Sobre:
E não, eu não sou socialista.
Eu queria acreditar que o seu texto se referia a um apelo para a permanencia do home office, pelo menos para atividades em que seja possível. Mas, no meio do caminho você citou Karl Marx mesmo afirmando não ser socialista. Você criou uma empresa fictícia e esqueceu de citar o investimento inicial para se ter uma empresa rodando, maquinário, matéria prima, propriedade (privada ou alugada), coisas básicas como energia, água e o mínimo para se controlar tudo isso, como um setor administrativo minimamente equipado, um setor de vendas e um canal de distribuição adequado, acha mesmo que em 10 anos obtendo esse lucro de 10%, tudo isso se paga? E esse empreendimento uma vez que se pague qual incentivo de se empreender senão pelo direito do acumulo de capital? Como haverão novos empreendimentos? Se uma empresa emprega 'funcionários', ela que dite as regras para essa contratação. Ela sabe onde o calo aperta. Já vi empresa expandirem de 400 para 2000 profissionais de TI por ter adotado o modelo 'remote first' nas suas regras de contratação, o que seria impossível no modelo presencial. Pro outro lado, tem empresas que adotaram o home office e estão com os seus prédios vazios e outras precisam continuar pagando aluguéis altíssimos, porém sem seus funcionários que estão em casa. É uma conta difícil de equilibrar e haverão casos e casos. Bom seria sempre ter opção de home office disponível no mercado, talvez as empresas que continuarem a adotar, terão o seu diferencial competitivo, e maior poder na contratação de bons profissionais. E para as empresas que voltarem atrás, que consigam se manter e continuar empregando funcionários. Sempre haverá oferta e demanda.