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No dia 1° de maio de 2023 o BASIC completou 59 anos. Continua boa para o joãozinho aprender.

Não é tão raro alguém dizer que BASIC foi sua primeira linguagem. A linguagem vinha em diverso computadores, principalmente os pessoais, e é uma linguagem simples para fazer qualquer coisa.

Hoje temos suítes de escritório que usam BASIC para a sua automatização. A linguagem continua simples.

No início era necessário colocar números de linhas e, para saltos no código eram necessárias as instruções GOTO linha (ia para uma linha especificada) ou GOSUB linha (saltava para a linha especificada e retornava para a próxima instruções quando encontrasse um return). Também tinha problemas com a definição de variáveis (uma ou duas letras). Mas naquela época, além de lentos, a memória dos computadores era mínima (menor que muitas imagens de câmeras fotográficas atuas; estou fando de jpg e não raw).

Com o tempo, a linguagem ganhou mais recursos, os números de linhas foram eliminados dado espaço para a definição de funções com um nome que identificasse o procedimento.

Muitos aqui perguntam qual a linguagem iniciar. Se for apenas para aprender como funciona o computador e aprender um pouco de lógica, BASIC ainda é uma linguagem muito boa. Existem diversas incarnações mas uma foi especialmente desenvolvida para o caso. Trata-se do BASIC256.

características do BASIC256

  • gratuita

  • ambiente integrado (não é necessário um editor separado)

  • som permite fazer um barulho no computador (quem conheceu o MSX sabe)

  • sintetizador de voz; você digita say "Hello world" e o computador fala (não parece um humano mas...)

  • entrada/saída de texto na mesma janela do ambiente

  • gráficos na mesma janela do ambiente (e não precisa de frescuras; é só entrar com o comando)

  • trabalha com utf-8 melhor do que algumas linguagens profissionais

  • roda no Linux sob wine (é possível compilar nativamente com QT; o sintetizador de voz até fica melhor que no wine)

  • outras características.

Exemplinho trabalhando com UTF-8 e desenhando um círculo.

exemplo

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Legal. Obrigado pela contribuição, será instrutivo para muitos.

Só para deixar claro para quem não conhece bem a história de tudo, o que temos hoje são dialetos de BASIC, se muito, em geral são outras linguagens. E nenhum problema em usar o nome BASIC desde que não seja só isso.

Então VB.NET é quase um C#, tem bem pouco de BASIC. Visual Basic lembra um pouco o original em algumas poucas partes. Tem uma listinha aqui e só tem algumas variações.

Algumas delas até preferiram assumir a ideia de ser básico e abandonar o Beginners All-purpose Symbolic Instruction Code.

Esse BASIC-256 parece ser bem simplificado e é bacana conhecer.

Mas temos que ter claro que a maioria desses dialetos estão mais para Python do que para C, como era o BASIC original. Aquele BASIC era muito bom para aprender como o computador funciona, entender tipagem, e coisas do gênero. Uma pena que ele não era tão bom para entender funções e pilha. Algum modo mais avançado de lidar com ponteiros também faz um pouco de falta. E criar alguma estrutura de dado idem. Alguns dialetos que vieram logo depois já tinham isso sem perder o resto.

Até criar extensões de comandos para desenho e som, colocar o bloco de código e while, tirar número de linha e colocar label foi ok, quando começaram tirar mais coisas, fazer a tipagem ser dinâmica, aí virou algo completamente diferente e chega ser sacanagem confundir com o BASIC.

Faz sentido?

Espero ter ajudado.

Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).

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Faz sentido. Mas eu sou mais tranquilo no aspecto "incrementos". Existem algumas linguagens com um número relativamente reduzido de palavras reservadas e o pessoal adiciona rotinas para facilitar a programação.

  • YottaDB, InterSystem e outros utilizam MUMPS para a programação. Mas é altamente improvável que um rode no outro.
  • Smalltalk possui 6(?) palavras reservadas. Mas um programa para o VisualWorks não deve rodar no Pharo ou outras distribuições.
  • Até linguagens definidas por um comitê como COBOL podem ser assim. Tirando o definido no ANSI, um programa para baixa plataforma como o da Micro Focus não deverá compilar na alta plataforma.

Tirando o básico do BASIC (que eu não sei exatamente qual é mas tenho uma noção das palavras reservadas) o resto considero apenas atualizações ou incrementos. Sons, gráficos, db, web são padrões hoje em dia. Então foram incluídos no BASIC-256 para facilitar a vida do iniciante.

Sobre tipagem, não me importo que seja dinâmica mas acho interessante ser forte. Acho que REBOL/Red são as linguagens que possuem mais tipos e são dinâmicas. Mas não é possível somar uma data com um percentual. Só por curiosidade, tipos também podem causar sérios problemas.