gusta, em seu lugar, hoje, eu faria o máximo uso dessa situação que surgiu. Infelizmente as palavras não trazem consigo as mesmas emoções de quando faladas, mas imagino que não gostou do comentário do maniero.

Quando eu recebia uma crítica de meu chefe, uma pessoa tipo Akita, muito experiente, objetivo e sincero, eu não gostava muito não. Queria devolver na mesma sinceridade, mas aprendi que não vale a pena perder a oportunidade de aprender novas virtudes desta situação. No fim, você passa a perceber que essas palavras sinceras têm muito mais valor do que as lisonjas e rodeios, algumas falsas em um mundo que mais se complica nas regrinhas do politicamente correto.

Assim, na mesma situação que imagino que você esteja, passei a escrever a resposta que gostaria de devolver, guardando-a até a manhã seguinte. No outro dia, li novamente minha resposta e reponderei se valia a pena devolvê-la no mesmo tom e achei-me no direito ainda. Guardei-a mais um pouco. Mais tarde, quando livre de tendências e emoções, pensei em todas consequências que elas poderiam ter causado caso tivessem sido expostas, fechando um valioso canal de comunicação e aprendizado. As reescrevi com um simples "muito obrigado por sua sinceridade, uma virtude que aprecio dos experientes...".

Como exemplo, se um professor de português visse esta minha resposta me devolveria com uma nota 3 (de 0 a 10). Está cheio de vícios e erros que merecem um melhor cuidado de minha parte. Contudo, isso é uma resposta sem revisão e não uma postagem definitiva, mostrando que cometo tantos erros quanto aqueles que aponto nos demais. Daí me lembro de que "sempre que aponto um dedo para alguém, tem quatro apontando de volta pra mim". Por isso aprendi a valorizar mais as críticas que os elogios, ainda que estes sejam como placas que nos "dizem" que estamos no caminho certo.