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Opa. Eu formei em Engenharia de Controle e Automação. Meu TCC foi na área de Machine Learning, meu primeiro trabalho como desenvolvedor mobile, meu segundo como desenvolvedor de sistemas embarcados com IA (com visão computacional), e agora sou engenheiro de dados.

Minha opinião resumida é que tecnologias nascem e morrem, e é difícil sabermos quais serão substituídas e quais se tornarão "mainstream". Ninguém tem bola de cristal. Eu tinha experiência em Xamarin, que foi o que me fez conseguir meu primeiro emprego. E mesmo com essa experiência, eu não teria coragem de mexer com Xamarim de novo. Se precisar fazer mobile cross-platform de novo, refiro aprender React Native, Flutter ou Kotlin Multiplatform. Os paradigmas de desenvolvimento são praticamente os mesmos, só muda sintaxe, como você disse.

Eu gostaria de te fazer duas perguntas.

  1. Você disse que conseguiu uma oportunidade não-remunerada numa StartUp e largou seu emprego de 2 anos com sistemas embarcados. Você está trabalhando de graça, mesmo com 2 anos de experiência em desenvolvimento??

  2. E também queria te perguntar porque você acha que a área de embarcados no Brasil não tem futuro. Eu não compartilho sua visão, mas talvez você tenha alguma informação que eu não tenha. Porque você chegou nessa conclusão?

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Resposta da pergunta 1:

Sim, estou trabalhando de graça. Chocante, não é? Mas, infelizmente, o mercado está absurdamente duro para quem está tentando ingressar nele. Digo ingressar, porque por mais que já fosse desenvolvedor C/C++, parece que o mercado de web não valoriza essa expertise. Andei conversando com outros desenvolvedores que também atuaram nesse tipo de nicho (sistemas embarcados) e se reposicionaram para web, e a impressão deles também é a mesma. E o mais duro de tudo isso, é que sou formado numa renomada universidade pública, mas mesmo assim, outros caras de "uniesquina" (sem preconceitos) saem na frente por estarem atuando em web desde o início da faculdade. Experiência é tudo no mundo profissional, não é mesmo?

Resposta para a pergunta 2:

É uma leitura particular minha acerca da realidade do PIB brasileiro. O mercado de sistemas embarcados está intimamente ligado com o desenvolvimento industrial. A indústria brasileira capenga, e dentro das que existem, tudo é terceirizado, isto é, o Brasil não desenvolve suas próprias soluções. Vou ser mais concreto: Não existe uma marca de multímetro genuinamente brasileiro. Tudo é comprado de fora, e aqui no Brasil, apenas se monta. Um caso clássico disso é a marca Minipa. Até onde me consta, todos os dispositivos deles são Chineses. Apenas são vendidos no brasil com outro selo.

Também não acho que o futuro seja promissor sobre esse mercado. O Brasil tem problemas muito sérios: criminalidade, combate a fome e a pobreza, saneamento, etc...O Desenvolvimento de uma matriz industrial não tem como se tornar prioridade diante de tantas sangrias assim.