"Toda inovação surge com o propósito de promover um bem-estar superior, desde que sua ausência não leve o indivíduo para um estado de privação." (anônimo)
Com se lê no post principal desta thread, somos (ainda) insubstituíveis (desde que nos tornemos cada vez mais competentes para lidar e dominar as tecnologias e não elas a nós).
A complacência com as comodidades da vida moderna pode resultar na erosão das habilidades e capacidades individuais (filmes, como WALL-E, são apenas sugestões de um possível futuro, caso um caminho semelhante seja escolhido pelas gerações). Exemplos disso se manifestam da seguinte forma:
- O cavalo e o automóvel substituíram o uso das pernas em longas jornadas, redirecionando energia e tempo para atividades outras.
- Interações humanas diretas, como cartas e telefonemas, foram substituídas por ferramentas tecnológicas que prometem eficiência, mas podem comprometer a profundidade das relações.
- A integração das inteligências artificiais no processo criativo, sob supervisão humana, pode diluir a profundidade do envolvimento direto do indivíduo, limitando a compreensão crítica.
Considere os impactos que as inovações tiveram em programadores ao longo das décadas:
- O programador que utilizava cartões perfurados para programar computadores pode ter visto a facilidade se sobrepor à forma tradicional de trabalho.
- O surgimento de linguagens de programação como C e FORTRAN desafiou o papel dos programadores ao automatizar processos complexos.
- A introdução de IDEs para a criação automática de código prometeu maior eficiência, mas também uma possível desconexão nas habilidades fundamentais.
- Aqueles que ainda programam manualmente podem, eventualmente, ver sua relevância diminuída diante das inovações como os co-pilots.
Observa-se que a resistência à mudança, que pode originar de uma zona de conforto ameaçada, foi gradualmente superada por gerações que se adaptaram a transformações constantes e que, por muitas vezes, desconhecem as antigas práticas de trabalho. A geração atual, imersa na era dos smartphones, pode perder a capacidade de operar sem essas tecnologias, tornando-se dependente delas.
Em um mundo onde ferramentas como os GPTs estão amplamente disponíveis, a busca pelo conhecimento já não depende de figuras de autoridade. A observação de que "Quando todos forem super-heróis, então ninguém será super-herói" ilustra a questão central: a dependência excessiva das tecnologias pode levar à perda das habilidades que nos tornam únicos.