenho que fazer tantas peripécias no no-code que, para mim, fica mais rápido, produtivo e eficiente codando.

À exemplo posso mencionar o Elementor, você monta as páginas HTML sem precisar codar. O resultado entretanto é uma pilha de divs e um marabalismo tremendo com CSS para fazer do jeito que você quer. No contrário, faço isso muito mais rápido e com mais performance.

Talvez um dia essas ferramentas superem seus defeitos, mas definitivamente não são para todos projetos e nem para todos programadores.

Retomando, quando comecei a mostrar landing pages desevolvidas em contraponto as do Elementor, os clientes começaram a preferir minhas soluções. Hard-code ainda compensa em muito para entregar mais falor agregado e específico.

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sim, vai ter casos que o bom e velho código vai ser 100x melhor, mas acredito que para criar sistemas e não apenas páginas web, seja vantajoso dependendo do sistema que quer criar

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Tem várias paradas nessa história.

1 - Já tem programação quase No-code, na Unreal Engine ou Unity. Aonde dá pra fazer quase tudo, sem codar nada. Porém obviamente, é algo bem especifico para jogos, e de vez em quando pode exigir um pouco de código.

2 - Ferramentas, com pouco código morreram. Já não se fala muito de Delphi, Dreamweaver e essas paradas. Eram programas que já deixavam tudo pronto, somente necessitando programar. Porém hoje em dia, basicamente tudo virou programação pura, até o Visual Basic entrega o código para fazer a interface.

3 - Wordpress e outras alternativas, acabam por capar nocodes. Hoje é muito simples para quem quer criar seu blog simples, ir no Wordpress ou usar outra ferramenta por exemplo para lojas. Isso leva a aumentar a demanda de programadores, quando existe a necessidade de implementar algum recurso que não exista nessas plataformas.

4 - A plataforma pode não entregar o código, o que pode te deixar preso a ela.

Bem essas são algumas paradas a se considerar.

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O problema na verdade não é o fato de elas não funcionarem ou algo do tipo, mas que você, como desenvolvedor, nunca terá o controle do seu próprio produto. Eu concordo que é incrível utilizar ferramentas de no/low-code para fazer MVPs, mas você não pode ficar preso apenas em uma prova de conceito.

Na maioria dessas ferramentas para iniciar um desenvolvimento realmente bem feito é necessário praticamente refazer tudo do 0. Se para coisas simples como páginas web elas já fazem tudo mal feito, imagine para sistemas de backend, onde deve-se ter muito mais atenção.

Hoje em dia a maioria das ferramentas no/low-code se limitam apenas a criar rapidamente Provas de Conceito, existem excessões, como o WordPress, mas mesmo as excessões podem ser facilmente substituídas por um bom desenvolvedor.

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Isso é uma moda que vai e volta.
Velhos softwares já faziam isso
FrontPage da Microsoft
HoTMetaL PRO 5.0 da SoftQuad
etc.
Com um software especialista é fácil fazer as coisas, mas quando você quer algo fora do que foi pensado, vixi.

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Comecei com low code e dai surgiu a nescessidade e curiosidade de me aprofundar em resoluções de problemas mais elaboradas, acredito que ferramentas são so meios de resolver algum problema o que influencia é a base, pois a logica pode ser aplicada em qualquer framework. assisto alguns canais no yt que tira sarro do low ou no-code. é engraçado, mas pra quem ja tem a sindrome do impostor latente na mente talves não seja recomendado buscar esse tipo de conteudo. vejo varios programadores falando sobre não se tornar fã de liguangem pois dependendo do rumo que a sua carreira venha a tomar serão exigidos outros tipos de ferramentas para resolver problemas que ja conhecemos e sabemos a logica deles.

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Opiniões a favor e contra as ferramentas noCode, lowCode e highCode sempre existirão. o produto que o cliente quer é o "fim". As ferramentas que serão utilizadas são o "meio". Eu mesmo lancei um SaaS em Bubble também e estou feliz da vida. Utilizo C# mas sou um programador raiz (Cobol anos 80 e 90). Quando pegamos uma ferramenta dessas (noCode ou lowCode), a rapidez e a facilidade com que desenvolvemos novas soluções são incríveis.

Tá tudo bem se uso uma solução noCode ou lowCode.

Tá tudo bem se tenho ou não acesso ao código-fonte.

E tá tudo bem se outra pessoa prefere highCode.

As escolhas são nossas e as consequências também.

Agora bora tomar café.

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Trabalho com Mendix. A facilidade de desenvolver é enorme. Principalmente na parte de front, que não é meu forte.

O mal , se é que pode ser chamado assim, é que no/low-code tem uma alta precificação. Outsystems, que é o mais famoso de Low Code, são 1.5K USD por mês. O Mendix acho que são 800 USD por mês.

Outro problema é a tua solução ficar presa na plataforma. No momento, só lembro do FlutterFlow em que é possível gerar código e esse código ser seu.

Aliás, FlutterFlow parece bonitinho. Vou dar uma olhada nele futuramente. É mais barato que a maioria também.